segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Leitores VIP: TEXTO

Por Wellington Lucas

__O que é “Smailliw”? Esse foi o pensamento de quase todos que viram o nome da equipe na tabela de inscrição para as 500 milhas de Indianápolis. Enquanto o pessoal da imprensa se virava para descobrir qual era a pronúncia correta do que mais parecia um erro de digitação que o nome de uma equipe, no paddock, começavam a surgir boatos sobre o time estreante.

Dentre várias histórias, a versão que mais fazia sentido dizia que a Smailliw seria apenas um time de fachada, uma espécie de testa de ferro, um “teste pra valer” de uma das mais importantes equipes da F1, na Indy.

Agora, se isso é verdade ou não, você vai ter que ler este texto até a última linha para descobrir, até porque muito antes disso, a equipe teria de disputar os treinos para TENTAR se classificar.

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Por motivos contratuais e pelo conflito de datas entre os calendários da F1 e da Indy, tudo foi feito em sigilo. Por isso, foi criado um novo nome, uma brincadeira usando as letras do nome da tradicionalíssima equipe da F1. Coisa de James Bond.

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Tudo pronto! O chassis usado na F1 em 2009 foi “tunnado” para o regulamento da Indy e pintado de azul escuro, para a festa dos fotógrafos e curiosos que ainda não tinham a mínima idéia de que equipe era aquela, e muito menos como se pronunciava Smailliw.

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Atrá$$$$ do máximo de atenção da mídia, a idéia era contratar uma dupla de pilotos americanos, de preferência com muita experiência em ovais, especialmente superspeedways... e que estivessem desempregados (pelo menos a filosofia pão dura quanto aos pilotos a equipe trouxe intacta da F1). A solução não saiu tão barata como se pensava, mas satisfez tanto os mecânicos quanto o pessoal que tentaria conseguir patrocínio para o time: no primeiro carro Graham Rahal e como seu companheiro o supercampeão da Nascar, Jeff Gordon.

Algum tempo depois, Gordon disse que aceitaria pilotar até de graça, pois queria ter a sensação de correr em Indianápolis pela última vez...

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Mas isso aconteceu depois da corrida, né? Voltando um pouquinho o “filme”, no Pole Day, surpreendendo a todos, a Smailliw classifica seus dois pilotos: Graham Rahal em quarto (!!!) e Jeff Gordon, qualificado no Second Day, em décimo oitavo.

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Dia 23 de Maio, tudo estava pronto para largada da Indy 500, mas as nuvens de chuva deram um banho de água fria na torcida... encharcando a pista.

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Empolgados com a classificação de seus dois carros, o pessoal da Smailliw, em tom de brincadeira, esnobou as equipes da Indy (AO VIVO PELA TV AMERICANA!), “voltem aqui seus covardes! Por que vocês estão guardando os carros? Aqui nos Estados Unidos os carros são feitos de açúcar? Coloquem pneus de chuva e disputem a corrida como homens!”

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No paddock teve muita gente que não gostou nem um pouco da “brincadeira”, mas como corridas são disputados dentro da pista, longe de qualquer bate boca, na segunda, deu para sentir no corpo a vibração do som, quando o locutor disse, “ladies and Gentleman, start your engines!”.

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Os gritos vindos das arquibancadas quase abafavam os motores dos 33 carros que se preparavam para a largada. Após a curva 4, já na reta principal, os pilotos cruzaram em VELOCIDADE MÁXIMA TOTAL (eheheh, olha o merchandising do Fernando... hauahuah) e finalmente bandeira verde!

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Rahal saindo em quarto, antes da primeira curva já estava na liderança. Jeff Gordon pegando muitas posições já está em quinto lugar! Como a Smailliw estaa estreando na Indy, correndo pela primeira vez com seu chassis em um oval, niguém estava dando muita atenção para ela. Muitos acreditavam que seu desempenho se tratava de uma armação: ser o mais veloz possível enquanto os carros não quebrassem.

No mais, salvo algumas mudanças de posição, o pelotão da frente continuou assim até que na volta 57, Hideki Mutoh testou os soft walls da curva 1.

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A bandeira amarela perdurou até a volta 72 e a corrida foi reiniciada com Graham Rahal na ponta e Hélio CastroNeves, “babando”, em segundo.

Quando o brasileiro se preparava para ultrapassar o piloto da Smailliw ... advinha o que aconteceu? Outra bandeira amarela, dessa vez provocada por um enrosco entre Scott Dixon da Ganassi e Oriol Servia da Newmann-Haas Lanigan.

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Nos boxes Vitor Meira da A.J. Foyt e Danica Patrick da Andretti Green resolveram brincar de “bate-bate”. RESULTADO: bandeira amarela até a volta 95.

Neste momento, o pelotão da frente era composto por Graham Rahal e Ryan Briscoe (correndo com o número 3), seguidos por Jeff Gordon e Robby “Flash” Gordon, em um breve retorno Indy.

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Aí... como diria Téo José, “recomeçamos em altíssima velocidade”. BANDEIRA VERDE! Rahal não suportou nem uma volta após a relargada: Hélinho ultrapassou o americano na curva 3, por fora!

Na volta seguinte numa disputa roda a roda a lá Al Unser Jr e Emerson Fittipaldi na Indy 500 de 89, Hélio dá um “beijinho” no muro de Brickyard. Após o “selinho”, o brasileiro parou nos boxes e voltou para a pista desesperado para não levar uma volta dos líderes.

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Enquanto o piloto da Penske percorre a reta oposta em VELOCIDADE MÁXIMA TOTAL (olha aí mais um “merchin” do Fernando, ahuahuahau) o resto do grid faz a curva 4, todos colados...

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Na reta principal, volta 175, é dada a bandeira verde! A partir daí o que se viu foi uma luta volta a volta entre Briscoe e Rahal. Você já ouviu falar de uma disputa roda a roda que durasse 25 voltas? Sem acidente? Foi o que o pilotos da Penske e Smailliw fizeram até que... bandeira branca!! Última volta!!!

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Assim como fez Gordon Johncock em cima de Rick Mears na Indy 500 de 1982, Rahal fecha a porta discriminadamente para Briscoe na curva 1. Já na reta oposta, se aproveitando do vácuo, Briscoe tenta mais uma vez por fora. Os dois fazem a curva três emparelhados. Ultima curva! Lado a lado, os dois se aproximam rapidamente da retardatária Milka Dulno. Rahal faz a curva por fora enquanto Briscoe tenta ultrapassar os dois por dentro.

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Na saída da curva 4, todos de pé. Como se pudesse entrar na pista e empurrar o carro do filho, quase entrando na pista, Bobby Rahal pula e grita nos boxes da Smalliw...

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Como se fossem Al Unser Jr e Scott Godyear na Indy 500 de 1992, os carros cruzam a linha de chegada sem que se tenha plena certeza de quem ganhou... porém, os números não mentem e a Smailliw venceu em sua estréia em Indianápolis! Os gritos da torcida chegavam a abafar o som dos carros! A sensação geral era de que presenciamos momentos históricos!

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Nas cerimônias pós-corrida, Briscoe foi atrás de Rahal. Durante o bate-boca, não fossem separados pelos fiscais, os dois teriam saído no braço! Como nenhum dos pilotos foi bobo de tirar o capacete, apesar dos palavrões, ninguém saiu machucado.

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Já no pódio, limpando o “bigode de leite”, finalmente Graham Rahal desfez o mistério: “Smailliw nada mais é que Williams escrito ao contrário.”

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Em uma mão, o piloto amercicano levou o troféu e na outra a garrafa de leite. Se despedindo das câmeras, mandou um tchauzinho e um abraço para um senhor chamado... Frank Williams.

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OBS: Essa corrida é fictícia. Tudo aconteceu em um sonho que tive de madrugada.

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OBS2: Eu á falei para o Wellington parar de tomar metanol enquanto lê seus antigos anuários da Indy, huahuahua.

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Depois de vencer em Monaco e Indianápolis, só falta Le Mans para a equipe do tio Frank conquistar a Triplice Coroa do automobilismo. Já pensou? Quando o Wellington Lucas sonhar com a corrida da Williams em Le Mans a gente posta a continuação da “SAGA SMAILLIW” aqui no VEL MAX, eheheh.

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Um abraço,

Criação da história: Wellington Lucas Costa

Adaptação do texto (+ alguns upgrades): Fernando Ringel


feringel@yahoo.com.br

3 comentários:

Unknown disse...

cara

ANIMAL!!!!!!!!!!!!!!

nascido de um sonho...bem que poderia ser uma realidade...

abração

F1 - Argentina disse...

Hola !

Te queria decir que el Blog Formula Truck a Vuelto :D
http://blogformulatruck.blogspot.com/ el Blog vuelve con todo Informacion, Fotos Y Videos
Ect.

si queres que tu blog aparesca en mi blog avisame ;) asi te coloco !

abrazoo!

Bruno Tarulli

Brunitoh_02@Hotmail.Com

-http://blogformulatruck.blogspot.com/

. disse...

Raphael,

animal foi o trabalho que esse post deu, KARAI! Derepente, daria até para virar um filme...


Grande Hermano Bruno Tarulli,

OK, agradeço pelo apoio!

Obrigado pelos acessos e comentários,
um abraço,
Fernando Ringel
feringel@yahoo.com.br