quarta-feira, 9 de julho de 2008

Coisas Estranhas que Você Só Vê Aqui (22)


Após a prisão de Akira Akagi o patrocínio da Leyton House foi para as cucuias e a equipe voltou a se chamar March. A equipe tentava completar a temporada ara ver o que poderia acontecer. Uma situação parecida com a vivida pela Lotus em 91. Um ano antes a equipe de Colin Chapman havia perdido o patrocínio da Camel e após um ano, de dificuldades e resultados minguados, ressurgia ameaçadora com o bom Lotus 107.
Apegados nessa esperança, no talento de Karl Wendlinger e no dinheiro de Jean Belmondo, a equipe trouxe para Montreal seu carro de 1991, com sua tradicional pintura “azul calcinha”, praticamente sem patrocínio.
Precisando garantir a alimentação da equipe Nick Underwood, na época o chefe da March, concedeu entrevista a um jornal local dizendo que, por 4 mil dólares, qualquer pessoa poderia expor sua marca no carro. Nick deu até o telefone da March.
Dito e feito. A estratégia foi um sucesso. Para alegria dos novos patrocinadores, o carro apareceu muito na TV. Primeiro com Belmondo se envolvendo em uma confusão com Thierry Boutsen. Depois, e por muito mais tempo, com Wendlinger disputando posição com Jean Alesi da Ferrari (!!!!!!).
Ao que parece, a torcida canadense deu sorte para a March. Wendlinger, talvez em sua melhor corrida na F1, terminou em quarto, marcando 3 preciosos pontos para equipe.

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Mesmo com esses pontos, o que significou uma maior fatia do dinheiro dos direitos de transmissão, a tradicional equipe não teve como continuar na F1.
Já existia todo o projeto do novo carro para 93, embora a equipe fosse iniciar a temporada com o carro de 1991 (!!!!!!), mas sem dinheiro, a March, tradição de bons chassis em diversas categorias top, fechou.

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Wendlinger conseguiu o mesmo numero de pontos que Capelli... na Ferrari. Isso alimenta os que alegam que o desempenho do italiano era superestimado. O Léo Felix, apresentador do Rádio F1 Brasil, podcast da F1 Brasil, é um dos que dizem que o carro era bom em algumas situações, “andando bem até com o Gugelmin”.
De fato é estranho que Wendlinger, ainda inexperiente, tenha marcado 6 pontos com o mesmo carroem que o próprio Capelli marcou apenas 1 ponto... e um ano antes, quando o carro não era tão defasado.

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Ainda em 1992, a Andrea Moda, sempre ela, inventou essa tática trocando patrocínio por estadia e alimentação.
Em interlagos a equipe correu com o jurássico chassis da Coloni e, além da marca ANdrea Moda, o patrocínio da CHURRASCARIA FOGO DE CHÃO...

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Uma pena, mas a Brabham teve que fazer a mesma coisa nesse ano, só que em vez de churrascarias, a equipe trocava patrocínio com qualquer "Mcdonalds da vida". Antes fosse com o McDonads de verdade, né?
1992 foi o ano do apocalípse para as equipes tradicionais. March, Brabham, Ferrari muito mal e até para a Lotus, que estava bem com Herbert e Hakkinen, mas que fecharia dois anos depois vítima de uma dívida com a Cosworth por causa do fornecimento de motores em 92...

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Digamos que com a falência da Super Aguri perdemos uma grande chance de colocar o logo do VELOCIDADE MÁXIMA em um carro da F1.

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Felizmente aproveitamos a oportunidade dada pela Red Bull e ainda fizemos caridade.
http://velocidademaximatotal.blogspot.com/2008/02/frmula-fofca-02-red-bull-leiloa-carro.html



Fernando Ringel

Um comentário:

Rianov disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

boa Fernando!!!