Por Leandro Verde
Após Brands Hatch, tudo o que a Fórmula 3000 queria era paz. No entanto, nada disso aconteceu em Birmingham. Na primeira largada da corrida, David Hunt, ao bater com Langes, saiu capotando, quase atingiu o jornalista brasileiro Marcus Zamponi, e aterrissou de cabeça para baixo, com labaredas de fogo saindo do seu carro. Bandeira vermelha e mais um piloto levado ao hospital, sem maiores consequências. Na segunda largada, um episódio ridículo: Russell Spence (foto ao lado), ao rodar na Bromsgrove Street, deixou seu carro morrer no meio da curva. Um guincho desavisado simplesmente ergueu o carro da pista com o piloto dentro, gesticulando feito louco! No fim das contas, Spence foi devolvido ao chão, mas uma terceira largada teve de ser dada. E Moreno venceu com facilidade mais uma vez. Com 16 pontos de vantagem para Martini, o campeonato ia ficando fácil.
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O TÍTULO DE MORENO
Em Le Mans, Olivier Grouillard (foto abaixo), recuperado do acidente de Brands Hatch, venceu com facilidade, com o surpreendente Donnelly em segundo e, veja só, Jean-Denis Deletraz (foto ao lado, com seu capacete "mezzo Mansell, mezzo Patrese, no carro n 4) em terceiro. No entanto, a festa era toda de Roberto Moreno, que com o 5º lugar, garantiu o título de campeão da F3000 com duas provas de antecedência. Pierluigi Martini, seu maior adversário, estava na F1, disputando a corrida de Estoril.
Depois de um ano dificílimo, Moreno consagrou-se campeão em uma equipe falida. A mídia passou a aclamá-lo e a Ferrari lhe presenteou com uma vaga como piloto de testes.
No fim das contas, as duas últimas etapas nem foram tão importantes para Moreno (Grouillard venceu em Zolder e Donnelly venceu em Dijon). O brasileiro passou a concentrar seu trabalho na Ferrari e na busca por uma vaga decente na F1 em 1989. Infelizmente, ela só veio a aparecer na Coloni.
Vários dos pilotos que correram na F3000 em 1988 conseguiram subir para a F1, ou pelo menos correr alguma prova em 1989. Herbert, recuperado, pôde estrear na Benetton. Grouillard, o vice, foi para a Ligier. Pierluigi Martini garantiu-se como primeiro piloto da Minardi. Bertrand Gachot era da Onyx. Raphanel era da Coloni, ao lado de Moreno. Weidler estreou na Rial. Até mesmo o idiota do Foitek se encontrou na Eurobrun. Alguns pilotos disputaram parte da temporada, como Alesi (Tyrrell), Bernard (Lola), Bertaggia (Coloni) e Donnelly (Arrows).
Em Le Mans, Olivier Grouillard (foto abaixo), recuperado do acidente de Brands Hatch, venceu com facilidade, com o surpreendente Donnelly em segundo e, veja só, Jean-Denis Deletraz (foto ao lado, com seu capacete "mezzo Mansell, mezzo Patrese, no carro n 4) em terceiro. No entanto, a festa era toda de Roberto Moreno, que com o 5º lugar, garantiu o título de campeão da F3000 com duas provas de antecedência. Pierluigi Martini, seu maior adversário, estava na F1, disputando a corrida de Estoril.
No fim das contas, as duas últimas etapas nem foram tão importantes para Moreno (Grouillard venceu em Zolder e Donnelly venceu em Dijon). O brasileiro passou a concentrar seu trabalho na Ferrari e na busca por uma vaga decente na F1 em 1989. Infelizmente, ela só veio a aparecer na Coloni.
Tudo isso sem contar nos coadjuvantes de luxo, Damon Hill (foto acima, em Zolder), Johnny Dumfries ( abaixo, também na pista belga), Mick Trackwell entre outros..
. nessa incrível temporada de 1988, cheia de disputas, polêmicas, acidentes e, sem dúvida, uma amostra de como deve ser uma categoria de base: disputada, equilibrada e que consiga mandar muitos pilotos para a F1.
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Tudo isso em apenas 11 corridas. Não é a toa que esta foi a melhor temporada da curta história da categoria.
Sinceramente, esperamos que a F2, revitalizada pela FIA, se aproxime, pelo menos um pouco, do que foi a F3000 em seus primeiros anos.
Claro desejamos menos ossos quebrados também, ehehe.
Sinceramente, esperamos que a F2, revitalizada pela FIA, se aproxime, pelo menos um pouco, do que foi a F3000 em seus primeiros anos.
Claro desejamos menos ossos quebrados também, ehehe.
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Fernando Ringel
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