sexta-feira, 20 de março de 2009
F1 (com cara de HotWheels) 2009
Williams FW31:
Será que sobe ou desce?
Por Pedro Ivo
_Pra quem acompanha F1 há um certo tempo, já deve ter percebido que a equipe Williams alternou, durante sua história, períodos de excelente desempenho, com títulos de pilotos, construtores e muitas vitórias, com períodos de vacas magras, onde um pódio era artigo de luxo. Para uma equipe com uma história tão alternada, nada melhor que lembrar um pouco de tudo que já aconteceu. lembrando que a Williams é a equipe "gargarista" (que não pertence a montadora nenhuma, oriunda do esforço de um mecânico que virou chefe de equipe e fez carros vencedores na F1, ao exemplo de Tyrrel e Brabham).
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A Williams começou a ganhar projeção no final dos anos 70 para o começo dos 80, quando Alan Jones conquistou o campeonato de 1980 e dois anos mais tarde com Keke Rosberg repetiu o feito. Nos anos seguintes, a Williams teve desempenho mediano ou ruim, ressurgindo com força total do meio pro final da década (com o poderoso motor Honda turbo), quando em 86 por pouco não levou o título com Piquet ou Mansell, levando, porém, o título de 87 com Piquet.
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Os anos de 88, 89 e 90 foram novamente de vacas magras, com o fraco motor Judd, com performances que anternavam vitórias esporádicas com pódios idem. Em 1991 surgiu como o ano da re-ascenção, onde Nigel Mansell e o estrondoso motor Renault aspirado quase tiraram o título de Ayrton Senna. Em 1992 fizeram o "carro de outro mundo" que deu um título bastante facilitado ao mesmo Mansell. Deram continuidade à obra-prima com Alain Prost em 1993, que conquistou seu quarto título em seu "pequeno Airbus", como ele chamou o FW15B.
O ano de 1994 foi duro para a escuderia, com a morte de Ayrton Senna e o surgimento de um tal Michael Schumacher, na Benetton. O ano seguinte foi quase um repeteco, sendo que Benetton e Williams tinham o mesmo motor e a briga foi tão ou mais acirrada que em 94.
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Os anos de 96 e 97 renderam dois títulos para a escuderia, apesar de muitos torcerem o nariz para os campeões dos respectivos anos, Damon Hill e Jacques Villeneuve.
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As temporadas de 98 e 99 foram marcadas por desempenhos fracos da equipe, a saída da Renault do circo e consequentemente do fornecimento de motores de fábrica para a Williams.
O final do século 20 para o século 21 marcou uma nova re-ascenção para a escuderia, que teve a chegada do possante motor BMW e a entrada de novas revelações par ao circo, Jenson Button (2000) e Juan Pablo Montoya (2001). A entrada desse motor e dos novos pilotos (Button saiu no final daquela temporada e tentou por vezes retornar para a escuderia, entrando Montoya, que só sairia no final de 2004) fez a Williams voltar aos pódios e vitórias por várias temporadas, até que em 2005 o desempenho voltou a cair novamente.
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Desde 2006 a escuderia tem se distanciado do pelotão da frente, obtendo raros pódios, apesar de ainda pontuar com frequencia. Cada vez mais eles têm chegado na temporada do "dá-ou-desce", pois a equipe tem andado cada vez com menos dinheiro, sendo que Frank Williams não fecha de maneira nenhuma um acordo com uma grande montadora (no estilo BMW-Sauber), optando por patrocínios menores.
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Agora a escuderia depende mais da capacidade de seus pilotos que de seus equipamentos. Têm um bom piloto (Nico Rosberg), mas que também não pode fazer milagre. Com um equipamento no máximo mediano, pode até fazer algo bom.
O carro de 2009 conta com o bico mais largo de todos os modelos da temporada (talvez até mais que os da Brawn Racing), sendo que o design dele foi considerado por muita gente o melhor (ou menos feio, talvez) da temporada atual. A pintura azul-escura e branca, apesar de mudar muito pouco ou nada para a do ano passado, também ajuda a deixar o carro bem bonito.Agora só resta saber: Será que o final da Williams está próximo?
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2 comentários:
Boas memórias. Não seria "GARAGISTA" ao invés de "GARGARISTA"? Quanto ao desempenho do time, é pagar pra ver (FW que o diga)...
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