segunda-feira, 30 de junho de 2008

Best Lap, "O Joguinho"

Outro dia vi um tópico diferente na F1 Brasil:
“Jogo de corrida que desenvolvi!
Pra quem gostar de jogos de corrida, fiz um jogo chamado Best Lap, coloquei no site:

http://rr.site88.net/

pra jogar é só criar um nome e senha

Abraço.”

Com apenas alguns cliques eu já estava acelerando um carrinho vermelho que tem um motor com um ronco digno de um Ferrari V12.
O jogo é bem divertido e, caso você queira testar seus limites, sou o tal Feringel que está no “meio do pelotão” em todas as pistas. Todas exceto a pista noturna em que, meu lado “De Cesaris”, não me permitiu completar uma única volta, ehehe.
Será que você consegue ser mais rápido que Ringel, Feringel?
Com vocês uma rápida entrevista com Rogério Penchel, o mentor do Best Lap:.
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Quem criou o jogo?
Eu fiz a programação do jogo e o Rodrigo Navarro fez o desenho das pistas.
Rodrigo Navarro
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Qual foi a idéia inicial do jogo?
Um jogo de corrida simples de jogar, que não precisasse configurar nada, mas com uma competitividade bem grande.

Você se inspirou em algum jogo antigo?
No GeneRally, um jogo simples mas bem legal. Pensei em facilitar as competições de melhor volta que as pessoas fazem nele, pois precisam enviar arquivos de um lado pro outro para comparar suas voltas. No Best Lap é simples, todo mundo joga no mesmo lugar, tem o tempo registrado e também o melhor percurso feito.

O que é necessário para fazer um jogo como o Best Lap?
Ter conhecimento de programação, física básica e manipulação de sons (a parte do som foi uma das mais chatas, devido a falta de recursos que o Flash tem para sons). E o desenhista torna o jogo visualmente interessante. Quanto tempo levou para ficar pronto?A primeira versão demorou um mês, mas o jogo está sempre evoluindo, novas pistas e novos carros vão sendo incluídos. Você poderia nos contar quais os programas foram utilizados para "montar" o jogo?O jogo foi programado em ActionScript (Flash), os recordes em PHP+MySql. Para os sons, Audacity. Para o desenho das pistas, PhotoShop. Esse é seu primeiro jogo?Não, tem outros jogos que fiz antes lá no site, mas este é o que tem sido mais jogado.

Tem algum outro jogo "no forno"?
No momento estamos evoluindo o jogo Best Lap.


Essa é uma curiosidade minha, quero fazer um remake de Super Monaco GP, do Mega Drive.Tem algum programa específico para fazer um remake?
Seria até possível fazer em Flash, mas o melhor pra um "remake" seria usar C com auxílio de alguma biblioteca para jogos: Allegro ou SDL por exemplo.

Onde pode-se baixar esses programas para fazer remake de roms?
Não são programas específicos pra fazer remake, são ferramentas de programação (tem que ter conhecimento de programação), vc pode procurar por gcc (linguagem C) e Allegro no google.
Mas pra rodar o jogo da rom vc pode baixar um emulador.

Leva muito tempo para ficar pronto?

Se fosse trabalhar (10h por dia) desenvolvendo o jogo, uns 2, 3 meses pra ficar perfeito.

Rogério Penchel sendo entrevistado pelo VELOCIDADE MAXIMA

Voltando ao Best Lap, se desse para colocar outros carros, um grid de 10 carros por exemplo, seria realmente ótimo. Tem como fazer o carro bater no muro e nos outros carros?
"Pelo fato de ser um jogo muito veloz, a colisão online com outros jogadores (carros) é bem complicado (bem mesmo, hehe). Precisaria todos os jogadores ter conexão muito rápida (sem nenhum probleminha) e estarem fisicamente próximos, países diferentes seria praticamente impossível (até mesmo na velocidade da luz). A colisão com muros e outros objetos estou implementando, vai ficar bem legal.

Muito boa a idéia de colocar Interlagos no Best Lap. Essa é uma excessão ou vocês vão "equipar"o Best Lap com outras pistas clássicas da F1?

Vamos colocando todas as pistas sim! Inclusive já divulguei pros jogadores que souberem desenhar pra enviarem pistas, aí coloco o crédito do autor da pista no jogo.

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NOSSO COMENTÁRIO: Talvez você que está acostumado a jogar GP4 e r-Factor não tenha se impressionado, mas você já viu os jogos que a Microprose fazia para Super Nintendo e Nintendinho? Em termos de criatividade, gráficos e jogabilidade não tem muita diferença não.

Salva as devidas proporções, te cuida Geoff Grammond...



Fernando Ringel

domingo, 29 de junho de 2008

Por Que Gilles Virou Mito?

Por José Geraldo Golvêa http://mundosefundos.co.nr/

Por que Gilles virou um mito? É uma pergunta cuja resposta requer um pouco de exercício literário e filosófico. É preciso entender que a figura de Gilles fala fundo na personalidade do ser humano e satisfaz à nossa necessidade de... heróis!

A diferença entre um herói e um anti-herói está apenas na forma com que cada um se despede da luta. O herói morre honradamente em combate, o anti-herói apenas encontra uma maneira não-fatal (e normalmente pouco honrada) de deixar de lutar e terminar sua vida fazendo coisas comuns, como plantar alfaces ou dirigir uma revenda de carros usados.

Quando víamos Gilles correndo e fazendo suas loucuras (e eu digo “víamos” porque eu nasci em 1973 e tive o privilégio de ter visto, por exemplo, o mítico GP do Canadá de 1981), tínhamos todos a plena consciência de que uma tragédia estava por se desenrolar. Gilles trazia a tragédia em si, nele se aplicava com perfeição o verso de Fernando Pessoa, segundo o qual o ser humano é um “cadáver adiado que procria”.

Mas a tragédia era necessária ao mito, porque sem ela Gilles seria só outro piloto mais famoso por seus erros do que por seus acertos, por seus vexames do que por seus êxitos. Entre Vittorio Brambilla e Gilles Villeneuve a diferença reside apenas na luz da mídia e no desfecho trágico: a diferença entre um Ulisses e um Dom Quixote, nestes nossos tempos em que se vive sem a companhia do estranho ou do sobrenatural, tornou-se muito menor.

Gilles era um mito vivo, um mito em processo de criação. Não por ser um extraordinário piloto, esse tipo de avaliação nunca é unânime, mas por ser um piloto fora de seu tempo. O que faz com que um combatente se torne quixotesco em vez de heróico não é a grandeza do inimigo, mas a inutilidade de sua luta. Gilles era um piloto à moda antiga em uma Fórmula 1 que se profissionalizava, que enfatizava cada vez mais a tecnologia em detrimento do talento e do “braço”.

O que torna Dom Quixote ridículo não é ele lutar contra moinhos de vento, por absurdo que isso possa parecer, é o fato de que sua luta resulte em uma queda do cavalo e um ferimento vexaminoso nas nádegas. Se ele morresse lutando contra o moinho ele não seria um anti-herói, seria um mártir dos “velhos tempos” que se sacrifica na resistência contra o novo, um Luís XVI tentando conservar a coroa sobre a cabeça em tempos de revolução.

Os moinhos de vento contra os quais Julio Villanueva se insurgia eram basicamente a tecnologia e o profissionalismo, exigências de um esporte que deixava de ser um circo de perícias e coragem para ser um espetáculo de massas. O próprio Enzo Ferrari certa vez disse que Gilles lhe lembrava Tazio Nuvolari – herói de uma época que já se perdia na neblina do tempo.

Com sua morte, Gilles cumpriu a biografia de um típico herói, que morre para marcar a mudança de uma era, após ter perdido o favor dos deuses de forma injusta ou inexplicável. Sua morte é um dos eventos (talvez O evento) que precipitaram o banimento do efeito-solo na Fórmula 1 e foi também, por muito tempo, a morte mais lembrada e mais emblemática da história do esporte.

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Aqui alguns comentários sobre o texto "Por Que Gilles Virou Mito?":


Thiago Mxyzptlk
" Villeneuve teve uma retaguarda financeira bem mais saudável, pra permiti-lo destruir muito mais carros.
Até vi em um livro uma vez, que hoje eu me arrependo muito de não ter comprado, uma comparação de pilotagem de Villeneuve e Piquet. Acho que a pista era Jarama, não lembro.
Na curva Piquet só tinha um pneu dianteiro sobre a zebra, o carro perde pouca velocidade e está totalmente sob controle, já Villeneuve tinha os dois pneus direitos após a zebra, o traseiro esquerdo sobre ela e o único que ainda estava na pista, e por pouco não sai tambem, era o dianteiro esquerdo, e o carro dando a impressão de estar no limite do descontrole.
Do lado tinha um texto explicando as diferenças de pilotagem, e as desvantagens da pilotagem de Villeneuve. A pilotagem dele não tinha nenhuma vantagem sobre a de Piquet. A velocidade dele vinha mesmo é da falta de apego a vida. (meio estranho escrever isso..)
Os fãs gostavam dele porque sempre vão gostar do piloto que se entrega mais do que os outros ao esporte. Na época de Prost X Senna, um pessoal indeciso entre os dois decidiu definitivamente por Senna quando Prost abriu mão de competir nos gps chuvosos de Inglaterra e Alemanha em 88, enquanto Senna arriscava tudo o que podia pra vencer ambas as corridas.

Fernando Faria ®
"Porque ele tinha um puto talento, e guiva com a faca nos dentes mesmo. Zandoort 79, Espanha 81, se não me engano, Canadá 81 e Dijon 79 só serviram para confirmar o piloto que era, fazia bobagens com certezz, mas era de uma "voracidade" nas pistas que deveria dar vontade de ver F1, mesmo pra quem não gostava do esporte, só pra ver Villeneuve guiando. Tenho parte de uma biografia dele, pena que vai apenas até o final de 81, onde algumas caracteríscas do piloto já o transformavam em um piloto fora de série, como o fato de sempre ao alinhar o carro, ele dava uma brecada forte e o carro acabava derrapando um pouco a frente da posição correta do grid, tendo que dar uma pequena ré para posicioná-lo corretamente. Para muitos parecia que ele sempre errava o lugar onde parar o carro, mas na verdade era para emborrachar, mesmo o minimo que seja, o local aonde as rodas tracionariam. Outra coisa que pode parecer bobagem para muitos, mas o autor da biografia, dizia que na hora da largada, o candense fixava seus olhos na luz vermelha e não na verde, ou seja ele esperava a luz vermelha apagar e não a verde acender para acelerar, e esses pouquissimos milesimos poderiam ser cruciais em uma corrida. Outro fator q ajudou Villeneuve a se tornar mito foi sua identificação com a Ferrari e Enzo, e isso aliado ao seu estilo de pilotagem, enloqueceu os "tifosis", mas isso é outra história, eheh. "

[SCCP] R Júnior
"Ótima análise, qualquer coisa que eu escrevesse sobre Gilles Villeneuve não expressaria o que voce escreveu nesse texto.
Para um piloto ser lembrado como mito, uma das condições é esta, correr nas pistas como quem quer sempre ultrapassar e como Gilles fez, morrendo se tornou mártir desse tipo de pilotagem."


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Nós do VELOCIDADE MÁXIMA também temos a nossa opinião sobre a "beatificação" de Gilles:


Lucas Peterson
"Bem, Gilles tinha um estilo muito marcante "visualmente" embora tenha estatísticas pobres. É o avesso de Schumacher. E esses pilotos "visualmente impressionantes" sempre cativam mais a platéia. Não acontece só na F1, nas motos todos se lembram bem dos doidões Randy Mamola e Kevin Schwantz. Mesmo hoje em dia, há quem chore a ausência do mediano Juan Pablo Montoya, lembrando suas manobras espetaculares. O povo quer ver isso, o carro derrapando, pneus cantando, freadas bruscas no último segundo, uma pilotagem apaixonada... Gilles e esse tipo de piloto propiciavam isso. Ainda mais no caso de Gillles com a fanática - e passional - torcida italiana. "


Rodrigo Klango
"Porque ele fazia loucuras. Da mesma forma que Prost não cativou muitas pessoas, que gostavam de espetáculo, pelo seu estilo cerebral. É como o jogador driblador e um jogador cerebral. Muitas vezes, o cerebral produz mais para o time, mas o driblador é mais lembrado pelas jogadas de efeito que faz, mesmo produzindo pouco para o time. "

... e eu penso que:

"Se o Alesi tivesse morrido na época em que era piloto da Ferrari, seria um ídolo hoje em dia. Acho que isso explica um pouco da fama de Gilles. Sinceramente, se não tivessem morrido, provavelmente tanto o canadense quanto Ronnie Peterson (desculpa aí Lucas) seriam semi anônimos atualmente. Mais ou menos como acontece com Eddie Lawson, Randy Mamola, Kevin Shwantz entre outros na Moto GP."



Fernando Ringel

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Olha Só Essa Foto!!!!! (04)

Elio De Angelis à bordo do fantástico, lindo e lento Brabham BT55, em sua última corrida na F1.
Monaco, 1986.



Fernando Ringel

Feliz Aniversário!

A gente não podia deixar de desejar felicidades ao Pedor Ivo, gente fina e leitor do nosso blog .
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Parabéns pra você !!!!
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Um abraço da equipe do VELOCIDADE MÁXIMA.


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Logo após as 24 Horas de Le Mans, o Pedro nos mandou um recado que

"Fiz um post na comunidade F1 Brasil com uns links que eu acho que vocês vão gostar.
Coloquei dois links na comu com fotos de Le Mans 2008. Aí tô colocando alguns dos links http://www.ultimatecarpage.com/event/163/2008-24-Hours-of-Le-Mans.html (seção principal, c escolhe o ano e se diverte. Cada ano tem 200 fts, sendo q vc pode escolher 2006, 2007 ou 2008)."
Essa foi a primeira que postei na comunidade e causou nostalgia em muita gente...

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"Esse site (http://www.ultimatecarpage.com/) tem um vasto material fotográfico, não só de F1 ou Le Mans, mas de toda e qualquer categoria de competição em geral além de carros de rua. Junto com o http://www.fast-autos.net/ são os sites que mais acesso pra aumentar minhas informações sobre automobilismo. Abraços!"

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Pedro, os leitores do VELOCIDADE MAXIMA agradecem.



Fernando Ringel

Coisas Estranhas Que Você Sò Vê Aqui (20)

EU ADORO A F1!!!!!!!!(04)


Nelsinho sortudo...



Fernando Ringel

quinta-feira, 26 de junho de 2008

1 carro, 3 equipes

NOTA: ALGUMAS FOTOS PARECEM QUE ESTÃO CORTADAS. NA VERDADE, ESTÃO EM TAMANHO GRANDE DEMAIS. PARA VISUALIZÁ-LAS, CLIQUE COM O BOTÃO DIREITO DO MOUSE E EM "VISUALIZAR IMAGEM".
O Arrows A23, que foi o carro com que a Arrows correu em 2002, era um carro promissor. Projetado pelo argentino Sergio Rinland e o Mike Coughlan (o engenheiro que recebeu dados da Ferrari em 2007), era um carro que gerava pouco arrasto aerodinâmico, sempre conseguindo altas velocidades em reta. Tinha uma aderência boa e dois pilotos bons, Heinz-Harald Frentzen e Enrique Bernoldi. Frentzen pontua em duas corridas, e Bernoldi anda bem. Só que a partir do meio do ano, os recursos da equipe começam a faltar, e a Arrows acaba falindo após o GP da Bélgica.

Algumas fotos do carro:


Frentzen nos testes pré-temporada 


Frentzen no GP do Brasil



Bernoldi no mesmo GP.

Muitos pensaram que o carro iria para as garagens da equipe, de onde nunca mais sairía. Mas, no início de 2003, a Minardi comprou alguns chassis A23 da Arrows, inclusive usando 1 deles em um teste em Mugello.


Verstappen ao volante do carro, nas duas fotos



Apesar de só ter sido usado nesse teste oficialmente pela Minardi, o A23 serviu de inspiração para o PS04 e o PS05, os carros da Minardi de 2004 e 2005.




Zsolt Baumgartner com o PS04 no GP do Brasil de 2004



Christjan Albers no GP de Mônaco de 2005 com o PS05

Como se pode ver, a parte mais marcante (e parecida) do design dos 3 carros é o bico alto, com a longa "ponte" separando a ponta do bico da asa, e as laterais baixas.

Pensa que acabou? Não. No início de 2006, os A23 foram repassados para a Super Aguri, que estreava na F1. A equipe, com o apoio oficial da Honda, não tinha tempo suficiente para produzir um novo carro, se não ficaria de fora do GP do Bahrein, abertura da temporada (caso isso acontecesse, a equipe levaria uma multa da FIA). Então, a Super Aguri resolveu usar os A23 adaptados ao regulamento de 2006 e rebatizados como SA05.. O carro foi usado até o GP da França.



Yuji Ide no GP do Bahrein

Aqui no GP da Malásia



Takuma Sato no GP do Bahrein

Em comparação com o original, o SA05 tinha a asa traseira mais para frente, a asa dianteira mais para cima (regulamento de 2005/06) e tinha um motor V8 Honda, em vez do V10 Ford original.

Créditos das fotos: Sutton, Motorsport.com e ImagesF1.com

Por: Rodrigo Klango

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Era Uma Vez...(01)

...no ano de 1996 Roger Penske recontratou Paul Tracy após uma temporada decepcionante do canadense na Newman Hass, para fazer dupla com Al Unser Jr.
Roger Penkse se associou com Carl Hogan e foi criada uma equipe especialmente para Emerson Fittipaldi, a Hogan Penske.
Assim como em 95, Emmo vinha tendo muitos problemas. Porém, nessa corrida, as 500 Milhas de Michigan, Emerson largava em quarto, seu melhor resultado no ano.
Na primeira curva Fittipaldi fechou a porta para Greg Moore, rookie daquele ano, como de costume o canadense não aliviou e... foi o fim da carreira do Emmo na Indy.

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Tempos depois ele mesmo disse que iria se aposentar no final de 96.

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Esse "Emmo" não tem nada a ver com franjinhas,maquiagem, corações partidos e CPM22. "Emmo" é o apelido do Emerson Fittipaldi nos EUA.

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Mudando um pouquinho de assunto, três anos depois, Greg Moore tinha assinado contrato com a Penske, que havia desistido de fabricar seus próprios chassis após duas temporadas de fracassos e prejuízos que custou a carreira de alguns bons pilotos como Ande Ribeiro, Tarso Marques, uma despedida mais digna para o grande Al Unser Jr e a morte do uruguaio Gonzalo Rodriguez. O canadense seria o companheiro de Gil de Ferran em 2000.
Porém, Greg foi atropelado por um cara em uma scooter, dentro do paddock. Foi constatada uma leve fratura na sua mão esquerda. O canadense não treinou, não estava disputando o título e se despedia da Forsyth. Simplificando, a corrida não valia nada para ele. Mesmo assim Moore decidiu largar.

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Saiu em ultimo e na décima volta já estava no meio do pelotão, na frente de Adrian Fernandez, o vencedor daquele GP de Fontana. Vale ressaltar que esse Super Speedway exige muito esforco da mão esquerda. Dito isso, na décima volta Moore perdeu o controle do carro e tentou controlar, como de costume, acelerando. De fato ele escapo do muro, mas rodando a mais de 300km/h passou por uma pequena elevação do gramado que fez seu carro decolar e a partir daí não sobrou pedra sobre pedra... literalmente.

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Este é um caso parecido com os acidentes fatais de Patrick Depailler na Alfa Romeo e Gordon Smiley no início dos anos 80. Acidentes aparentemente causados por falha mecânica que nunca puderam ser devidamente apurados devido a destruição dos bólidos.

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Paul Tracy, pai e filho Villeneuve, Greg Moore... o que será que esse pais tem que 90% dos canadenses no automobilismo são "MAIS ou menos" loucos?

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Pouca gente se lembra, mas a o ex-piloto Tony Bethenhausen, dono da Bethenhausen, equipe onde corria Helio Castroneves, havia morrido em um acidente de avião. A equipe fechou e o brasileiro estava "a pé" para a temporada 2000 da Indy. Com a morte de Moore, Helinho foi chamado, em uma situação "tapa-burco" bem parecida com a que viveu o Kova este ano na Mclaren, passando de desempregado a piloto da equipe mais tradicional da Indy.
Curiosamente, a morte de Greg Moore significou a ressurreição da carreira do Helinho "Spider Man", atual campeão da Dança dos Famosos dos Estados Unidos... ehehe.

Fernando Ringel

terça-feira, 24 de junho de 2008

Kevin Coogan na Ligier??????

Por Rianov Albinov, http://www.f1nostalgia.blogspot.com/
(reprodizido aqui com alguns acréscimos da equipe do VELOCIDADE MÁXIMA)


"Admito que conheço muito pouco sobre esta história, por isso vou pedir ajuda aos meus "brothers" blogeiros. Pelo que sei, este carro foi feito em 84, era praticamente uma adaptação do modelo de 83 da F1 que você vê abaixo, em Monaco pilotado por Raul Boesel.Os pilotos eram Kevin Cogan e Mike Chandler. O carro conseguiu uma classificação para Long Beach em 84, mas dizem as más línguas que o chassis largava pedaços por todos os lugares. Até em reta era instável, na corrida, quebrou em 3 voltas.

Tentaram uma classificação para as 500 milhas de Indianápolis mas não conseguiram."

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"Com a ajuda de Mike Curb, dono do museu abaixo e Executivo e Promotor da MGM music, Guy Ligier tentou esta investida na Cart, pois não estava nada satisfeito com seus pilotos na F1 (de Cesaris e Hesnault). Cogan foi para o GP Long Beach e Chandler foi para o GP de Phoenix, onde não conseguiu classificar o carro, já em Indianápolis o carro era extremamente lento, virava em 184 mph enquanto os outros viravam na casa das 200 mph. "

RESULTADO: Foi parar em um museu...

...onde atrai bastante atenção.


A equipe CURB/Dubonnet abandonou rapidamente o Ligier LC-02 e substiuiu pelo convencional Eagle/Pontiac, ja na segunda etapa em Phoenix."

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CURIOSIDADE: A Tamya produziu uma série limitada do Ligier LC-02. É, apesar de tudo, pelo menos o carro era bonito .
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Imagina, nem o Kevin Coogan, um dos bons pilotos da geração que teve Mears, Andrettis e Al Unsers "pais e filhos", Luyendyk, Fittipaldi, Rahal... nem o Coogan conseguiu fazer alguma coisa com essa carro.
Ligier LC-02, "bonitinho e ordinário"
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Fernando Ringel

Fórmula Fofoca (07)

Flavio Briatore durante sua lua de mel.

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O "achado" foi da Lu Magalhães, do Octeto Racing Team, blog parceiro do Velocidade Máxima.

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Será que essa "cueca", sunga, calcinha, sei lá, é uma daquelas 40 cuecas da sorte do Coulthard?

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Essa é a respota? Entre no link abaixo e tire a suas próprias conclusões
http://velocidademaximatotal.blogspot.com/2008/03/frmula-fofca-06-o-segredo-de-coulthard.html

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NOSSO COMENTÁRIO: ARGH!!!

Coisas Estranhas que Você Só Vê Aqui (19)

Vitorio "Gorila de Monza" Brambilla em seu primeiro contato com um F1.

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Colin Chapman teve a brilhante idéia de colocar patrocinadores em seus carros e, "sem querer querendo", inventou 99% da fortuna de um baixinho "com cabelo de japonês"... um piloto obscuro que havia tentado se classificar em 3 GPs da F1, sem sucesso.
Um tal de Bernie Ecclestone.


Fernando Ringel.

Coisas Estranhas que Você Só Vê Aqui (18)

EU ADORO A F1!!!!!!!!!!! (03)

Mark Webber, um piloto de visão
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Vocês já repararam como é bonito o óculos da morena?????
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Fernando Ringel

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Notas sobre o GP da França


+ Com a exceção de Mônaco, todos os GPs desta temporada foram disputados em pista seca. Curioso é que em TODOS a previsão era de chuva.
No que devemos acreditar? Nas promessas dos políticos? Em horóscopo? Ou na previsão do tempo das equipes de F1?

+ Mais uma aula da Toyota. Agora só falta “um Schumacher” como primeiro piloto.
Será que o Barrichello se arriscaria ao posto? Acho que depois da experiência com o Ralf Schumacher os japoneses não levariam em consideração essas hipóteses.

+ Coincidência ou não, Jacques Villeneuve quer voltar para a F1. Além de ser muito experiente, ele atrairia bastante atenção para a equipe que contratá-lo, sem contar que sua performance em Le Mans demonstra que ele não desaprendeu... como deu a entender a passagem do canadense pela Nascar.
Seria apenas uma questão do campeão de 1997 aceitar um salário tipo “1/3 do que o Glock ganha” só pelo prazer de dirigir pela última vez um F1 e terminar sua boa carreira de uma maneira melhor que sendo despedido pela Sauber...

+ Sei que não é tão simples assim, mas em termos de F1, o sobrenome Villeneuve é uma grife e tanto.

+ Apesar de toda essa teoria, fiquei feliz pelo pódio do Trulli. Uma coisa ninguém pode negar: o italiano é um dos melhores pilotos da história em termos de pilotagem defensiva... e sempre jogando limpo.

+ Que coisa horrorosa a temporada do Button, hein?

+ Barrichello e a Honda seguem em sua temporada “ecologicamente correta”. A verdade é que esses carros da Honda me dão vontade de jogar lixo na rua e derrubar umas árvores por aí...

+ Acho que no Barrichello também...

+ Uma vez o Berger definiu Damon Hill, campeão de 1996, assim:
“Em algumas corridas Damon é realmente muito bom, estupendo. Na maioria das vezes é mediano e em outras é realmente ruim”.
Em termos de campeões, Damon Hill é o que mais me lembra Lewis “8 ou 80” Hamilton.

+ Por falar em Hamilton, ele é o que, para mim, tem mais cara de “F1 dos anos 80”. Nesse GP da França, por exemplo, Lewis foi uma espécie de “Alesi inglês”.

+ A grande maioria dos brasileiros que acompanham a F1, ficaram felizes cm o sexto lugar do Nelsinho. Especialmente por ter segurado o Hamilton “com a faca nos dentes” e por ter passado o Alonso no finalzinho.

+ Talvez nem todos tenham ficado “felizes” com os primeiros pontos do Nelsinho, mas pelo menos eu, fiquei chateado quando o Kova, sempre muito esperto, passou o brasileiro na saída do box.

+ Nelsinho está com o moral alto na equipe. Achei que o brasileiro tivesse que ceder o sexto lugar para o Alonso. Aparentemente a ordem dos boxes não veio. Acho que isso encerra os rumores sobre a sua substituição em Silverstone.

+ Por outro lado, Alonso já deve estar preparando um dossiê e alguns e-mails comprometedores contra a Renault.

+ Por falar no finlandês, mais uma boa corrida do Kova. Sempre muito paciente, chega a lembrar um tal Alain Prost.

+ É claro que o Massa tinha que ganhar, inclusive andando mais rápido que os outros até na chuva.
Raikkonen vinha com o carro soltando peças pela pista e perdendo grip.
Além do quê, nesse final de semana Massa era piloto que tinha mais “GRIPE”.

+ Dããããããã. Eu mesmo admito. Essa foi podre. Vaias para mim.

+ O Heidefeld participou do GP da França?

+ Não é que a corrida tenha sido ruim. Com alguma condições, Magny Cours poderia até continuar na F1. Aqui as minhas sugestões:
1) Daqui para frente todos os GPs da França terão que ser disputados com um azarão na liderança do campeonato,
2) com chuva
3) um favorito largando com punição de 10 posições
4) um piloto “demitido” ultrapassando o companheiro bi- campeão no finzinho da corrida
5) um brasileiro vencendo e liderando o campeonato... – aí sim poderia continuar no calendário, porque em termos de corrida mesmo, foi a mesma m#$%# de sempre.

+ Desde 91 no circo, as duas únicas corridas boas em Magny Cours foram sob chuva, em 92 e 99. Só nessas duas edições deu gosto de assistir ao GP.

+ Que animação o pódio, hein?
O GP já foi realizado em Magny Cours, Massa gripado, Raikkonen feliz como sempre e Trulli nem abriu o champgne, provavelmente, em respeito ao falecimento de Ove Anderson, dirigente da Toyota.
Como diria a Roberta Miranda, Magny Cours, “Vá com Deus”.

+ EHEHEHEHEHE, finalmente a minha torcida está surtindo efeito. Indianápolis já foi para o brejo, Magny Cours também... agora as minhas próximas vitimas serão Hungaroring e Barcelona. Depois é só tirar Sepang, Bahrein, Turquia, Mônaco, esse novo circuito de rua na Espanha que eu não me lembro, nem faço questão de lembrar o nome...

+ Tirando a chatice das corridas, não tenho nada contra essas pistas. Todas são muito modernas, bonitas e tal, mas acima de tudo, são pista para motos.

+ Sei que isso não tem nada a ver com o GP da Franca, mas só para finalizar gostaria de falar um pouquinho da Euro 2008. Torcer para a Holanda é que nem torcer para o Alesi. É emocionante, mas no fim quem ganha é a Rússia.


Fernando Ringel

Massa vence na França

Em uma prova que parecia destinada a ser de Kimi Raikkonen (que já havia vencido em 2007) e que o finlandês parecia ter sob controle, eis que Massa não é agraciado pela sorte e vê seu colega de equipe ter um problema mecânico (lembram-se deles?) para uma triunfal vitória em território francês. É a primeira do Brasil desde 1985 e de quebra a liderança do mundial, o que um brasileiro não sentia o gosto desde o saudoso Ayrton Senna em 1993.

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Raikkonen teve um escapamento quebrado. Pode parecer pouco aos olhos de leigos, mas os escapes dimensionados são peça fundamental na performance do carro. Uma rachadura ou quebra, faz com que as válvulas não funcionem corretamente e o carro perde potência em alguns trechos. Até o consumo pode aumentar. O finlandês fez uma corrida de resistência até heróica, se adaptando à nova realidade de sua máquina avariada e mantendo-se no segundo lugar sem ser sériamente ameaçado por Jarno Trulli no terceiro lugar.

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Problemas com escapamentos quebrados são relativamente comuns no esporte a motor. Esse caso da Ferrari me lembrou o mesmo problema de Mario Andretti no GP da Holanda de 1978. Seu escape quebrou na metade da corrida e o Lotus 79 perdeu potência. Seu companheiro Ronnie Peterson que era proibido por contrato de ultrapassar o colega, passou a corrida inteira “o cangote” do americano, escancarando para todos a hierarquia da equipe.


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No mais:

* Massa pilotando cada vez melhor. Dos pilotos da Ferrari e McLaren, ele é na minha opinião o com desempenho mais consistente, no momento.

* Hamilton definitivamente é muito veloz. Sua tentativa de recuperação alucinada desde a largada, evocou lembranças de Nigel Mansell. Mas é preciso controlar a afobação para não ter na carreira os mesmos destinos do folclórico compatriota inglês.

* Nelsinho disse que quando pegasse uma pista que conhecesse bem e gostasse iria se dar melhor. E cumpriu exatamente isso com uma corrida bacana, segurando Hamilton com estilo e passando o Ilustre colega Alonso nas últimas voltas.

* Trulli é quase sempre apagado nas corridas. Quase. Quando resolve andar é um espetáculo. E é essa a melhor definição da corrida do italiano, segurando um endemoniado Heikki Kovalainen que também vinha ótimo.

* O que está acontecendo com Button? Nessa temporada ele está péssimo, batendo em todas as provas. Barrichello – quem diria – vai muito melhor e fez o que pode com o Honda Civic que pilota.

* Heidfeld definitivamente não está a vontade no BMW F1.08. Kubica, por outro lado, não dá chance ao azar e sempre leva o carro ao máximo que ele pode. Segue na luta pelo título.

Lucas Peterson






sexta-feira, 20 de junho de 2008

"Villeneuve's" da Moto GP: Kevin Schwantz


Ok, a comparação é meio estranha, afinal são categorias totalmente diferentes. Mas não é errado afimar que o nome "Villeneuve" se tornou no dicionário automobilístico uma espécie de sinônimo de piloto maluco, ou que arrisca tudo sem querer saber de mais nada.

Pois, entrando no clima do post do Fernando abaixo quando falava sobre o doidão Randy Mamola, lembrei de outro, o genial, Kevin Schwantz, campeão mundial de 1993 com Suzuki. Ao contrário da Formula 1, os "Villeneuve's" da Moto GP davam certo e alguns eram campeões. Outros doidos das duas rodas eram Berry Sheene (amigão de James Hunt), Kenny Roberts e Eddie Lawson.

Não sei grandes detalhes sobre a carreira de Schwantz, mas ele estava para a Suzuki assim como Michael Schumacher para a Ferrari. Inseparáveis. Lembro de vê-lo correr com a moto patrocinada pela Pepsi e mais tarde pela Lucky Strike.

Vejam esse vídeo: os geniais Schwantz e Wayne Rainey duelando pela vitória no GP da Alemanha de 1991, até a última volta. Kevin liderava, mas foi surpreendio por uma manobra ousada de Rainey. Eis que Schwantz cerra os dentes e vem para o tudo ou nada deixando para frear muito depois do limite na entrada do Estádio. Vejam como ele controla a danada só com a roda da frente:



Coisa de louco não? Mas fantástico! E falando em Moto GP, esse fim de semana é dia do GP da Inglaterra onde Valentino Rossi completará o seu GP de número 200. Será que vem novo capacete comemorativo ai?

Não esqueçamos também do GP da França de Formula 1 onde Kubica o líder (!) tentará - de fato - disputar o campeonato com os titãs, Mclaren e Ferrari. Você acha que é possível?

Eu acredito em milagres.

Lucas Peterson


quinta-feira, 19 de junho de 2008

Coisas Estranhas que Você Só Vê Aqui (17)

Vitorio Brambilla na época do Kart

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Video raro do "Gorila de Monza" em Ghost Valley.

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Modéstia à parte, em se tratando de Super Mario Kart, tenho milhares de horas de experiência e vários títulos em todos os níveis, especialmente nas 150cc.
Mas como é que o cara fez essas voltas desse vídeo????????????????

XX CURIOSIDADE: o comercial de TV da época do lançamento do Super Mario Kart, para Super Nintendo

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Se eu tivesse 10 anos, com certeza, pediria esse "Donkey Kong Brambilla" para os meus pais.


Fernando Ringel

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Olha só esse foto!!!!!!!! (03)

Randy Mamola, em algum momento dos anos 80.


Você já ouviu falar nele?
É uma cruza de Gilles Villeneuve, Ronnie Peterson e Jean Alesi das 500cc.
Mamola disputou 13 temporadas na Moto GP, sendo que em 11 delas terminou o campeonato entre os 10 primeiros.
"Um milhão de corridas"... 13 vitórias, e "toneladas" de momentos inesquecíveis.

Duvida?

Senhoras e Senhores, esse é Randy "Cojones" Mamola


Fernando Ringel

segunda-feira, 16 de junho de 2008

O Carro Fantasma da BRM

Jordan – BRM P230, a Historia que ninguém quis contar...
A maioria dos livros aponta o P207 como o fim da BRM, mas este foi apenas o último carro a participar da F1.
A equipe ainda fez um carro para 1978... o BRM P230, e creditem se quiserem, equipado com efeito solo. Irônicamente, a idéia que nunca foi desenvolvida na BRM deu o titulo para a Lotus naquele mesmo ano.
O carro foi feito em Ferndown pela CTG Racing e foi levado para Bourne onde foram realizados os detalhes finais e os primeiros testes.. Cyril Maylem, da CTG fabricou o carro sob a supervis’ao Alan Challis and Aubrey Woods. Em 1978 a BRM tinha um novo socio, John Jordan. Por isso equipe passara a ser chamar Jordan-BRM. Nada a ver com a Jordan dos anos 90 e 2000, comandada por Eddie Jordan. O "desenvolvimento" do carro foi feito pelo desconhecido Neil Bettridge, mas apesar dos esforços, a Jordan- BRM nunca se classificou para um Grande Prêmio. O carro ainda foi modificado, atendendo as especificações para disputar a Can-Am, mas em um teste com Danny Sullivan, sim ele mesmo, o tal cara do “Spin and Win”, o P230 foi destruido. O monocoque foi muito avariado. Sullivan, muito sortudo, saiu inteiro, mas o carro... até hoje o chassis do P230, todo amassado, está guardado na garagem de um tal David Hepworth, um dos antigos funcionários da BRM.

Fernando Ringel

E deu Audi... de novo!

... mas essa edição parece ter sido de arrepiar! Foi uma disputa acirrada durante todas as 24 horas, com muita pilotagem no limite, contrariando a fama da prova. Os Peugeot 908 mostraram-se mais velozes durante todo os treinos conseguindo a pole-position. Mas na corrida enfrentaram vários contratempos mecânicos. A lenda Tom Kristensen aproveitou isso para voar baixo na madrugada fazendo tempos de gelar o sangue em meio a uma chuva e recuperando a liderança.
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Mas a Peugeot não se rendeu fácil. Já na manhã de domingo, mudou a estratégia e arriscaram pneus sliks na pista ainda secando. Agora foi a vez da Peugeot voar na pista e descontar a diferença, com o carro do trio Villeneuve/Gene/Minassian. Mas não deu tempo. Acabaram ganhando o trio de estrelas das provas de endurançe, Rinaldo Capello (velho conhecido da Audi), Alan Mcnish (lembram dele na Toyota na F1 e os que só assistem à categoria principal diziam ser “muito ruim”?), e Tom Kristensen (o Jackie Ickx moderno).


Mais uma vitória da eficiência alemã da Audi que já se tornou um ícone da prova, como a Porsche e a Ford com o mitológico GT40 nos anos 60. Mas provavelmente essa foi a vitória mais significativa, pois pela primeira vez os alemães enfrentaram um adversário tão competente quanto. Arrisco dizer que se continuar nesse ritmo, ninguém segura o leãozinho francês ano que vem.
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Surpresa também na LMP2 o Porsche RS Spyder da equipe holandesa Van Merksteijn com o saudoso Jos Verstappen levou a vitória. Os fãs do holandês veloz e trapalhão na F1 devem estar em êxtase.
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Para o Brasil, outro esquecido da mídia daqui, Ricardo Zonta fez bonito e chegou em 3º com o Peugeot 908. Não pesquisei, mas deve ser a melhor colocação de um piloto tupiniquim na classe principal da prova desde Raul Boesel com um 2º em 1991, longínquos 17 anos atrás. Estaria uma vitória na classe principal mais perto do que imaginamos? Na GT2, Jaime Mello jr venceu de Ferrari junto com Gianmaria Bruni e Mika Salo (só tem gente legal nessa prova...).
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Os repórteres sem medo já perguntaram para Ron Dennis sobre a prova. Provavelmente devem ter dito: “Puxa, Lê Mans esse ano foi sensacional, como é que a Mercedes está de fora desse espetáculo?”
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Ron, do alto do seu salto (maior do que as botas do grupo de rock Kiss) soltou: “Não há como comparar as 24 Horas de Le Mans com a Fórmula 1. Aquilo não é uma corrida, já que o importante é sobreviver. Os pilotos não correm durante as 24 horas, eles competem e isso requere uma estratégia diferente. É o contrário da F-1. Aqui, raramente um piloto diminui o ritmo”, disparou o dirigente.
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Claro Ron. A gente perdoa os vexames de 1998 e 1999, quando os Mercedes CLR nem chegaram ao entardecer. Mais ainda na edição de 99, quando o Mercedão tinha uma encômoda tendência a sair do asfalto e rumar em direção às estrelas.
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Vale a pena ver de novo:

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Mas para encerrar, vejam esse vídeo surrupiado do Blig do inoxidável Flavio Gomes: Le Mans à noite em 2007 pelas câmeras do Audi R10 e Peugeot 908. O verdadeiro espírito estradeiro do automobilismo está aqui.



Lucas Peterson




"Os 10 mais Espetaculares da F1"

Por José Geraldo Gouvêa, do blog http://mundosefundos.co.nr/
Essa não é uma lista de pilotos "bons" nem de "campeões", nem de vencedores. Apenas uma lista de pilotos que davam show, que faziam assistir F1 valer a pena.

1 - John Watson (Irlanda)

Os puristas vão me crucificar ao não por Gilles em primeiro, mas o que dizer de um sujeito que larga de 17º e vence numa época em que não havia parada para reabastecimento e nem safety car para juntar os carros? Mais: um cara que no ano seguinte bate o próprio recorde largando de 22º e vencendo? Mais: um cara que larga em 26º e chega em terceiro? E que em outra oportunidade largou de 17º e chegou em 2º? Sem falar que ultrapassou três carros numa mesma volta numa pista que tinha fama pior que a de Magny Cours.

John Watson é o cara. Uma merda nos treinos, mas um gênio nas corridas. Para alegria de quem estava assistindo.
Cartão postal americano sobre o GP de Detroit de 1982... autografado pelo próprio John Watson


2 - Gilles Villeneuve (Canadá)

Teve o antológico duelo com Arnoux. Teve a condução sob chuva com o bico arrebentado. Tinha as rodadas inesperadas, como a de Jacarepaguá em 82. Teve a vez em que ficou segurando cinco carros melhores atrás de si.
Gilles é um cara que não podia ter morrido. Ele morreu e o Andrea de Cesaris ficou vivo. Quantos de vocês gostariam de fazer a troca?

3 - Andrea de Cesaris (Itália)

O rei das rodadas e batidas. Destruiu 17 carros na temporada de 82, quando correu pela McLaren (e a temporada só teve 16 corridas). Sobreviveu a um dos mais espetaculares acidentes da F1. Certa vez cometeu a insanidade de tirar da corrida o próprio companheiro de equipe e passou pelo vexame de levar uma "corrida" dos próprios mecânicos.

Apesar disso era razoavelmente competitivo e várias vezes chegou no pódio.

4 - Nelson Piquet e a Brabham

Quem não viu não sabe, mas Piquet era o cara certo no lugar certo. O "tio Bernie" e o projetista sul-africano Gordon Murray parece que ficavam caçando brechas nas regras para poderem criar alguma "levemente ilegal" que compensasse a grana curta de uma equipe intermediária. Antes de Piquet a Brabham já tinha inventado o carro ventilador, por causa do qual Andretti e Lauda quase saíram no tapa. Segundo os sites especializados Andretti reclamou com Lauda que seu carro ficava jogando sujeira para trás e Lauda, legítimo "gentleman" alpino, respondeu: "então me ultrapasse se puder ou então shut the fuck up"

Em 1981 a Brabham supostamente usou como combustível alguma coisa "que cheirava a gasolina, tinha cor de gasolina mas não era gasolina" (a imprensa vivia especulando isso).

A Brabham também experimentava tudo que fosse diferente na esperança de que fosse melhor (o que nem sempre era o caso) e Piquet usava de inteligência e malandragem para compensar a maior potência dos outros carros. Foi bicampeão por uma equipe média graças a isso.

5 - Nigel Mansell

Dispensa cometários. Mestre em ganhar corridas impossíveis e em perder outras que estavam no papo. Legítimo "gentleman", se dava bem com todo mundo (dizem que até com o Piquet, apesar da rivalidade) e tinha um carisma incrível com sua torcida. Quando venceu em Silverstone a multidão invadiu o autódromo e o carregou nos braços.

Protagonizou também um bonito episódio de espírito esportivo no GP de Dallas em 83: quando acabou a gasolina de seu carro ele se esforçou até desmaiar para empurrá-lo até a linha de chegada, enquanto era ultrapassado por outros. Muita gente ri disso, mas essas mesmas pessoas costumam chamar de "exemplo de superação" o caso da maratonista suíça em Los Angeles '84.

Nigel é um cara que faz falta à F1 de hoje

6 - Lewis Hamilton

O melhor "rookie" da História. Um piloto novato que vence a queda-de-braço com o bicampeão colega de equipe. O piloto que perde o título que estava 90% garantido graças a duas manobras bestas. O primeiro negro da F1 e o primeiro inglês a cativar a torcida de seu país desde Nigel Mansell.

Lewis vai entrar para a história da F1 como um grande nome. tomem nota disso.

7 - Vitorio Brambilla

"Encarnação anterior" -- esportivamente falando -- do Andrea de Cesaris, Brambilla conseguiu bater até na corrida que ganhou. Tá certo que seu carro, uma March laranja, não ajudava muito, mas ele era testador constante da resistência de muros e guard-rails. Ajudou a levar os mecânicos da March a um nível antes nunca visto de perícia no conserto de carros semidestruidos.

8 - Ronnie Peterson

O "sueco voador" tinha fama de pé pesado e pouco juízo. É considerado o melhor entre os pilotos que nunca foram campeões (e certamente só não foi campeão porque morreu prematuramente depois de um acidente bisonho supostamente causado por um erro de Riccardo Patrese, por causa da demora em ser socorrido).

Nos anos 70 ficou queridinho da torcida brasileira por ser um dos poucos que fazia todo o anel externo de Interlagos com o "pé embaixo". A diferença é que ele era o único que fazia isso num carro de ponta e bonito -- aquela mítica Lotus preta (lágrimas...).

9 - Ayrton Senna

Não sou "viúva do Ayrton" e nem "teleguiado da Globo", mas e inegável que, à parte de qualquer discussão se ele foi ou não o "maior da História", Ayrton era capaz de dar show. Rodou várias voltas sem bico (tal como o Gilles), foi segundo lugar em Mônaco dirigindo uma carroça puxada por mulas (bem, quase isso...) e teria ganhado se o Jackie Ickx não tivesse dado uma "colher de chá" para o Alain Prost. Ganhou sob chuva um GP de Portugal que emocionou o Brasil. Em 1989 teve uma temporada fantástica, do tipo ganha uma corrida e bate na outra, só não sendo campeão por causa de um episódio obscuro.

Entre outras histórias.

10 - Carel Godin de Beaufort

Nunca o vi correr, mas lendas de sua passagem pela Fórmula 1 me fazem crer que ele deve ter sido um barato.

Do alto de seus mais de 1,90m de altura, o único carro que o cabia era o obsoleto Porsche 4, que ele pintava de laranja (cor oficial de seu país, a Holanda). Tinha o hábito de dirigir descalço e certa vez treinou em Nürburgring (onde!!! sim, lá, onde os covardes cagam!) usando uma peruca dos Beatles em vez de capacete.
Teve uma morte trágica no GP da Alemanha de 1964.

O que restou do carro do carro de Carol após o acidente.

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Já que é só sobre pilotos da F1, na minha opinião, faltou o Alesi, mas tudo bem. Qualquer um que faça uma lista dos “Os 10 mais Espetaculosos” e coloque John Watson como o primeiro... e principalmente, usando argumentos “indefensáveis” merece todo o nosso respeito.

Se fosse para incluir pilotos de outras categorias incluiria o Ari Vatanen e o Randy Mamola.

Fernando Ringel

Olha só essa Foto!!!! (02)

(clique na foto para vê-la ampliada)
Andrea De Cesaris, Austria/1987

... pouco depois dessa foto ser tirada, o sueco Stefan Johansson, pilotando a Mclaren, atropelou um animal que entrou na pista... e isso a gente conta com todos os detalhes, e com todas as fotos em um outro post, aqui no VELOCIDADE MAXIMA.

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Que saudade de ver os carros soltando faíscas...




Fernando Ringel.

sábado, 14 de junho de 2008

Quer ver Le Mans?


Dica do pessoal da comunidade "24 Horas de Le Mans - Official" do Orkut: nesse link você pode assistir a prova em tempo real:




Se não der certo, tem uma segunda opção: Acesse http://www.tvunetworks.com/ e baixe o programa TVU Player. Não se preocupe, é levinho. Depois, sintonize em "Wheels" que te levará para o Speed Channel que está cobrindo a prova. Não é um mar de rosas, a conexão é meio truncada. Mas não tem preço ver os carros correndo e aquela movimentação toda em tempo real.


Sobre a corrida, está acontecendo um sensacional pega entre Peugeot e Audi, como a muito não se via. Depois de alguns anos de domínio, finalmente o pessoal das quatro argolas alemãs tem um rival à altura. E é a Peugeot que está na liderança e com Jacques Villeneuve! Se vencer, o canadense conseguiria a tríplice aliança (que é conquistar o mundial de F1, as 500 Milhas de Indianápolis e Le Mans) feito que só Graham Hill conseguiu.


Portanto é um embate histórico que está acontecendo nessa madrugada na França. Todos Ligados!


Lucas Peterson

terça-feira, 10 de junho de 2008

O Início da primeira vitória do Kubica...

... poucos meses após deixar a Ferrari, Clay Regazzoni (em pé usando paletó claro e calça escura), o maior nome do automobilismo suíço, visitou o "motor home" de uma equipe de turismo, também vinda da Suíça, que começava sua aventura nos monopostos... uma tal de Sauber.
DETALHE: Peter Sauber (de camisa branca ao lado do carro) já era careca... em 1977.



Fernando Ringel

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Notas sobre o GP do Canadá



+ Kubica!!! Kubica!!! Kubica!!! É isso aí, brother!!! Que mudar para o rally o quê!!! Agora só faltam 90 vitórias para alcançar o Schumacher!!! Vai Kubica!!! Vai Kubica!!!!

+ Realmente Heidfeld continua favoritíssimo ao titulo de Gerhard Berger desta década... o que e convenhamos, é próximo a genialidade.

+ Essa semana o pai do Hamilton capotou um Porshe. Ontem Hamilton arrebentou uma Mclaren e a traseira de uma Ferrari.
Será que isso é de família?

+ E o coitado do Kovalainen. Rema, rema, rema e não sai do lugar. Será que o Ron Dennis agüenta?
Como diria o Galvão Bueno: “ Haja Coração”

+ Por falar no Galvão... ontem ele estava completamente aluado. Não concordo com essa modinha de querer “ emburrecer” o que ele diz, mas ontem....
EX: Aparece a assessora de imprensa da Ferrari. Galvão tenta lembrar o nome dela.
Reginaldo Leme diz:
_ É a Stephanie. – Burti complementa:
_ É a Steph... – Galvão continua tentando lembrar o nome da moca. Reginaldo diz de novo:
_ É a Stephanie – após alguns segundos Galvão lembra.
_ É a Stephanie – ai eu pensei "Dããããããããããããããããã... "

+ Incrível, mas estou começando a gostar do Massa. Aquela ultrapassagem em cima do Kovalainen e do Rubinho foi uma coisa digna de m verdadeiro piloto da Ferrari.
Na hora lembrei daquela ultrapassagem do Rubens em cima do dos “Irmãos Schumacher” em Barcelona, 2000.
Dois momentos TOTALMENTE CRÁSSICOS.

+ Declaração de Kimi Raikkonen após o acidente com Lewis “8 ou 80” Hamilton:
“Eu não me importa com essa por$# de F1”

+ Por falar em Ferrari. Será que os italianos querem que a Mclaren conquiste o campeonato? Quem é “gênio” que programa as estratégias de box da equipe?

+ Falando em gênios e paradas nos boxes, será que Jean Todt está trabalhando sigilosamente para a Toyota? Que aula, hein?

+ Bonita corrida do Alonso. Cada vez mais com cara de Alesi... o que é bom para a gente que assiste a corrida... ou seja, rende muitos pontos de audiência e marketing para a equipe e poucos pontos no campeonato.

+ Segundo a imprensa, Piquet está rezando para a volta da F1 a Europa. Ué? Ele só conhece os circuitos da Europa? Será que ele nunca jogou r-Factor, GP4? EHEHEH
Mesmo assim essa foi a melhor corrida do Nelsinho em 2008. Ao menos tem se mostrado arrojado.

+ Curioso é o Nakajima, que também veio da GP2, e vem dando uma canseira no “queridinho da Williams", Nico Rosberg, mesmo nas pistas fora da Europa...

+ Por falar no Nico, ele me lembra o Barrichello em 95, 96 na Jordan-Peugeot.

+ Como havíamos dito no nosso “Guia F1 2008”, se a Red Bull vencer provavelmente será com David “cabeça de Lego” Coulthard (by Abraão, membro da F1 Brasil).
Se a Red Bull conquistar sua primeira pole, muito provavelmente será com Mark Webber.

+ Enquanto Ron Dennis perde o que lhe resta de cabelo com Hamilton e a má sorte do Kova, Rubens Barrichello dirige brilhantemente para chegar em sétimo. Se não fosse tão rancoroso, o “Tio Ron” deveria esquecer aquela historia do pré-contrato que o Barrichello assinou e depois rasgou, e contratar logo brasileiro como segundo piloto.
Você pode achar que estou falando a maior asneira do mundo, mas te garanto que o Barrichello não jogaria um titulo fora por não parar nos boxes para trocar os pneus, nem “encoxaria” o Raikkonen nos boxes... pelo menos em 14 anos na F1, o Barrica nunca fez nada parecido com isso.

+ Na ultima sexta perguntaram na comunidade F1 Brasil, parceira do VELOCIDADE MAXIMA:
“O que esta acontecendo com o Button?- Monocromáico respondeu.
_Nada. Está sendo apenas Button um piloto de altos e baixos – realmente.
Jenson “Vaga Lume” Button, um piloto que de vez quando brilha.

+ E o Vettel, hein? Sabe-se lá como ele sai do fundo do grid e de repente aparece em quinto, sexto. Muito bonita a pilotagem do rapaz.

+ Para mim, o GP do Canadá é sinônimo de Fisichella. O italiano sempre anda bem em Montreal. Saiu em último, chegou a andar no meio do pelotão abandonou de forma estilosa esse GP do Fisich... ops, GP do Canadá.

+ O meu GP favorito em toda temporada é o GP do Canadá.
Para mim estranho é quando um GP do Canadá é chato... Gilles Villeneuve é o nome perfeito para essa pista.
+ ... e se existe algum ponto negativo nesse GP do Canadá de 2008 é que a próxima corrida é em Magny Cours.
O lado bom disso é que esse será o ultimo GP da Franca em Magny Cours.
Como diria a Xuxa: “U-huuuuuuuuuuuuuuuu”

Fernando Ringel

Triunfo da Competência


Um ano após o terrível acidente que assustou todo o mundo do automobilismo, Robert Kubica dá a volta por cima e vence uma prova histórica no sempre divertido GP do Canadá. Histórica por três motivos: É sua primeira vitória, a primeira vitória do seu país, Polônia e também a primeira vitória da BMW-Sauber como equipe, tanto para o lado dos bávaros quanto para o lado dos suíços que estão na F1 desde 1993.

Em uma prova confusa como sempre acontece no circuito Gilles Villeneuve, a BMW mostrou que das novas equipes 100% montadoras do circo da F1, é de longe a mais competente (excluindo no caso, as tradicionais Ferrari e Mclaren que é só metade montadora) e sua dupla de pilotos, uma das mais coesas. Kubica vinha merecendo essa vitória a tempos e só não a conseguiu antes porque o equipamento que tem ainda não é páreo para Mclaren e Ferrari em condições normais. Mas mesmo assim, é o piloto do grupo da frente que menos erros têm cometido. Raikkonen, Massa, Hamilton, Alonso e Kovalainen, todos já cometeram cagadas monumentais em algum momento de 2008. O inglês da Mclaren cometeu mais um erro dos mais infantis jogando fora mais uma conquista fácil. É o terceiro erro bobo do jovem inglês somando com o GP da China e Brasil do ano passado quando jogou fora um título praticamente na mão.

Digo mais: se os pilotos da Ferrari e Mclaren continuarem com essa gangorra de "corrida brilhante/fiasco", "corrida brilhante/fiasco" não duvido nada de que o campeonato de 2008 caia nas mãos de Kubica e da BMW. Vale lembrar que se não fosse abalroado por Nakajima em Melbourne, terminaria em 2º naquela prova e poderia estar agora com confortáveis 12 pontos de vantagem sobre os demais.

Por essas e outras, o GP do Canadá presenteou os verdadeiros competentes dessa temporada. Tanto no quesito piloto, quanto no de construtores. E deu uma lição nos concorrentes.

Lucas Peterson

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Filme Le Mans em promoção??


Um colega da comunidade F1 Brasil do Orkut informou que nas Lojas Americanas o incrível filme "Le Mans" com o inesquecível Steve McQueen estaria em promoção sendo vendido por parcos R$12,99! Assim que soube, imediatamente despachei meu irmão para uma busca nas lojas de Porto Alegre onde nada de promoção foi constatado.


Afinal, a promoção existe ou não? Se estiver, os fãs de corridas não tem mais desculpas para não comprar essa obra-prima.


E já que estamos em mês de Le Mans, vamos pingar aqui todas as informações sobre a corrida mais legal do ano.


Lucas Peterson

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Marco no Rally: Novo Subaru Impreza


Na Formula 1, a apresentação de carros novos com muito show pirotécnico, jantar e festa com convidados VIP's é tradicional em cada início de temporada. Mas na turma do barro, isso é coisa de fresco. Acontece apenas uma pequena divulgação mas a "apresentação" de fato acontece no habitat natural dos bichanos, as estradas de terra, neve ou asfalto.
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Também diferente é o período de duração dos bólidos. Enquanto que na Formula 1 eles parecem "pré-datados" antes mesmo da estréia, no WRC, permacem por muito tempo, desde que tenham sucesso. E quando ocorre uma mudança de projeto ou de modelo o "frisson" causado é enorme. Aconteceu em 1999 quando a Ford trocou o legendário Escort pelo Focus. E em 2006 quando a Citroën trocou o vitorioso Xsara pelo novíssimo C4. E o Impreza Sedan, modelo da marca Japonesa obteve muito sucesso nos últimos quinze anos, com incontáveis vitórias e os títulos de 1995, 2001 e 2003. Passaram pelo seu cockpit ases como Colin Mcrae, Tommi Makinen, Juha Kankunen, Richard Burns e Petter Solberg. O carro e a equipe formaram uma legião de fãs fanáticos, coisa que lembra um pouco os tifosi na Formula 1.
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Portanto o rally Acrópolis na Grécia, disputado no último fim de semana foi um marco na categoria. O modelo sedan cedeu lugar ao Hatch, que passou 1 ano sendo aperfeiçoado em todas as áreas. E a estréia não poderia ter sido melhor com Solberg chegando num surpreendente 2º lugar. Não podemos negar que ele foi ajudado pela azar da Ford que teve problemas com os seus dois pilotos, Hirvonen e Latvala. Mas o rally Acrópolis é considerado um dos testes mais severos para pilotos e máquinas da temporada e em sua primeira prova, o Impreza Hatch resistiu bravamente. E o sorriso de Solberg e Phil Mills ao fim do rally parece não deixar dúvidas: a Subaru está de volta à linha de frente!
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Lucas Peterson