_)Antes de começar a digitar qualquer coisa, peço desculpas aos amigos que acompanham o VEL MAX, pois tive muitos problemas pra resolver nos últimos meses e fiquei devendo o 5 estrelas de algumas corridas. Mas, prometo que para esse e para os próximos GP's até o final da temporada, sempre haverá um 5 estrelas!
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Provavelmente, Valência é uma das corridas mais monótonas da temporada. Monótona pois ainda que o circuito seja uma beleza só, padece do mal dos circuitos de rua, de ter poucas ultrapassagens e a vitória quase sempre se relegar a um jogo de cartas marcadas, onde o pole vence. Não foi o que vimos nessa corrida, ainda que a vitória - tal qual acontece em circuitos de rua, normalmente - tenha sido conquistada mais na estratégia que no braço.
E com isso, vamos ao 5 estrelas de Valência!
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McLaren (***): Os ingleses prateados aparentemente fizeram as pazes com os pontos. Não tem faltado mais consistência no desempenho do time de Woking, onde Hamilton fez a pole e sempre esteve bem na corrida, quase vencendo, enquanto que as estrelas que faltaram para a equipe ficam por conta de Heikki Kovalainen, que, como sempre, foi dos mais apagados durante toda a prova.
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Brawn (****): A outra escuderia inglesa parece ter reencontrado o caminho das vitórias, depois de ter andado meio sem saber o que fazer nas últimas corridas. Barrichelo emplacou a vitória que estava devendo há um bom tempo, ainda mais em se tratando do bom carro que tem em mãos e Button foi quem ficou meio apático durante a prova. De certa forma, foi uma inversão de papéis dentro da escuderia branca.
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RBR(**): No time do touro vermelho fica a outra inversão que houve nessa corrida. Se até de umas corridas pra cá a máxima tinha sido a Brawn andando do meio do pelotão pra trás e o time austríaco papando tudo lá na frente, essa corrida a coisa virou de ponta cabeça. Vettel até ia bem, mas abandonou logo no começo da prova, e Webber, mesmo com o esquema "mineirinho" de corrida, não segurou o rojão da Brawn em Valência
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Ferrari(***): Três estrelas e extremos opostos na equipe de Maranello. Se por um lado Kimi Raikkonen mostrou que está vivo e extrai do F60 números legais, Luca Badoer sempre esteve atrás em todas as classificações e durante a corrida. Não dava pra se esperar muito de um cara que não competia há quase 10 anos na Fórmula 1, é verdade. Mas, infelizmente, o que faltou à Ferrari para conseguir cinco estrelas foi por conta do Badoer
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Renault(**): Que o carro é uma bomba com formato de tijolo, ninguém duvida. Prova disso é que, como de costume, o carro continua sendo carregado nas costas por Fernando Alonso. E o estreante Romain Grosjean, ainda que na classificação tenha se saído um pouco melhor que o demitido Nelsinho Piquet (afinal, o francês passou do Q1, coisa que por vezes o Nelsinho não conseguia), na corrida teve um ritmo semelhante ao do brasileiro.
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Toyota(***): Três estrelas devem ser recebidas com foguetório pelos japoneses. A Toyota está no rol das equipes que ameaçam sair da Fórmula 1 esse ano, e os resultados das últimas provas não mostram nenhum otimismo em mudar esse quadro. Não fosse Timo Glock ter conseguido a melhor volta e a Toyota teria uma estrela só aqui!
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STR(*): Não dava pra se esperar muito deles, é bem verdade. A STR não trabalha mais com um carro promissor, como era em 2008, e seus pilotos também não podem fazer muita coisa. Buemi ainda está bastante verde, e Alguersuari, que pegou o bonde andando, não começou nem a germinar.
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Force India(**): Confirmo minhas dúvidas de se os indianos marcam seu primeiro ponto ainda essa temporada. Sutil continua "voando" - dadas as limitações do carro - nas classificações, mas em corrida não tem podido nem conseguido fazer muita coisa. E Fisichela, como já está evidente, mostra sinais de cansaço.
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Williams(***): Beliscando uns pontos aqui e outros ali, Nico Rosberg tem mostrado que merece sim, e logo, uma vaga em uma escuderia melhor. E, a exemplo da Renault, o time de Sir Frank tem um piloto que vai muito bem, obrigado, e outro que só faz vergonha. E, como de costume, Nakajima fez o que tem feito de melhor: o papel de figurante.
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BMW(**): Reação tímida dos bávaros, que conseguiram um pontinho com Kubica. Ainda que tenham anunciado que mesmo com a saída da F1 eles vão brigar, essa promessa parece um tanto distante da realidade da equipe nesse momento...
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Prêmios Simbólicos:
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O Ás: Numa daquelas viradas típicas da F1, Barrichello passou de bundão de alguns GP's atrás para o ás dessa corrida. Usando mais a estratégia - bastante auxiliado por Ross Brawn, claro - que o braço pra vencer, Barrica se valeu da rapidez na troca de pneus e da sorte, pois o erro da McLaren acabou lhe ajudando bastante rumo à essa vitória, que culimunou sendo a 100ª brasileira (coisa que provavelmente o Nélson Piquet pai vai chiar eternamente) e uma homenagem muito bonita a Felipe Massa, na expectativa do retorno dele às pistas.
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O Guerreiro: Nico Rosberg, que mais uma vez beliscou pontos com uma Williams aquém do esperado, e conseguiu andar na frente de carros que, na teoria e até na prática, estão melhores que o seu.
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O Esforçado: Esse vai pra Robert Kubica. Pontuar com a BMW no estado que a equipe se encontra e nas circunstâncias que ela tem passado torna-se um feito!
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O Apagado: Mark Webber não conseguiu muita coisa, e ainda viu o que pode ser o fim das suas chances de ser campeão. Provavelmente a mais apagada, ou uma das mais apagadas corridas do australiano esse ano.
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O Braço-duro: Nem tem pra onde correr, foi Badoer. O italiano andou O TEMPO TODO atrás, ainda que a Ferrari que ele coduzia não fosse digna de conquistar vitórias.
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O Bundão: Mais pela inexpressividade na corrida que por barbeiragens, aqui fica a dupla da STR. Provavelmente eles se manterão entre os prêmios de bundão e braço-duro nas próximas corridas...
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