terça-feira, 9 de março de 2010

GUIA VE MAX F1/2010: Hispania - Cosworth

HTR, Hispania ou Andrea Moda remix?

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“feringel@yahoo.com.br: e a Hispania? Se você fosse definir rapidamente, como seria?

[c=12]Pedro Ivo: Arroz de festa, o que eles conseguirem nessa temporada será lucro.

feringel@yahoo.com.br: ou seja, Forti Corse >>>> Campos...”

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__Você já ouviu falar em Forti Corse? Se você estiver com pouco tempo para pesquisar, preste atenção na Hispania (ex-Campos, Ex-Meta Campos, ex-finada, ex-culachada, kkk ) e entenda muito sobre como uma equipe do fundão funciona... ou não funciona.

Manual da equipe nanica:

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1) Confirme sua participação no campeonato uma semana antes da primeira corrida

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2) Contrate um piloto com sobrenome ou parentesco com alguma personalidade mundial

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3) Tenha um chassis Dallara

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4) Contrate seu segundo piloto uma semana antes da primeira corrida

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5) Na apresentação, já que seu carro não tem patrocinadores, mostre ao mundo uma pintura bem feinha.

Convenhamos, a Hispania preenche com louvor os requisitos acima, o que colore o grid com causos, mas costuma incinerar carreiras promissoras.

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De repente eu até poderia fazer uma EVOLUÇÃO DA ESPÉCIE:

_________Coloni (1991) >>> Andrea Moda >>> Forti Corse >>> Hispania

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Lembra a última fase da Coloni (pintura “linda” a lá embalagem de remédio), a coragem meio cara de pau do pessoal da Andrea Moda e uma certa pompa a lá Forti.

Só para lembrar, a Forti Corse estreou em 95, sob os olhos atentos dos brasileiros. Aparentemente uma equipe brazuca, tinha Pedro Paulo Diniz e Roberto Moreno como pilotos, carro verde e amarelo e patrocinadores brasileiros.

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Antes do primeiro GP ( em Interlagos) Moreno (alucinando) chegou a dizer que poderia vencer a corrida (hauhauhau). Anos depois Diniz definiu sua passagem na equipe da seguinte maneira: “A Forti era tão fraca que nem considero como uma experiência na F1”.

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Acredite se quiser, por pior que fosse, a Forti chegou a F1 infinitamente mais estruturada que a Hispania. Tanto é que a equipe não se preocupou em conseguir resultados imediatos, apenas em desenvolver o carro para os anos seguintes, já que tinham contratos que segurariam a equipe por um bom tempo...

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Te cuida Bruno Senna...

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20 - KARUN CHANDHOCK (Índia)

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Quem é?

Sei lá, um cara que poderia ter trabalhado na novela Caminho das Índias e que sonha (literalmente) em pontuar este ano... (extra oficialmente) a bordo do segundo carro da Hispania. O cara é um humorista.

Ehehe, falando sério, Karun tem as suas qualidade: títulos na Ásia, poles e vitórias na GP2, testes na RBR, porém este é mais um exemplo de como na F1 muita coisa extra pista decide os resultados das corridas.

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Ecclestone continua com sua “Síndrome de Cristóvão Colombo” (kkk), querendo levar a F1 para lugares cada vez mais distantes, tidos como exóticos. Digamos que, além de ser uma das economias emergentes, a Índia preenche esses quesitos exóticos vocês não acham???

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Chandock acelera o carro e Ecclestone já começa a contabilizar o dinheiro que vai ganhar. Olha só a FÓRMULA DA VELOCIDADE: piloto + equipe indiana + F1 = GP da Índia nas próximas temporadas???

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Vale o quanto pesa?

Todos que chegam a F1 são muito bons. Até os endinheirados, todos tem grandes coleções de troféus em casa. Mesmo você amigo leitor que é piloto, temos que admitir... os caras dirigem melhor que a gente. É isso.

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Agora, será que entre os feras ele vai andar bem? 99% das chances que não, mas se fizer um calor em um cara que é sobrinho de um tal Ayrton Senna, aí as coisas podem começar a mudar. De repente Chadock pode até se juntar a Force Índia, já que além de interesses comerciais, Vijay Mallya é amigo da família do piloto.

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Por enquanto o que dá para dizer é que Karum (extra oficialmente) pilotará (por absoluta falta de dinheiro)o pior carro da F1 neste ano.

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21 - BRUNO SENNA (Brasil)

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Quem é?

Um cara com pinta de bom moço, fisicamente muito parecido com o tio e principalmente, um piloto em que as opiniões do público variam radicalmente: subestimado por uns e superestimado por outros.

Profissionalmente, já está mais do que claro o fato de que Bruno não chegou onde está apenas em função do sobrenome Senna. Sobrenome abre portas, mas não segura ninguém incompetente no mundo milionário do automobilismo Top. Rick Von Opel que o diga...

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Como é a vida, né? O cara feliz por finalmente estrear pela Hispania e pensar que Bruno estava acertado com a Honda para o ano passado... quando a montadora decidiu abandonar a categoria. O resultado disso foi a mudança total na equipe, que passou a se chamar Brawn GP, e sua substituição por Rubens Barrichello.

Deve ter dado uma invejinha ver a dupla da Brawn voando na pista, né?? Imagina a comoção nacional se, na estréia, Bruno tivesse chegado em segundo (posição em que Barrichello chegou)... arrisco dizer que seria quase um feriado nacional.

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Ok, a vida tem dessas coisas, Álvaro Parente que o diga, mas esse ano de novo??? Já há algum tempo de contrato assinado com a estreante Campos, Bruno quase se viu de fora aos 45 do segundo tempo.

Por um milagre (e muito boa vontade da FIA), a equipe vai tentar competir. Finalmente o brasileiro vai estrear, mas... com esse carro e esse sobrenome... hum, complicado, hein?Sem querer cornetar, Bruno Senna aparentemente é o candidato ao mico... quero dizer, ao King Kong da década!

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Vale o quanto pesa?

Hellooooooooo, Bruno é bom, pelo menos bem melhor do que todos esperavam! Mesmo assim, vamos refletir: ele é o B Senna e não o A Senna. Até no alfabeto está assim “B vem depois de A”, então.... B Senna não é A Senna. Entendido????

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Agora, o que um piloto bom pode fazer em um carro fraco? Na F1 dinheiro é tudo e sem ele fica mais que difícil.

Em 2010, pela Hispania, infelizmente Senna só vai andar na frente dos mais rápidos... como retardatário.

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Amanhã postarei os textos de mais três equipes: "Lotus", Toro Rosso e Force India

Um abraço,

Fernando Ringel

feringel@yahoo.com.br

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