quarta-feira, 10 de março de 2010

GUIA VEL MAX F1/2010: Renault

RENAULT F1 Team: De volta para o futuro???

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"feringel@yahoo.com.br: e a Renault?

[c=12]Pedro Ivo: Agora com Kubica e Petrov, a equipe mudou muita coisa. Um grupo de investidores comprou o time e tal. Ela não é mais a Renault exatamente, embora o design do carro tenha ficado muito parecido com o do ano passado.

Particularmente, acho q se ele andar bem vai ser mais pelo Kubica que pela qualidade do carro.

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feringel@yahoo.com.br: e o Petrov?

[c=12]Pedro Ivo: Meio mal. O carro já não é muito bom, e ele também não conseguiu muita coisa. O problema parece ser o posto de segundo piloto da Renault... sei lá, meio amaldiçoado..."

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__Coincidência ou não, faz algum tempo que escrevo um texto sobre a equipe francesa. Sabe qual o nome? “A Maldição do Carro n°2 da Renault”. Claro, o nome da maldição é.... $$$$. Só existe dinheiro para investir no primeiro piloto, escolhido a dedo. O segundo carro serve para cumprir o regulamento e testar novos talentos na base do, “se você conseguir andar nesse carro, vc é um gênio”. O problema é que o nome Renault é muito importante, e sua história vem incinerando bons talentos nas últimas temporadas.

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No meio da falta de dinheiro (coisa comum no automobilismo top desde que os patrocinios tabagistas começaram a sofrer restrições), o time teve boa parte de suas ações compradas por um grupo russo. Vejam só como as coisas mudam: nos anos 80, por duas vezes Bernie Ecclestone tentou colocar Moscou (como circuito de rua) no calendário da F1. Considerado uma “diversão besta” pelos líderes soviéticos, não deu.

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Nos 80, quem imaginaria que a própria União Soviética estaria tão próxima do fim? Naquela época, a maior esperança do leste europeu era o húngaro Czaba Kérja, falecido em uma corrida de F3 em 1988. Não parecia haver nenhuma chance de que, em dias não muito distantes, um polonês e um russo formarem uma dupla na F1. Muito menos que fosse por uma equipe importante para a história da categoria como a Renault, equipe clássica patrocinada pela... LADA!

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Nessa “nova Renault”, a viagem pelo passado continua: a utilização das cores oficias da montadora francesa na F1, amarelo e preto, dão um recado do tipo, “nós ainda somos Renault, a primeira a desenvolver um motor turbo na F1. Nos respeitem!”.

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FIca no ar algo do tipo, "é só a pintura do carro ou o pessoal da Renault também está com um sorriso amarelo???" Digamos que... “a situação atual na Renault está russa”, kkk.

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11 - Robert KUBICA (Polônia)

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Quem é?

Eterno favorito parte para a difícil tarefa de tentar recolocar a Renault nos eixos. Demonstra muito mais capacidade do que seus (bons) resultados podem sugerir.

Apontado por muitos como uma espécie de “Clay Regazzoni sem bigode”, Kubica tem um ponto fraco de luxo, (coisa que não é para qualquer um): se assemelha muito a Jean Alesi... e não estou falando isso porque ganhou sua primeira corrida em Montreal, após todos os favoritos terem problemas, nem por “pegar na unha” uma equipe tradicionalíssima em um péssimo momento...

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Jean Alesi tinha essas mesmas características: era o queridinho de todo mundo, mas o tempo foi passando, passando, o tal carro vencedor nunca apareceu... até que o cara ficou velho demais para correr em uma equipe Top.

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Por que eu disse isso? Ao que parece, com essa Renault R30, Kubica não vai conquistar sua segunda vitoria em 2010. Te cuida brother...

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Vale o quanto pesa?

A equipe passa por uma profunda reestruturação, tão profunda que mesmo após a contratação de Kubica muito se falava sobre a possibilidade do time simplesmente abandonar a F1. Por essas e outras, obviamente o polonês terá todos os esforços da equipe, o que é fundamental para o bom desempenho de um piloto.

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Talento, experiência, agressividade, paciência, tudo Kubica tem. Só está faltando "o" carro. Tirando as pinturas do seu capacete, dá para falar que este piloto não tem defeito nenhum, eheheh.

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12 – Vitaly PETROV – (Rússia)

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Quem é?

Com nome e sobrenome estranhamente fáceis de ler e escrever (kkk), Vitaly é o primeiro russo a chegar a F1 (Stalin deve estar se revirando no tumulo, kkk). Ano passado vice campeão da GP2.

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Não foi exatamente brilhante na pré temporada... se é que dá para tirar alguma conclusão das pré temporadas (ainda mais essa em que o regulamento mudou radicalmente).

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Menção honrosa para a pintura do capacete, NOTA 10!

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Vale o quanto pesa?

Nos últimos 3 anos, este mesmo segundo carro da Renault queimou dois pilotos que aparentavam ser futuros campeões: Nelsinho Piquet e Romain Grosjean.

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Petrov vai dirigir está senta no cockpit que promete ser “a” fogueira nesta temporada. Bem ou mal, o russo está na Renault, então, não há o que se desculpar. É o preço que se paga pela grife. Se Petrov iniciasse sua carreira na F1 em uma equipe de menor expressão, talvez contasse com um carro melhor e certamente muito mais tempo para mostrar se merece estar na categoria.

Na Renault, mesmo no segundo carro, fica feio largar no final do grid... até para um iniciante.

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Um abraço,

Fernando Ringel

feringel@yahoo.com.br

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