Durante sua trajetória na F1, a Sauber nunca foi uma grande equipe, mas sempre se destacou por sua regularidade.
O suíço Peter Sauber começou no automobilismo como piloto de Fuscas. Em 1970, descobre que sua vocação é construir carros e ele cria a Sauber Racing Team, começando já a fabricar seus próprios carros. Em 1978, nas 24 de Le Mans, a Sauber, com uma equipe 100 % suíça, com Surer, Strähl e Blumer termina em segundo na categoria de carros até 2 litros. Em 1985, começa a duradoura parceria com a Mercedes. Com o apoio da montadora, a Sauber conquista a dobradinha nas 24 horas de Le Mans, com Mass-Reuter-Dickens e Baldi-Achenson-Brancatelli.
Em 1990, a Sauber lança nos carros de alta performance 3 pilotos que viriam a participar da F1: Karl Wendlinger, Heinz-Harald Frentzen e um tal de Michael Schumacher. Peter Sauber tem planos de entrar na F1 em 1991, mas os planos não vão adiante, já que a Mercedes se diz não estar pronta ainda. Em 1993, a realização do sonho de Peter Sauber: Sua equipe está na Fórmula 1.
O Sauber C12, com motor Mercedes, com os promissores Jyrki-Jarvilehto e Karl Wendlinger, surpreende logo na primeira corrida, na África do Sul. Lehto se classifica em sexto no grid, e termina em quinto na corrida, enquanto Wendlinger é décimo no grid e abandona na trigésima-terceira volta, com problemas elétricos. A equipe anda muito bem no ano, se classificando constantemente entre os 10 primeiros, e termina o ano na sexta posição no campeonato de construtores, com 12 pontos. Wendlinger faz 7 pontos e é décimo-primeiro nos pilotos, e Lehto faz 5, em décimo-terceiro.
Em 1994, Lehto vai para a Benneton, e para o seu lugar, Frentzen é chamado. O novo C13, apesar de ser rápido, não é muito confiável, mas o motor Mercedes é bom. Apesar do carro não ser tão confiável, Frentzen e Wendlinger conseguem um quarto lugar cada um. No Brasil, Frentzen surpreende ao se classificar em quinto no grid na sua estréia, e Wendlinger se classifica em sexto, na mesma corrida. Wendlinger termina em sexto e Frentzen abandonou.
Wendlinger termina em quarto em San Marino e Frentzen é quarto na França. No final do ano, os mesmos 12 pontos de 1993. Nesse ano, a equipe sofre dois golpes fortes: Primeiro, Wendlinger sofre um forte acidente em Mônaco, batendo a mais de 250 km/h no guard-rail, ficando em coma durante vários dias. Andrea de Cesaris e JJ Lehto são chamados para substituí-lo nas corridas seguintes, mas não conseguem o mesmo nível de performance. Além disso, a Sauber perde os motores Mercedes para a Mclaren.
Apesar dos problemas, a Sauber consegue o forte patrocínio da Red Bull, e passa a ser a equipe "de fábrica" da Ford, recebendo os motores mais fortes e confiáveis da montadora americana. Para o lugar de Wendlinger, é contratado o campeão da F-3000 em 1994, Jean-Christophe Boullion. Na verdade, ambos estariam correndo no sistema de revezamento.
O início do ano é bom, com a equipe pontuando na Argentina, em San Marino e Mônaco, todas com Frentzen. No meio do ano, Wendlinger é demitido e Boullion assume em definitivo a vaga no segundo carro da equipe. Nesse meio tempo, a equipe consegue pontuar 5 vezes seguidas, inclusive com Frentzen conseguindo o primeiro pódio da equipe, no GP da Itália, ao chegar em terceiro. No final do ano, Frentzen termina o campeonato de pilotos na nona posição, com 15 pontos. Boullion fez 3 e Wendlinger nenhum. Apesar dos 18 pontos, a equipe termina em sétimo no mundial de construtores.
Em 1996, o ano é ruim, apesar da chegada de Johnny Herbert, ex-Benneton, e da continuação de Frentzen. Herbert sobe ao pódio, no GP de Mônaco, em terceiro. Apesar dos 11 pontos, a equipe sabe que o ano foi fraco, principalmente devido às perspectivas criadas no início do ano. Além disso, a equipe perde o fornecimento dos motores Ford, já que a montadora parte para a Stewart. A equipe consegue o patrocínio forte da petrolífera malaia Petronas, que também passa a batizar os motores Ferrari, já que eles conseguem o fornecimento dos potentes motores italianos.
Frentzen vai para a Williams, e em seu lugar, entra Nicola Larini, ex-piloto de testes da Ferrari, como parte do acordo com a equipe italiana. Enquanto Johnny Herbert anda bem seguidas vezes, Larini anda bem atrás do companheiro, fazendo apenas um ponto no ano. No GP da Espanha, Gianni Morbidelli entra em seu lugar, e depois, Norberto Fontana. É um ano dentro da média para a Sauber: 15 pontos, e um pódio com Herbert, no GP da Hungria. No final, Herbert é décimo-primeiro e a Sauber é sétima novamente nos construtores.
Em 1998, uma boa contratação para a equipe. Jean Alesi foi contratado para o lugar de Fontana. Dois pilotos de nível, um motor bom, com um patrocinador forte. Tudo parecia muito bom. Só que o ano é ruim: Apenas 10 pontos, 9 com Alesi e 1 com Herbert. Apesar disso, Alesi sobe ao pódio no tumultuado GP da Bélgica.
As duas próximas temporadas são muito fracas. Apesar de continuarem com Alesi em 1999 e contratarem Pedro Paulo Diniz, um bom piloto, a Sauber faz apenas 5 pontos em 1999. Em 2000, Alesi vai para a Prost, e Mika Salo entra em seu lugar. Apenas 6 pontos. Mas uma temporada mágica estava por vir.
A Sauber percebeu que uma renovação era necessária. Diniz e Salo são dispensados, e em seus lugares, entram Nick Heidfeld, campeão da F-3000 em 1999 e piloto da Prost no ano anterior, e o finlandês Kimi Raikkonen, um desconhecido, que ganhou a super-licença sob observação, já que era da F-Renault. Na primeira corrida, Raikkonen já pontua, em sexto lugar. A equipe é entrosada, o carro é rápido, os pilotos são bons, e na terceira corrida, Heidfeld sobe ao pódio, no GP do Brasil. A equipe pontua constantemente, Raikkonen é quarto duas vezes, e no final do ano, a Sauber é quarta no Mundial de Construtores, com 21 pontos, atrás apenas do "big three": Ferrari, Mclaren e Williams.
No final do ano, Raikkonen parte para a Mclaren, e o brasileiro Felipe Massa entra em seu lugar. O novo C22, desenvolvido no novo túnel de vento da equipe, de 20 milhões de dólares, é bom, mas as outras equipes progrediram mais. No final do ano, Massa é demitido e entra em seu lugar Frentzen, de volta a equipe. No final do ano, quinto nos construtores, com 11 pontos.
Em 2003, uma temporada decepcionante. O novo C23 é ruim, e a equipe 19 pontos. Apesar do avança na pontuação, é notável a queda de rendimento. A equipe é sexta nos construtores. De bom nesse ano, o pódio de Frentzen em Indianápolis. Heidfeld é demitido. Frentzen se aposenta. A equipe contrata Giancarlo Fisichella, da Jordan, e repatria Felipe Massa, que foi piloto de testes da Ferrari em 2003.
Em 2004, um bom ano. O carro corresponde, a equipe tem a ajuda da Ferrari no desenvolvimento dele. Fisichella faz 22 pontos e Massa faz 12. A equipe é sexta novamente nos construtores, mas o avanço é muito bom.
Em 2005, uma pequena queda. Fisichella vai para a Renault, e Jacques Villeneuve, campeão de 1997, entra em seu lugar. O melhor resultado é um quarto lugar de Villeneuve, em Montreal. A equipe termina com 20 pontos, uma queda forte em relação aos 34 de 2004. No final do ano, a equipe é vendida para a BMW, e esse é o fim da equipe Sauber na F1.
Números gerais:
215 corridas
13 temporadas
6 pódios
195 pontos
3 voltas na liderança
Melhor resultado final: terceiro lugar
Melhor posição de grid: Segundo lugar
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Um comentário:
O 4º lugar foi do Massa, não?
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