quarta-feira, 4 de agosto de 2010

A EVOLUÇÃO DA ESPÉCIE: 3 *** Estrelas

__Eddie Cheever dispensa apresentações. Um dos melhores pilotos americanos da F1 além de um dos mais tradicionais nomes da Indy, abre essa EVOLUÇÃO com seu capacete que, convenhamos, é de fato uma pintura! (adoro trocadilhos, kkk) Embora não tenha muitos fãs entre a audiência da F1, Cheever é sempre lembrado nas listas sobre os capacetes mais bonitos.

Em geral, vi aqui e alí pessoas fazendo ligação entre as pinturas de Eddie Cheever com o capacete do inglês Anthony Davidson. Porém, embora concordasse com a asemelhança, nunca me animei a fazer um post sobre elas... (sei lá, idéia dos outros é, er, dos outros,né?)

Dias atrás (procurando alguma coisa em algumas revistas velhas), encontrei a edição de março de 2001 da revista Carro. Se trata de uma edição especial sobre a temporada da F1 que se iniciava. Comecei a folheá-la porque me lembrei de uma matéria em que um piloto aparecia com um capacete parecido com o do Cheever, mas que não era igual ao usado pelo Davidson.

No meio da revista, encontrei as duas páginas que falavam sobre a pré temporada e o histórico da Benetton. Na época, achei muito bonito o capacete do piloto que guiava o último "carro das cores unidas" (em 2002 o time passou a ser a Renault), só que... em uma era distante onde não havia internet para a maioria dos brasileiros (incluindo este que vos escreve), fiquei sem saber o nome do cara.

Enquanto relia a matéria, queria apenas confirmar as minhas suspeitas: só podia ser o Davidson (ainda em início de carreira) com uma variação da sua tradicional pintura. Pensa que no texto ou na legenda da foto tinha alguma coisa sobre o piloto de testes? Neca, nem uma pista.

Porém (como estamos 2010, graças à Deus), recorri a uma coisa divina, vulgarmente conhecida como Google. Lá, consegui a lista dos pilotos que testaram os carros da Benetton desde 1986 até 2001. Peguei os nomes que testaram entre 99 e 2001 e TCHA-RÃÃÂÂÂÂ... eis que o mistério (após 9 anos) estava resolvido. Se trata do francês Laurent Rédon. Na prática, um sub resultado de uma hipotética soma entre Allan McNish (eterno piloto de testes da Mclaren) + Jean-Christophe Boullion (eterno piloto de testes da Williams).

Rédon, campeão da Fórmula 3 Francesa (1995), estreou na F3000 Internacional pela tradiconal (quase equipe de F1) DAMS. Foi bem, terminando em 8° no campeonato de 1996. No ano seguinte se transferiu para a poderosa Super Nova (então a melhor do campeonato), como companheiro de Ricardo Zonta. Enquanto o brasileiro conquistou o título, Rédon ficou em 9°, tendo como melhor resultado um terceiro lugar em A1 Ring (buááá, volta pra F1 A1 Ring, sniff, sniff, sniff).

Em 1998, abdicou da F3000 para ser piloto de testes da Minardi (ou seja, ele não fazia nada já que o time praticamente nunca tinha dinheiro para os pilotos oficias treinarem. Imagina então o piloto de testes...). No ano seguinte passou a ser o test driver da Benetton, onde fez alguns testes "de grátis" até o ano 2000.

Cansado de ver as corridas pela televisão, Rédon fez algumas corridas na IRL em 2001, na Conquest Racing. De contrato assinado, disputou toda a temporada 2002, tendo se classificado para sua primeira (e até agora única) Indy 500. Seu melhor resultado foi um terceiro lugar no Super Speedway de Fontana. No fim das contas ficou com o título de rookie do ano... e nunca mais voltou para a Indy.

Notadamente um piloto técnico, embora tenha feito mais sucesso nos carros de turismo (FIA Sports Car Championship, 24 de Le Mans, Le Mans Series e o escambau), mesmo não sendo um Jacky Ickx (aí tbm peguei pesado, né?), Rédon se caracterizou por aquele tipo de piloto que é capaz de pilotar (bem) qualquer carro.
Atualmente Laurent é o "Ron Dennis" da equipe do Sporting Clube de Portugal, na Superleague Formula.

Apesar de bela, essa pintura de "estrelas com raios saindo de suas pontas" não dá sorte. Por último, Anthony Davidson, eterno piloto de testes da BAR e Honda (praticamente a mesma coisa). Na F1, o cara correu pela Minardi (OH, NOOO!) e Super Aguri (OH, NOOOO!²).

Enquanto não volta para a categoria, Davidson se diverte como comantarista de F1 na Radio BBC 5 Live, dá uma assessoria aqui (no F1 2010, mais novo jogo oficial da categoria, feito pela Codemaster), disputa uma 24 Horas de Le Mans alí , conversa com Virgin (OH, NOOOO!³) e Lotus acolá...

OBS: no caso de Eddie Cheever, tanto as cores, quanto os efeitos e a estrela foram inspirados na bandeira do estado do Arizona, terra natal do piloto.

OBS2: na história da Indy, Rédon é o único estreante do ano que optou por não continuar correndo na categoria. Vai ver ele quis "se aposentar no auge", né?


Um abraço,
Fernando Ringel
feringel@yahoo.com.br
@FernandoRingel ("Sigam-me os bons", kkk)

Um comentário:

Anônimo disse...

Vejam o capacete do português João Barbosa (vencedor das 24 Horas de Daytona), com um design parecido.