segunda-feira, 24 de maio de 2010

O DOSSIÊ BÁVARO:

_
__"Em quatro anos de circo, a BMW teve uma trajetória de ascendência rápida, e decadência idem, como vimos na primeira parte do dossiê. Mas, ao contrário da Toyota, os bávaros nunca tiveram muitos pilotos. Aliás, muito pelo contrário. Não fosse a demissão de Jacques Villeneuve durante a temporada 2006 e o mega-acidente do Kubica em 2007, o time seria o mesmo desde sua criação.
_
Isso prova, acima de tudo, que os pilotos também eram uma espécie de marca registrada da BMW Sauber. E formavam, em termos de desempenho, uma dupla de um equilíbrio raro no circo, posto que as imagens de Heidfeld e Kubica nesses quatro anos em que correram pelos bávaros sempre eram associadas aos carros brancos com detalhes vermelhos e azuis. Uma associação tão fiel quanto Schumacher com a Ferrari ou com o Senna e a McLaren. Além disso, a dupla também representava o time com performances à altura, como as 34 corridas seguidas com pelo menos um dos carros somando pontos. Óbvio que teve a pequena participação do Vettel no time, que já indicava que o garoto teria uma carreira promissora. Mas, acima de tudo, "os caras" da BMW sempre foram Nick Heidfeld e Robert Kubica.


Um abraço,
Pedro Ivo"

_

__))))))________________2006 a 2009: Os Pilotos

_

A BMW Sauber teve quatro pilotos nesses quatro anos: um canadense, um polonês e dois alemães. Ao contrário da Toyota – nosso primeiro time nos dossiês – aqui foram resultados somente ascendentes, onde a quebra dessa ascendência se deu em 2009, ano da saída do time do circo. Ao contrário do time japonês, os bávaros tiveram uma dupla de pilotos que foi como um símbolo da equipe durante praticamente toda sua trajetória no circo. Não só formaram um símbolo como levaram o time a resultados poucas vezes vistos em tão pouco tempo na Fórmula 1.

_

Jacques Villeneuve: O campeão mundial de 1997 foi o único canadense que correu no time. Vindo da Sauber, onde estava desde a temporada de 2005, já não lembrava em nada o bom piloto que foi campeão mundial em cima de Michael Schumacher. Pontuava com certa regularidade, é fato, mas ficava aquém dos planos ambiciosos da escuderia suíço-germânica para a F1. Sem contar que nos seus anos de B.A.R., ficou clara a sua preferência pelo dinheiro que pela competitividade e pelos resultados. Villeneuve saiu ainda em sua primeira temporada pelo time, em 2006, sendo substituído por Robert Kubica.

_

_

Nick Heidfeld: O pequenino alemão foi o piloto mais longevo do time, estando lá desde a sua criação em 2006. Por vezes mostrou boas performances em suas temporadas pelos bávaros. Tendo vindo da Williams, foi um dos dois “filhos pátrios” que correram no time nessas temporadas.

Nick está no circo desde 2000, e em todas as temporadas que correu, sempre foi comum vê-lo ser melhor que seus companheiros, sem, no entanto, conseguir oportunidades melhores (na Sauber foi melhor que Raikkonen e Massa, no entanto os dois conseguiram já um campeonato e um vice, respectivamente).

_

Fernando chama o Heidfeld de “Gehrard Berger dos anos 2000”, mas pra mim ele tá mais pra “Thierry Boutsen dos anos 2000”, pois ainda que seja um bom piloto, sendo constante e cauteloso, não empolga como seu colega de equipe Robert Kubica (ainda que dê lampejos de capacidade e arrojo, como a última volta em Spa 2008, onde ultrapassou vários pilotos em poucas curvas). Tende a sair do circo da F1 como “o piloto que correu e nunca vingou”.

_

_

Robert Kubica: O polaco com certeza foi o melhor piloto no time. Entrou por acaso, substituindo Jacques Villeneuve, ainda durante a temporada 2006, quando apenas era piloto de testes da escuderia. Kubica foi não só o primeiro polonês da BMW como o primeiro da história na F1, representando com estilo o seu país, pois já conta com uma vitória no currículo.

Ao contrário do colega Heidfeld, é marcado por um estilo bastante agressivo e arrojado, que lhe rendeu uma vitória, vários pódios e uma disputa belíssima com Felipe Massa, no Japão em 2007, um hit no Youtube. Em 2008 chegou a ser líder do campeonato por uma corrida, lutando até a penúltima etapa pelo título, tudo isso com menos de dois anos e meio de experiência na F1. Kubica pode ser considerado dos bons, mas falta saber se tem cacife pra ser campeão. Isso só o tempo dirá.

_

_

Sebastian Vettel: A revelação da Alemanha, vice-campeão de 2009, teve sua estréia no circo correndo pela BMW Sauber, onde foi promovido a terceiro piloto após Kubica entrar pra o time principal. Foi apenas uma corrida – O GP dos Estados Unidos de 2007 – mas foi o suficiente para se tornar o piloto mais jovem a pontuar Fórmula 1. Naquela época ninguém conseguiria saber se Vettel seria dos grandes ou não, logicamente, mas o sétimo lugar em que alinhou na corrida, sem jamais ter classificado antes, sequer, já indicava muita coisa. A carreira dele foi curta como piloto pelo time, no entanto como terceiro piloto, teve bons préstimos, sempre conseguindo bons resultados nos treinos livres para os GP’s.

_

OBS: como diria Moraes Moreira, "por que parou? Parou por quê?" Já, já Pedro Ivo volta com o terceiro post da série especialmente dedicado a "alma de bigode" (hauhauau) da BMW Sauber.

OBS2: a ilustração da análise do Pedro sobre o Kubica também é um wallpaper (1200 X 768). É só clicar, salvar e deixar a imagem centralizada.

Quanto a ilustração do Vettel, essa ficou "mais ou menos pronta" no início de fevereiro, pouco antes de postarmos a parte final sobre o Dossiê Nipônico, portanto não foi feita nas dimensões necessárias paa ser um papel de parede.

Qualquer dia (depois que ele for campeão?) faço um papel de parede só com o GP dos EUA de 2007 em homenagem ao cara.

Um abraço,

Fernando Ringel

feringel@yahoo.com.br

@FernandoRingel

2 comentários:

Marcelonso disse...

Foi uma pena a BMW deixar a categoria da forma que fez.

Ao menos estarão na DTM em breve!

abraço

Fernando Ringel disse...

Grande Marcelonso,

quando saiu a notícia, achei a coisa mais esquisita do mundo. Pense que fosse apenas mais uma daquelas notícias/rumores malucos que o BILD adora publicar, mas... eles estavam certos.
Vc tem toda a razão, foi uma pena.

Obrigado pelo comentário, pelos acessos e um abraço
feringel@yahoo.com.br
@FernandoRingel