quinta-feira, 31 de julho de 2008

Textos Clássicos do Verde (03): Parte 4

Roberto Moreno,
O Operário do Automobilismo
Por Leandro Verde
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COLONI E EUROBRUN (1989 - 1990)
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Moreno correria em 1989 pela Coloni, equipe que disputaria sua segunda temporada completa. A Coloni, graças aos relativos bons resultados de 1988, conseguiu alguns patrocinadores e livrar um dos carros da pré-classificação, no caso, o de Moreno. O outro carro era de Pierre-Henri Raphanel. Mas o carro era bem pior que o de 88.
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A primeira corrida dele no ano foi em Mônaco, onde os dois carros da Coloni largaram (fato único na história da equipe). Moreno abandonou na volta 44. Na corrida do Canadá, a Coloni apresentou um carro totalmente novo e uma pintura nova, cinza, branca e azul. Com um carro melhor, Moreno se classificou para o grid e vinha fazendo uma ótima corrida, até perder uma roda (foto ao lado) e ter problemas no motor. Devido aos maus resultados, a Coloni caiu para a pré-classificação a partir da corrida da Alemanha.
Em Portugal, a Coloni contratou Gary Anderson como freelancer. Anderson desenvolveu um bico novo, que parecia muito eficiente, e que realmente melhorou muito o carro. Moreno passou da pré e largou em um excelente 15º lugar no grid. Só que uma batida no warm-up com Eddie Cheever (foto abaixo) arrebentou o carro e Moreno teve de largar com o reserva, muito pior. Sua corrida acabou na 11ª volta. O ano de Moreno terminou por aí também.
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Em 1990, Moreno se transferiu para a Eurobrun, que não era muito melhor.
Mesmo assim, sua primeira corrida, em Phoenix, foi incrível: primeiro lugar na pré-classificação, 16º no grid e uma corrida segura, que culminou na 13ª posição. Mas parou por aí. A Eurobrun era muito ruim e Moreno só conseguiu se classificar mais uma vez, em Imola, sem conseguir largar na corrida. Em Jerez, a equipe faliu e tudo indicava que Moreno seria traído pelo destino outra vez. Ou não...

Textos Clássicos do Verde (03): Parte 3

Roberto Moreno,
O Operário do Automobilismo

Por Leandro Verde
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A FÓRMULA 3000, A AGS, A FERRARI E AS PRIMEIRAS TEMPORADAS DE FÓRMULA INDY (1985 - 1988)
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Em 1985, Moreno iria disputar o novíssimo campeonato de Fórmula 3000, que substituiria a Fórmula 2. Sem dinheiro, só encontrou uma vaga na Barron, equipe americana que usaria um Tyrrell antigo, com motor Cosworth e pintura azul-escuro. Moreno disputou as quatro primeiras corridas, fazendo pontos em Silverstone e Estoril. Terminou o ano em 14º.
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Já fora da Fórmula 3000, Moreno acertou com a equipe Galles para disputar cinco etapas da Fórmula Indy. O March-Cosworth da equipe era bem eficiente e permitiu a Moreno largar entre os 10 primeiros nas cinco corridas. Infelizmente, ele terminou apenas uma, a de Miami, na quinta posição. Ficou em 28º, com 10 pontos. Com o bom desempenho, Moreno renovou com a Galles em 1986, disputando 16 das 17 corridas (foto abaixo). O Lola-Cosworth se mostrou inferior ao conjunto da temporada passada e Moreno teve desempenhos bastante irregulares, desde o 3º lugar nos grids das corridas de Elkhart Lake e Miami até a quase não-classificação para as 500 milhas de Indianápolis. Moreno terminou em 16º, com 30 pontos. Além disso, Moreno viajou para a Europa, em Agosto, para disputar o Birmingham Superprix da Fórmula 3000, pela equipe Bromley. Isso quase o prejudicou, pois um acidente no treino de classificação machucou suas costas e quase impediu sua participação na corrida e até mesmo nas corridas seguintes da Fórmula Indy.
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Em 1987, a Ralt deu uma nova oportunidade para Moreno, dessa vez na Fórmula 3000. Moreno ganharia para correr em um Ralt-Honda e teria, ao seu lado, Mauricio Gugelmin. A dupla era a favorita ao título, em uma equipe que corria com o apoio oficial da Honda. Mas o ano não foi tão bom quanto prometia. Moreno venceu apenas uma corrida, em Enna-Pergusa e teve vários problemas com falta de combustível na temporada, ficando em 3º. Mas o bom relacionamento da Ralt com a Honda permitiu que Moreno, ao lado de Gugelmin, fizesse um teste com a Williams.

Mas 1987 não foi só isso, muito pelo contrário. Viria aí a segunda oportunidade de Moreno na F1.
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A AGS, insatisfeita com Pascal Fabre, procurava um piloto para as duas últimas corridas do ano. E Moreno, com o campeonato da Fórmula 3000 encerrado, foi escalado para correr com o carro. A AGS era uma equipe bizarra, que corria com um Renault antigo, com assoalho de madeira e patrocínio da El Charro, tendo uma das pinturas mais feias da história. Não dava pra esperar muito de Moreno. Ou dava?
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A primeira corrida foi em Suzuka. Moreno ficou em último nos treinos, mas entrou no grid, em 27º, graças ao acidente de Nigel Mansell. A corrida acabou na 27ª volta, com problema no injetor de combustível. Mas a corrida da Austrália foi ótima. Largando em 25º, Moreno foi andando com perícia e inteligência, ganhando posições com os abandonos e terminando em um milagroso 6º lugar. Foi o seu primeiro ponto na F1 e o único ponto da AGS naquele campeonato. Seu conceito dentro da equipe estava altíssimo.
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Para 1988, a AGS havia reservado a sua única vaga para Moreno. Até meados de Fevereiro, ele seria o piloto, mas eis que aparece Philippe Streiff com patrocinadores franceses e Moreno fica sem vaga na F1 para 1988. Resta a ele trabalhar como piloto de testes da Ferrari, desenvolvendo o câmbio semi-automático e o motor aspirado, e correr na Fórmula 3000.
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O campeonato de 1988 de Fórmula 3000 para Moreno talvez tenha sido o mais complicado da sua vida. Sua equipe, a Bromley Motorsports, estava quebrada, sem patrocinadores e com poucos mecânicos. Seu carro, o Reynard-Cosworth, foi emprestado pela própria Reynard com a promessa de que Moreno levaria o título do campeonato para a fábrica. Moreno disputaria o campeonato com o seguinte esquema: arranjaria o dinheiro para o fim de semana da corrida com os prêmios da corrida anterior e com patrocinadores locais.
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Ele só sobreviveria com o dinheiro de piloto de testes da Ferrari. E assim, Moreno se lançou, disputando o campeonato contra equipes poderosas (FIRST, GA, Onyx, EJR). Em corridas exuberantes, Moreno obteve quatro vitórias (Pau, Silverstone, Monza e Birmingham) e o título, com 43 pontos. A Autosprint dedicou uma reportagem enorme só sobre a brilhante temporada de Moreno na F3000. Estava assinado o passaporte para a Fórmula 1.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Adrian Sutil irá para a Mclaren em 2009


Segundo notícia publicada no jornal “Bild”, o alemão Adrian Sutil, atual piloto da Force India, será o companheiro de equipe de Lewis Hamilton em 2009. Sutil substituirá o finlandês Heikki Kovalainen, que não vem correspondendo à cúpula da equipe. Ao contrário do que havia sido dito há alguns dias. Heikki possui 28 pontos, contra 58 de Lewis Hamilton. Atualmente, Sutil está em 19º no campeonato, sem nenhum ponto.

 



“Estávamos de olho em Sutil desde o ano passado. Ele é rápido, agressivo e tem feito boas corridas desde o último ano. Estou contente que venha integrar a McLaren..” Disse Ron Dennis, diretor da equipe.




 “É um piloto jovem e com muito gás. Acho que poderá nos ajudar muito com sua velocidade e talento.”, declarou Norbert Haug, diretor de competições da Mercedes, parceira da McLaren. 


Textos Clássicos do Verde (03): Parte 2

Roberto Moreno -
O Operário do Autmobilismo
Por Leandro Verde


AS PRIMEIRAS TEMPORADAS NA EUROPA E NOS ESTADOS UNIDOS E O PRIMEIRO CONTATO COM UM F1 (1979 - 1984)

Em 1979, Moreno estreou na Europa na Fórmula Ford inglesa, sempre ajudado por Piquet, que naquele momento, já estava na Fórmula 1. Os anos 80 foram o auge para a Fórmula Ford: quase todo piloto que estava na F1 havia passado por lá.
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Sua primeira temporada na Fórmula Ford foi boa e, mesmo com dificuldades financeiras, ele pôde continuar na categoria em 1980, dessa vez disputando também a Fórmula Ford européia. Na Fórmula Ford inglesa, um massacre: 15 vitórias e o título. Na Fórmula Ford européia, o vice-campeonato, perdendo para o sueco Bo-Martinson. Em ambos os campeonatos, Moreno corria com a equipe oficial da Van Diemen, que era o melhor construtor de carros da Fórmula Ford na época. Moreno também venceu o Festival Fórmula Ford naquele ano. Tudo isso com pouco dinheiro.
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Em 1981, Moreno pretendia correr na Fórmula 3 inglesa, mas não teve verba o suficiente. Então, Moreno voltou ao Brasil. E exatamente no GP do Brasil, surgiu uma oportunidade, que parecia ótima: a Lotus ofereceu a ele um contrato de três anos para ser piloto de testes. Moreno, sem hesitar, aceitou: "Ótimo para a Lotus e bom para mim". Ser piloto de testes, na verdade, não queria dizer muito: você tinha de ficar preso à equipe, mas quase não poderia guiar o carro. Seu primeiro teste foi em Silverstone, onde Moreno, com o capacete de Piquet e macacão de Nigel Mansell, (foto abaixo) dirigiu o Lotus por cinco voltas.
Enquanto isso, Moreno encontrou uma vaga na Fórmula 3 inglesa, substituindo um piloto acidentado. Terminou o ano com 2 vitórias. Ainda em 1981, conseguiu o título da Fórmula Pacific neozelandesa, um campeonato de monopostos desconhecido para o público em geral. Moreno viria a vencer o GP a Austrália de Fórmula Pacific por três vezes. Em uma delas, superando vários pilotos que já corriam de F1, entre eles, Nelson Piquet.
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Em 1982, Moreno continuou na Fórmula 3 inglesa, obtendo três vitórias. Também continuou como test-driver da Lotus, dirigindo o carro em Jacarepaguá semanas antes do GP do Brasil. Naquele mesmo ano, surge sua primeira oportunidade na Fórmula 1.
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No GP do Canadá, Nigel Mansell bateu com Bruno Giacomelli e machucou o pulso direito. Sem condições para guiar o carro, a Lotus escalou Moreno para correr o GP da Holanda, no complicado circuito de Zandvoort. Sem conhecer o carro-asa nem a pista, Moreno sofre para tentar conseguir a classificação: "O carro pula como se fosse sair direto para as telas. Não quis sair fazendo bobagens". Moreno acabou ficando com o último tempo tanto na sexta quanto no sábado, ficando de fora da corrida.Essa má atuação acabou prejudicando a imagem de Moreno. Mansell ainda não havia se recuperado, mas mesmo assim tentou disputar o GP da Inglaterra. Largou, mas abandonou no meio da corrida, com a mão dolorida. Desse modo, ele decidiu não participar da corrida da França, mas a Lotus deu o carro para o inglês Geoff Lees.
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Essa foi a única oportunidade de Roberto Moreno no carro da Lotus. Ele ainda pôde vencer o GP da Austrália de Fórmula Pacific naquele ano, mas não havia muito mais o que fazer.
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Em 1983, Moreno se transferiu para os EUA para correr na Fórmula Atlantic. Ele correu, no início da temporada, pela Theodore, a mesma que corria na Fórmula 1, e pela Agapiou no final. O carro era o mesmo em ambas as equipes, um Ralt. Moreno fez 4 poles (Willow Springs, Detroit, Montreal e Mosport) e obteve 4 vitórias (Willow Springs, Montreal, Elkhart Lake e Mosport), ficando com o vice-campeonato, com 151 pontos, atrás de Michael Andretti. Além disso, Moreno conseguiu a vitória no GP de Macau de Fórmula Atlantic. Moreno voltou para a Europa em 1984. Sem ter seu contrato renovado com a Lotus, ele pôde se dedicar completamente às corridas de Fórmula 2. Ele corria pela equipe oficial da Ralt ao lado do ex-piloto de Fórmula 1 Mike Thackwell. Com 3 poles (Silverstone, Misano e Brands Hatch) e 2 vitórias (Hockenheim e Donington Park), Moreno terminou como vice-campeão, com 44 pontos, perdendo para seu companheiro Mike Thackwell.
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Apesar desse bom campeonato, Moreno não encontrou uma vaga na Fórmula 1 para 1985, tendo de passar boa parte da segunda metade da década de 80 brigando para continuar na Fórmula 3000 e na Fórmula Indy, até encontrar uma oportunidade na Fórmula 1.

Textos Clássicos do Verde (03): Parte 1

Roberto Pupo Moreno - O Operário do Automobilismo

Por Lendro Verde

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Careca, simpático, brincalhão, um batalhador. Este é o perfil de Roberto Pupo Moreno, um dos pilotos de carreira mais impressionante no automobilismo internacional. Do início dos anos 80 até hoje, Moreno pula de galho em galho procurando uma boa oportunidade para seguir sua carreira, sem qualquer tipo de apoio. Sua história é bem longa.


O INÍCIO DE TUDO (1974 - 1978)


Roberto Pupo Moreno nasceu no dia 11 de Fevereiro de 1959 no Rio de Janeiro. Sua infância foi tranquila, mas não exatamente abastada. A primeira paixão de Moreno foram as motos. Em 1971 a família Moreno teve de se mudar para Brasília, pois o pai, Hélio Moreno, funcionário do Banco do Brasil, havia sido transferido para lá. E o pai só conseguiu convencer o filho a ir para lá depois que prometeu a ele uma moto mini-enduro de 50cc. A moto, uma Yamaha, foi comprada já em Brasília em uma oficina chamada Camber. A oficina pertencia a um tal de Nelson Piquet. Depois da negociação, Moreno foi chamado para trabalhar e fazer um curso de mecânica de motocicletas na Camber. Começava uma longa amizade entre Piquet e Moreno. A paixão pelas motos foi substituída pelo kart em 1974. Um início relativamente tarde, aos 15 anos. Sempre apoiado por Piquet, que já era piloto profissional no automobilismo, Moreno conseguiu vários títulos no kart, como o título brasileiro na categoria 125cm³ em 1976. Ficou correndo de kart no Brasil até 1978. No mesmo ano Moreno participou de uma prova da Formula Ve ( foto acima), pouco tempo antes de partir para uma nova empreitada, dessa vez na Inglaterra.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Brincando de Carrinho (02): Lotus 99T/Honda (1987)




Vamos brincar de Gerard Ducarouge?
Quer ter a sua própria Lotus?
Então se prepare para detonar a tinta amarela da sua impressora e mãos à obra.






Diga adeus para a tinta amarela do cartucho da sua impressora...

Não entendeu? Aqui um video explicando melhor o carro. Acho que isso vai ajudar.
http://www.youtube.com/watch?v=fTURKAhFBJA&feature=related

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Por falar em Suspensão Ativa, ( http://velocidademaximatotal.blogspot.com/2007/12/especial-suspenso-ativa.html ) recomendo que você dê uma olhadinha nesse especial feito pelo Rodrigo Kalango, na pré história do VELOCIDADE MÁXIMA.
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Depois de montada, a sua Lotus só não vai soltar essas labaredas.
Cuide bem do último carro vencedor produzido pela equipe...
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O carro não era tão bom, mas o motor turbo... sem falar no festival de faíscas, labaredas e ronco de macho.
Sente só o som desse motor!
http://www.youtube.com/watch?v=0pz3X8-IuvM Onboards com Satoru Nakajima
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Fernando Ringel

Quem é esse piloto?

É o atual chefão da Mercedez na F1, um cara gordinho que aparece no pódio quando a Mclaren vence... um tal de Norbert Haug. Você conhece?
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Pois é, tio Norbert viveu dias de dureza, muito bem curtidos diga-se de passagem, fazendo trabalhos como free lancer para "algumas revistas 4 Rodas" da Europa.
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Essas fotos foram tiradas em uma dessas matérias. Haug fez um teste em Suzuka, 1987, na Williams de Nigel Mansell e na Honda em que John Surtees venceu em Monza, 1967.
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Detalhe para o capacete do Tio Haug. Muito diferente para a época. _
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Fernando Ringel

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Coisas Estranhas que Você Só Vê Por Aqui (27)

Desde sábado à noite, quando fiquei sabendo da morte da Dercy Gonçalves, comecei a procurar uma foto do Massa vestindo uma camiseta branca.
Não encontrei nada, nem ele de camisa preta, marrom, nada. Parece até que ele só usa macacão, e fechado.
Eu já tinha desistido, mas hoje, procurando algumas propagandas de pilotos da F1 para mandar para o Ivan Capelli, não o piloto (dãããããããã), o cara que faz o Blog do Capelli, achei a foto do Alonso do post abaixo e logo depois essa.
Sei que está um pouco atrasado, mas "Adeus Dercy", ehehehe.

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Faltou um coraçãozinho vermelho para ficar mais "cuti-cuti".
Mesmo assim ficou melhor do que eu pensava. Olha só o beicinho do Massa... CRÁÁÁÁÁSSICO.
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Fernando Ringel

Coisas Estranhas que Você Só Vê Por Aqui ( 26)

Meu xará Alonso "comemorando" o segundo lugar de Nelsinho Piquet em Hockenheim:
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Fernando Ringel

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Coisas Estranhas que Você Só Vê Aqui (25)

O ano é 1997, último ano de Ken Tyrrell na equipe. Prestes a ser vendida para a British American Tabbaco ( B.A.R) a tradicional equipe vivia seus últimos suspiros. De qualquer forma este foi mais um pioneirismo da equipe: o patrocínio de filmes e seriados de televisão. No caso, nem “Xena, A Guerreira” conseguiu salvar a equipe. Uma pena.
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No ano seguinte Ken Tyrrell já não tinha plenos comandos no time, prova disso foi a contratação de Ricardo Rosset por imposição da Reynard. Mesmo assim a equipe ainda lançou uma última tendência na F1: os aerofólios "Candelabro" ao lado da cabeça dos pilotos. Até a Ferrari copiou.
No final de sua história na F1, apenas alguns momentos de genialidade do velho lobo do mar garantiam alguma atenção para a equipe... como por exemplo, o quinto lugar de Salo em Monaco, graças a uma parada a menos que os demais. Estes foram os últimos pontos da equipe.
Poucos anos depois do fim da equipe Tio Ken faleceu.
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Fernando Ringel

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Coisas estranhas que Você Só Vê Por Aqui (24)

Em 1998 Jos Verstappen substituiu Jan Magnussen na Stewart.
Na foto acima vemos "The Boss", como o holandês é chamado por seus fãs, participando de um evento promocional da Texaco, fornecedora da equipe.
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Fernando Ringel

terça-feira, 22 de julho de 2008

Sugestão de Leitura: Dan Gurney e o Sonho de Todos Pilotos Americanos

Quem foi Dan Gurney?

Certa vez, o pai de Jim Clark disse que, na F1, o único piloto que seu filho realmente temia era Dan Gurney... além de um dos mais altos, de fato, foi um dos maiores pilotos dos anos 60.
Até hoje Gurney é o único americano a vencer na F1 a bordo do seu próprio carro.

Dito isso, 40 anos depois, finalmente sai o livro contando em detalhes, a história da Eagle.
O subtítulo deste livro é: "A Historia Técnica das Maquinas Desenhadas e Construídas pela All American Racers", ou simplesmente, a bíblia da engenharia automobilística nos EUA.
Recheado com fotografias e relatos do próprio Gurney, o livro conta essa história, construída parafuso por parafuso, com alguns momentos extremamente luminosos como a vitória do americano sob um dilúvio no velho traçado de Spa, em 1967. Outra parte interessante é o trecho que fala sobre as vitórias de Bobby Unser nas 500 Milhas de Indianápolis de 1968, 73 e 75 guiando os chassis Eagle, com a famosa, e bem sacada, pintura da cabeça de uma águia no bico dos carros.
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Ao todo são quatro décadas de sucesso nas mais diversas categorias top do automobilismo mundial, da F1, passando pela Indy até nos protótipos IMSA.

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Se na escola esse tipo fizesse parte do currículo, tenho certeza, que os alunos estudariam com mais gosto, sem falar que iria dimiuir muito o número de faltas...
E não estou brincando. Com um pouco de criatividade pode-se ensinar Matemática, Química, Física, Inglês, Português entre outras coisas com livros desse tipo.


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Infelizmente não tenho o e-book, então, como diria Kiko, o amigo do Chaves:
"Quer? Compra!" - é só clicar no link.
http://www.bullpublishing.com/shop/item.asp?itemid=90

Tenho certeza de que vale a pena.

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Se você comprar... sem querer abusar, mas... tem como scanear e mandar para a gente aqui do VELOCIDADE MÁXIMA?

Como diria o Fabio Junior: "BRIGADÚÚÚÚÚÚÚÚÚ".
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Fernando Ringel

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Notas sobre o GP da Alemanha

+ Sebastian Vettel, o grande nome do final de semana, está de casa nova. Agora na Red Bull. Dizem que Bruno Senna é o favorito para ser o titular da Toro Rosso ano que vem. Se a equipe ainda existir no ano que vem...

+ Fiquei sabendo que no lugar do Vettel, na Toro, vão colocar Silverstone. Aí eu pensei: "Mas e o Sato?????" Desse jeito, na F1, não vai ter lugar para a Danica Patrick.
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+ Ainda no pelotão do meio, que malícia desse alemão, hein? Nos boxes deu um chega pra lá no Alonso, evitou o xis, deixou o carro deslizar e pôs o bicampeão para fora da pista. Isso depois de quase ultrapassar o Raikkonen. No finalzinho da prova ainda fez uma ultrapassagem esperta em cima do Trulli, repetindo, "FEZ UMA ULTRAPASSAGEM ESPERTA EM CIMA DO TRULLI", garantindo mais um ponto para a STR.
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+ Gostaria que Sebastian Bourdais não estivesse tão perto para que pudesse ser melhor avaliado. Se o francês não está empolgando, no mínimo, está sempre próximo do seu badalado companheiro de equipe, e raramente comete algum erro.

+ Estou matando as saudades do Alesi com o Alonso versão 2008. Muitas ultrapassagens, rodadas, chega pra lá nos boxes e no final termina em décimo primeiro. Não duvidaria se dissessem que é o Alesi quem está pilotando o primeiro carro da Renault.
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+ Kova remador terminou em mais um suado quinto lugar após fazer uma linda ultrapassagem em cima do Kubica. Aliás, sorte do finlandês que a ultrapassagem não foi em cima do Coulthard... se fosse, não tinha tido ultrapassagem nenhuma, se é que vocês me entendem.

+ Barrichello, que o diga. O brasileiro tinha a mesma estratégia de box do Nelsinho Piquet, e estava na frente do piloto da Renault quando foi “saído” da corrida. Uma pena. Barrichello, o piloto mais "se" da história.
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+ Quanto a BMW, em Hockenheim, Kubica foi Heidfeld e Heidfeld foi Kubica, se é que vocês me entendem (2).

+ Glock, o cara mais estiloso do mundo para rodar e sofrer acidentes. Candidato forte a De Cesaris dessa década.
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+ Fico sem jeito de falar isso porque o Glock é gente fina, além de ser um dos cabeças da comunidade F1 , no Orkut. De vez em quando a gente troca umas idéias, ele passa para me lembrar de postar meu palpite no Bolão da comu. Pô Timo, foi mal cara, você é meu amigo e tudo, mas mesmo assim... desse jeito não dá, né?

+ Melhor Frank Williams começar a pensar em alguma alternativa para a má fase de Nico Rosberg. Você tem alguma sugestão? Bruno Senna e Takuma Sato não valem, hein?
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+ Fazia tempo que não via um carro soltando faíscas. Obrigado Rosberg.
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+ Há quanto tempo que não via um F1 andando e soltando fumaça como nos carros da época do Senna. Webber matou a minha saudade. Lembrei até de uma música dos Golden Boys: Fumacê. Achou brega? Primeiro ouça a música, é legalzinha.
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+ Uma ultima sobre o pelotão do meio. A Honda esta apalavrada com Button e Barrichello para o ano que vem. Inclusive todos estão muito animados com o carro de 2009. Boa dupla, talvez a melhor dupla “se” da F1 desde Alesi e Berger e Ragazzoni e Ickx.
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+ Sabe, aqueles caras que ganhariam “se’ não tivesse acontecido isso, “se” aquilo tivesse dado certo, "se", "se", "se", quase sempre quando o assunto é a dupla da Honda, ou a própria Honda, usamos "se", eheheh.
Button e Barrichello, legítima dupla “se”. Como diria o Jeca Gay: “Pior que é”.
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+ Massa fez o que pode. Teve maturidade para tirar o pé e abrir caminho. O importante é marcar mais pontos que Raikkonen. Acredito que vencer o campeonato é importante, porém mais importante ainda é terminar o ano com mais pontos que o finlandês. Não importa se os dois estão em 15º e 16º, 2º e 3º. Se ganhar o título melhor ainda.
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+ Realmente, a Ferrari anda patinando. Por duas vezes levei um susto ao ver o fino que Raikkonen tirava dos pneus traseiros dos outros pilotos em suas ultrapassagens. Desde 2005, não via os pilotos da equipe tendo que usar a pista toda para garantir um pódio.
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+ Realmente muito boa a corrida do Nelsinho. Quem diria, obscurecendo Fernando "tô nem aí" Alonso.

+ Tá bom, essa foi forçada, né? Mas que a corrida do Nelsinho foi boa, isso foi. Se contou com a sorte, contou com o que é mais necessário para vencer coridas e títulos. Nelsinho teve a sorte que Alesi teve só naquele 31 de maio de 1995, em Montreal, e que Cris Amon nunca teve.

+ Falando no Alonso. O espanhol disse que seu 11ºlugar foi fruto de azar e que a 2º colocação do Nelsinho fruto de sorte. Insatisfeito na Renault o bicampeão, pagando pela sua língua grande, não tem para onde ir... é aquele negócio “quem fecha portas acaba sem saída.”

+ Olha, ninguém vai ficar chateado se Hamilton ganhar o título. Ele merece.

+ Se nunca ganhar um campeonato será lembrado como um Stirling Moss da nossa época... o que convenhamos, já é excepcional.

+ Nunca gostei de Hockenheim. Os carros mais rápidos disparavam e os mais lentos não tinham como se defender. Apesar disso, era um circuito lindo... e, além de tradicional, os pilotos gostavam. Sr Tilke fez uma lipoaspiração na floresta e deixou a pista em pele e osso. Parece até Sepang. Eca.
Apesar de ter ficado feio, temos que admitir que as corridas melhoraram desde que Hockenheim foi reciclado.

+ As vezes fico pensando, o que será da F1 se nunca mais chover? O que será da F1 atual sem os acidentes estilosos do Glock? O que será da F1 sem Takuma Sato, Bruno Senna e Danica Patrick para pilotar todos os carros do grid?

+ Você sabe a resposta? Nem eu, mas acredito que isso tem alguma coisa a ver com a revitalização da F2.

.+ Se fizessem essas perguntas para Hermann Tilke a resposta, provavelmente, seria: " A solução para isso é diminuir as retas e colocar duas chicanes. ".
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+ Tomara que chova na Hungria e boa sorte ao Felipe Massa. Por quê?
Porque em Hungaroring, do jeito que a Ferrari está indo, ele e Raikkonen vão precisar de muita sorte.
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Fernando Ringel

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Quer ser Julian Bailey por um dia?

Os donos de um hotel, localizado perto do Mallory Park Circuit, no Reino Unido, tiveram uma grande idéia para sobreviver aos finais de semana sem corridas. Compraram dois Tyrrell 017, utilizados pela equipe em 1988. Os hóspedes, pagando algumas taxas extras podem dar umas voltinhas nos carros, além de curtir a estadia de 4 dias com muito champagne e paparicos, simulando um final de semana de Grande Prêmio. Além disso, você ganha um monte de chaveiros, adesivos, bonés, camisetas entre outros presentinhos. que você “ganha”. http://www.excitinglivesuk.com/experience/index.php?main_page=product_info&products_id=1

Clicando no link acima, você verá no canto direito da tela, um depoimento de uma mulher, que logicamente não existe, e que foi feito por algum publicitário, falando como é “wonderful” ver o maridão gastando os olhos da cara dentro do carro e que até hoje o casal assiste ao DVD com as imagens on board da performance do maridão nos carros do velho lobo do mar, Ken Tyrrell.

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http://www.mallorypark.co.uk/
No link acima você encontra mais informações sobre esse tal Mallory Park, uma espécie de "Brands Hatch em miniatura misturado com o autodromo de Guaporé"

Quer sentir a pista a bordo de um Hnda Civic?
http://www.youtube.com/watch?v=JjQI3OsJ3Q4

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Por&*! Que cicuitinho legal, hein?
Imagina você nessa pista, acelerando um Tyrrell F1.
Como diria o "Ceguinho" Geraldo Magela: "Nóóóóóóóóóóóó"
Alô, alô ao nosso amigo Matheus Berçot, o melhor é que não precisa ter carteira de motorista. YEAH!

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Ah é, estava me esquecendo, quem foi Julian Bailey?
Ainda em 88, Julian Bailey foi o primeiro a pagar um "preço baratinho" para andar nessa Tyrrell. Olhando para a esquerda, no meio deste post, vemos o inglês na Eau Rouge, em Spa.
Mais informações no F1 Rejects.



Fernando Ringel

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Voltamos Após os Comerciais (01): Ferrari

http://www.youtube.com/watch?v=cQiSPACx38o&feature=related 360 Modena

OBS: Até nos comerciais eles tem que sacanear o Irvine?

http://www.youtube.com/watch?v=JdvDwO8IuT8&feature=related Ferrari Enzo

http://www.youtube.com/watch?v=N2ZLeZCq3bE&feature=related Ferrari Enzo 2

http://www.youtube.com/watch?v=IckpnYnA9BI&feature=related teste em Magny Cours

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Resultado do teste em Magny Cours: a pista é uma porcaria.

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Repare na foto: até o Schumacher se sente "fodástico" ao lado de uma Ferrari.



Fernando Ringel

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Textos Clássicos do Verde (02): Parte 5

A Fórmula 3000 há 20 anos
Por Leandro Verde



Após Brands Hatch, tudo o que a Fórmula 3000 queria era paz. No entanto, nada disso aconteceu em Birmingham. Na primeira largada da corrida, David Hunt, ao bater com Langes, saiu capotando, quase atingiu o jornalista brasileiro Marcus Zamponi, e aterrissou de cabeça para baixo, com labaredas de fogo saindo do seu carro. Bandeira vermelha e mais um piloto levado ao hospital, sem maiores consequências. Na segunda largada, um episódio ridículo: Russell Spence (foto ao lado), ao rodar na Bromsgrove Street, deixou seu carro morrer no meio da curva. Um guincho desavisado simplesmente ergueu o carro da pista com o piloto dentro, gesticulando feito louco! No fim das contas, Spence foi devolvido ao chão, mas uma terceira largada teve de ser dada. E Moreno venceu com facilidade mais uma vez. Com 16 pontos de vantagem para Martini, o campeonato ia ficando fácil.

O TÍTULO DE MORENO

Em Le Mans, Olivier Grouillard (foto abaixo), recuperado do acidente de Brands Hatch, venceu com facilidade, com o surpreendente Donnelly em segundo e, veja só, Jean-Denis Deletraz (foto ao lado, com seu capacete "mezzo Mansell, mezzo Patrese, no carro n 4) em terceiro. No entanto, a festa era toda de Roberto Moreno, que com o 5º lugar, garantiu o título de campeão da F3000 com duas provas de antecedência. Pierluigi Martini, seu maior adversário, estava na F1, disputando a corrida de Estoril. Depois de um ano dificílimo, Moreno consagrou-se campeão em uma equipe falida. A mídia passou a aclamá-lo e a Ferrari lhe presenteou com uma vaga como piloto de testes.

No fim das contas, as duas últimas etapas nem foram tão importantes para Moreno (Grouillard venceu em Zolder e Donnelly venceu em Dijon). O brasileiro passou a concentrar seu trabalho na Ferrari e na busca por uma vaga decente na F1 em 1989. Infelizmente, ela só veio a aparecer na Coloni.

Vários dos pilotos que correram na F3000 em 1988 conseguiram subir para a F1, ou pelo menos correr alguma prova em 1989. Herbert, recuperado, pôde estrear na Benetton. Grouillard, o vice, foi para a Ligier. Pierluigi Martini garantiu-se como primeiro piloto da Minardi. Bertrand Gachot era da Onyx. Raphanel era da Coloni, ao lado de Moreno. Weidler estreou na Rial. Até mesmo o idiota do Foitek se encontrou na Eurobrun. Alguns pilotos disputaram parte da temporada, como Alesi (Tyrrell), Bernard (Lola), Bertaggia (Coloni) e Donnelly (Arrows).
Tudo isso sem contar nos coadjuvantes de luxo, Damon Hill (foto acima, em Zolder), Johnny Dumfries ( abaixo, também na pista belga), Mick Trackwell entre outros... nessa incrível temporada de 1988, cheia de disputas, polêmicas, acidentes e, sem dúvida, uma amostra de como deve ser uma categoria de base: disputada, equilibrada e que consiga mandar muitos pilotos para a F1.
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Tudo isso em apenas 11 corridas. Não é a toa que esta foi a melhor temporada da curta história da categoria.
Sinceramente, esperamos que a F2, revitalizada pela FIA, se aproxime, pelo menos um pouco, do que foi a F3000 em seus primeiros anos.
Claro desejamos menos ossos quebrados também, ehehe.

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Fernando Ringel

terça-feira, 15 de julho de 2008

Textos Clássicos do Verde (02): Parte 4

A Fórmula 3000 há 20 anos
Por Leandro Verde
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OS ACIDENTES DE 1988 E O TERROR DE BRANDS HATCH
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Enna ainda foi uma corrida tranquila, apesar do acidente estúpido que tirou Roberto Moreno da corrida, causado por Gregor Foitek na largada, que ainda viria a fazer merdas consideráveis na temporada. No fim, Pierluigi Martini (foto ao lado) deu à March sua primeira vitória na temporada, com os carros da GBDA de Grouillard e Trollé colados logo atrás. Em seguida, Brands Hatch.

A Eddie Jordan trazia uma novidade: o inglês Martin Donnelly, (foto ao lado) revelação da F3, para substituir Danielsson (a equipe já tinha tentado com Alessandro Santin em Enna, mas o italiano foi muito mal). E o estreante já começou surpreendendo: segundo lugar no grid. O primeiro lugar era de Herbert, o que mostrava que ninguém iria pegar os Reynard da EJR na corrida. O primeiro susto: Michel Trollé, da GBDA, se arrebenta em um acidente nos treinos livres, capotando o carro e quebrando vários membros do corpo.

A corrida começou tranquila para a EJR, com Herbert e Donnelly desaparecendo na liderança. Em um segundo pelotão, Martini, o sempre selvagem Foitek, Moreno e Grouillard disputavam a terceira posição. Na volta 24, ao tentar uma ultrapassagem por fora na curva Paddock, Moreno foi fechado criminosamente por Foitek, indo parar na barreira de pneus e destruindo seu Reynard. Era a segunda vez que Foitek tirava Moreno. Bandeira vermelha. Moreno foi ter uma conversa com Foitek nos boxes. Apesar da destruição, um alívio para o brasileiro: daria pra consertar o carro. Caso isso não fosse possível, seria fim de temporada para o brasileiro.

Mas o que viria por aí seria muito pior. Na segunda largada, 35 minutos depois, Herbert largou mal e perdeu a liderança para Donnelly e o segundo lugar para Martini. Foitek vinha logo atrás. O suiço estava louco atrás do inglês, e chegou até a tocar seu carro na traseira do EJR de Herbert na Druids. Mas o que importa é o que veio a ocorrer na curva Surtees.

Herbert entrou na curva um pouco mais lento que o normal, o que foi o suficiente para fazer com que Foitek tentasse passar por fora. Os dois se tocaram e o resultado foi desastroso. Herbert e Foitek se entrelaçaram e ambos foram parar no guard-rail lateral de frente a 240km/h. Depois do choque, os dois carros ricochetearam de volta para pista e atingiram Grouillard, que vinha com tudo na reta. O francês rodou e bateu violentamente de frente no guard-rail lateral, assim como Herbert, que com o segundo choque arrebentou suas duas pernas. Foitek, mais à frente, saiu capotando, e seu carro quase saiu fora do circuito. Atrás, para desviar, todo mundo saiu rodando e batendo. Saldo total: 8 carros batidos. Herbert, Grouillard, Foitek, Spence, Gary Evans, Andy Wallace, Langes e Suzuki.

Desespero no autódromo. Pilotos, como David Hunt e Cor Euser, estacionaram seus carros para ajudar os feridos. Foitek estava inconsciente dentro do carro. Grouillard era o que estava em melhores condições, totalmente lúcido, mas seu tornozelo estava quebrado, e ele precisava de atendimento. Johnny Herbert estava completamente lúcido, mas suas pernas estavam quebradas em vários pedaços, o que causava uma dor imensa no inglês, que chegou a pedir para os fiscais baterem nele de modo que ele ficasse inconsciente e não sentisse a dor. Nesse caso, apenas morfina ajudou Herbert a suportar aquele momento.

No fim das contas, Foitek e Grouillard foram levados ao centro médico do circuito. O suíço quebrou uma mão, pouco até para o acidente, e Grouillard realmente havia quebrado o tornozelo. Já Herbert, após um longo atendimento na pista, foi levado ao hospital. Lá começava um longo processo de recuperação e fisioterapia.

A corrida só foi realizada por formalismo. Com apenas seis carros largando, Donnelly venceu com extrema facilidade, com Martini e Blundell no pódio. A champanhe, no entanto, não foi aberta.
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Amanhã Leandro Verde conta tudo sobre a "hiper animada" corrida em Birmighan Superprix, para muitos, a pior pista dos últimos tempos.
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Fernando Ringel