O finlandês se despediu da F1 quando parecia que finalmente iria desencantar: prestes a estrear pela Benetton com o excelente B194, Lehto deu uma tremenda paulada em Silverstone e ficou de fora das duas primeiras corridas do ano. Alguns ossos quebrados mais tarde, em sua estréia pela equipe de Flavio Briatore, J.J. levou outra senhora pancada na largada do GP de San Marino.
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Lehto ainda correu pela Benetton naquele ano, marcou um ponto no Canadá e terminou a melancólica temporada voltando para a Sauber, onde não fez nada em Suzuka e Adelaide. Aquele piloto que muitos apontavam como o novo Keke Rosberg, "morreu" no acidente de Silverstone, ainda na pré temporada de 1994.
Após alguns anos, com o sucesso dos pilotos vindos da Europa nos EUA (Zanardi, De Ferran, Christian Fittipaldi, etc), a Mercedes escolheu Lehto como seu piloto oficial na Indy. DETALHE: em 1998, o motor alemão era um canhão!
A equipe escolhida foi a Hogan, uma espécie de Sauber da Indy. Além de prestígio com grandes nomes da categoria (e ligação quase íntima com a Mercedes), o time tinha no curriculo associações com times do calibre de Penske e Rahal. Porém, mesmo tendo revelado Dario Franchitti em 1997 (outra aposta européia que deu certo), a equipe nunca chegou a ser grande. Ficava entre as médias, para não dizer que era uma equipe "nanica de luxo".
Dentro da pista Lehto foi bem... em Homested. Chegou em sétimo e... (além de alguns raros resultados "mais ou menos") o encanto acabou aí, no primeiro capítulo da história. Assim como o dinamarquês Jan Magnussen, (outra aposta da montadora alemã que correu pela Hogan, substituindo o acidentado Emerson Fittipaldi no final de 96), ninguém pode dizer com exatidão se J.J. era realmente tão bom quanto parecia. O casamento da Hogan com Lehto, apadrinhado pela Mercedes acabou em diivórcio. Melhor para Helio CastroNeves que ficou com a vaga para 1999.
Na segunda foto, uma espécie de filha das Hogan de 98 e 99: a Penske utilizada por Ryan Briscoe e Will Power.
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Na sequência, o pai da Penske que Helio CastroNeves está usando este ano. A Arciero-Blair era mais uma tentativa de Frank Arciero (uma espécie de Giancarlo Minardi da Indy) para continuar na categoria. Max Wilson foi recrutado para pilotar "a parada" e fez milagres, tendo como melhor resultado um quarto lugar em Portland.
Lembra que eu disse que o Sr Arciero era o Giancarlo Minardi da Indy? Pois então, apesar dos bons resultados, a falta de grana falou mais alto e Max foi substituido pelo $$$ de Alex Baron.
No ano seguinte a equipe (como todas os times da CART que precisavam desesperadamente de dinheiro, foi seduzida pelos premios gordos + grids fracos da IRL).
Por essas e outras, nesse caso A FÓRMULA DA VELOCIDADE é:
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Preto + branco² : pitadas de vermelho = Penske 2010
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OBS: esse post poderia ter sido dividido em duas partes, a primeira onde os carros da Hogan seriam o DNA dos Penske pilotados por Briscoe e Power neste ano. Na segunda, a Arciero-Blair seria a "mãe" do carro de Helinho este ano, mas... a pintura do brasileiro acumula características de todos esses carros. É como se pegassem o carro do Lehto e por cima fossem encaixando os outros. No fim, o resultado seria muito parecido como carro do Helinho.OBS2: na F1 permanece a dúvida, mas na Indy, "'por "n" fatores dá para perguntar: J.J. Lehto ou J.J. LENTO???
Um abraço,
Fernando Ringel
feringel@yahoo.com.br
@FernandoRingel
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