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Por Pedro Ivo
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_Este aqui é o um exemplar diferente da série "carros que ainda vou dirigir". Ele é um modelo feito para andar (se bem que o mais apropriado seria para ele seria correr) nas ruas que tem muito em comum com o Audi 90 ou a Ferrari F50 GT - ou seja, dois modelos de competição puros (e que já estiveram aqui na seção "carros que ainda vou dirigir").
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O Gumpert Apollo é a criação de um ex-engenheiro da Audi, chamado Roland Gumpert, que iniciou o desenvolvimento desse esportivo em meados de 2005. Ele já tinha planos ambiciosos para seu carro, como usar um V8 4.2 da Audi para equipá-lo. Hoje em dia, passados quase 4 anos entre o desenvolvimento e a entrega das primeiras unidades do Apollo, o carro realmente está usando o V8 da Audi, e o design, agora em versão definitiva, não nega seu parentesco com corridas. Não só pelo enorme aerofólio que ele ostenta atrás, como também pelo design em si, com uma profusão de entradas de ar integradas à carroceria, pára-lamas bastante largos, rodas de parafuso único e pneus ultra-largos, de medida 255 na frente e 345 atrás, calçados em rodas de 19 polegadas.
_Falando em design, percebe-se que a Gumpert fez um modelo muito bonito. Largo e baixo, como convém a um bom esportivo, mas com uma carroceria angulosa, misturando várias superfícies curvas com algumas partes retas, e detalhes como as portas que se abrem em "asa de gaivota", deixando um resultado visual bastante harmonioso.
_As semelhanças com um carro de corrida se confirmam de vez ao se olhar para o interior do carro, a começar pelo banco, que é de competição e fixado na carroceria, sendo que os pedais são ajustáveis, assim como o volante (destacável, como nos carros de corrida) também é ajustável em altura e profundidade.
Seu interior é bem mais espartano que uma Ferrari 599 GTB, um Porsche Carrera GT ou um Aston Martin DBS, apesar de contar com um sistema de navegação e um CD-player. Mas essa é a intenção do Apollo mesmo. Seu câmbio é sequencial de 6 marchas, com uma alavanca para se engatar as marchas, diferentemente dos sistemas acionados por borboletas de seus concorrentes.
O motor, que de série já é bem poderoso, no Apollo sofreu maiores aprimoramentos, como a adição de um ou mais turbos e a localização centra-traseira, o que fez com que ele ganhasse três versões com diferentes: Apollo (641 cv), Apollo S (de Sport, com 690 cv) e R (de Race, com nada menos que 789 cv). Basta perceber que a versão menos potente dele conseguiria enfrentar de igual pra igual pelo menos um dos exemplares daqui da seção "carros que ainda vou dirigir", e que sua versão mais potente supera todos os outros carros que já estiveram nessa seção aqui do blog. Quem já ouviu esse motor funcionando, disse que lembra muito o motor do R8 LMP1 que venceu várias vezes em Le Mans. Em dados de desempenho, a versão S do Apollo atinge 100 km em 3 segundos e chega a 360 km/h. Imagine só o que a versão R consegue fazer então...
Para domar tamanha potência e velocidade, o carro conta com um controle de tração desenvolvido pela Racelogic, que pode atuar em várias porcentagens, mesmo que seu chassi seja bastante trabalhado para oferecer estabilidade e segurança. Mas, em virtude do desempenho do Apollo, talvez seja recomendável que ele sempre fique ligado e em 100%...
Como este é o primeiro modelo realmente de produção (mesmo que artesanal) que integra a seção "carros que ainda vou dirigir" do blog, ele tem um preço. E este preço é de nada menos que 275.000 libras, ou 510.000 dólares na versão S. É muito, mas considerando que com esse preço você compra um carro que bate até a mítica Ferrari Enzo, e talvez ande de igual para igual com o igualmente mítico McLaren F1, não seja um preço muito algo a se pagar.
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Quer ver o carro em ação? Saiba o que o pessoal do jornalismo achou do carro:
Auto Esporte (Rede Globo)
http://www.youtube.com/watch?v=oDP0d8Xw8kUFifth Gear
http://www.youtube.com/watch?v=tHuu0HoF9ZYXX
Só um pequeno comentário sobre Gumpert Apollo: SENSACIONAL
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_Um abraço,
Fernando Ringel