sexta-feira, 29 de outubro de 2010

F1: notas sobre o GP

Nota para a corrida: 7, 8, sei lá.

OBS: Provavelmente essa nota é altamente influenciada pelo meu gosto por corridas em ciruitos estreantes + chuva. Não fosse o safety car, seria nota 9, eheheh.

+ Particularmente, gosto de corridas de estréia porque ninguém sabe direito os caminhos da pista e o resultado varia entre: vitória esmagadora do melhor time (em função de sua maior capacidade, $$$ + competência, para se adaptar mais rapidamente) ou corrida maluca com direito a muitas zebras.

+ Sobre este GP em si, na verdade a chuva lavou a alma do pessoal de Yeongam. Sob calor, sabe-se lá se o asfalto agüentaria as 65 voltas. Com a chuva, a pista foi literalmente lavada. A areia foi pelo ralo e no fim das contas, o GP foi bem divertido.

+ Este foi um Grande Prêmio tão peculiar que mesmo no compacto de 54 minutos da Globo, mais de metade da edição mostrou as voltas atrás do safety car. O mais curioso para mim foi notar como no trecho do cotovelo, apesar de estar chovendo como na época da Arca de Noé, com os pilotos no ritmo “marítimo” do carro de segurança, o “trenzinho” lembrou Mônaco, rsrsrsrsrsrs.

+ Antes de falar sobre o que aconteceu nas 65 voltas deste primeiro GP da Coréia do Sul, gostaria de começar esta resenha falando sobre a F1, suas equipes e sobre primeiros pilotos, segundos pilotos, Vettels e Webbers.

A idéia geral é de que a Red Bull tem três escolhas: Webber, Vettel ou o vice campeonato. Para alegria geral da nação (eu, você, a Mclaren e o Alonso), a equipe não se pronuncia oficialmente sobre o assunto e seus pilotos continuam se bicando, colocando em risco um título que (merecidamente) já deveria ser da Red Bull.

Isso tem um pouco de ligação com a rejeição dos EUA em relação a F1 e com a própria natureza da categoria. A F1 não é exatamente um campeonato de pilotos. Isso basicamente é importante para Senna, Massa, Schumacher, FISA, Rede Globo, e os românticos que acreditam nas corridas como (acima de tudo), um esporte. Fórmula Indy sim é campeonato de pilotos (por isso chaga ter 10 vencedores em uma temporada, 40, 50 inscritos para Indianápolis, etc). F1, é campeonato de equipe, por isso a abissal diferença técnica entre o pior carro (o Hispania F1-10 por exemplo) com qualquer dos Dallara usados por Penske ou Ganassi.

Na F1, fundamentalmente, as estrelas são os carros e numa boa parte dos casos, o piloto é apenas uma formalidade para que o carro dispute o campeonato.

Dito isso, neste primeiro GP da Coréia do Sul, já dá para afirmar que a Red Bull meio que jogou fora um título (merecido) que teve mais de uma chance para garantir.

+ Jogo de equipe pode não ser a melhor coisa do mundo, mas é assim que se constrói a equipe campeã. É como aquela frase: “daí-me coragem para mudar as coisas que posso, serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar e sabedoria para saber a diferença entre as duas”. É uma questão estrutural do esporte de competição: apenas um vence. Sendo assim, em uma dupla, sempre há um perdedor. O que a equipe pode fazer é tentar que pelo menos um de seus pilotos vença. Competição sem jogo de equipe, só se for nas olimpíadas, no atletismo, basquete, futebol, volei, etc. Isso é um fato.

Dito isso, quem seria o primeiro piloto da Red Bull? Em 2007, Webber chegou por baixo no time. Todo mundo sabia que ele seria o escudeiro de David Coulthard. Naquela altura, as portas da decadência (antes do estrelato que teimava em não chegar) Mark ficou bem satisfeito. Se pensarmos bem, Webber está mais do que no lucro porque (na Red Bull) Coulthard (contratado a peso de ouro) não teve nem 10% das chances de vitória que o australiano está tendo nos últimos anos.

Aí chegamos à pergunta: Webber merece ser o primeiro piloto do time em 2010? Segundo a tabela de classificação fria e calculista, sim. Nenhum argumento pode mudar o fato de que Webber tem mais vitórias, e por conseqüência mais pontos (mesmo com o apoio “desestimulante” da equipe).

+ Você fã de Sebastian Vettel com certeza tem argumentos para discordar das palavras escritas acima. Concordo com você. Como disse, Webber sempre foi um piloto veloz, porém nem mais, nem menos que a média da F1. Um Thierry Boutsen da vida que foi contratado, feliz da vida, como segundo piloto. Fato.

O currículo do jovem alemão (pré Red Bull), é superior ao de Mark Webber. Vettel é o piloto mais jovem da história a marcar pontos (8° lugar em sua estréia pela BMW, EUA/2007). Sebastian é O CARA que esmagou um piloto do calibre do Bourdais, O CARA que (em seu primeiro ano completo na F1), fez pole e venceu (com méritos) em uma Toro Rosso! Sem dúvida, realmente Vetttel é (sob esse ponto de vista), “O” cara.

SIMPLIFICANDO: Vettel é o piloto que 99% dos amantes do automobilismo gostariam de ser (se fossem milionários), kkkk.

Bom, esse é o histórico do piloto que chegou como estrela na Red Bull. Ao contrário da maioria das revelações, Sebastian continuou fodástico em um time de ponta, colocando (por muitas vezes) em cheque a capacidade de Webber como piloto capaz de vencer. Em 2009, o que Mark levou anos para conseguir pelo time, Vettel conquistou em seu primeiro ano na Red Bull: 4 vitórias.

Pelo currículo, Vettel merece ser o primeiro piloto. Antes do início da temporada, o alemão seria aposta óbvia até mesmo para aqueles que não conhecem muito mais que o “Filipi Maça”, o Senna e o “Rémilto”.

Porém (é aí que a coisa muda), Vettel erra demais para um piloto de ponta e (faltando apenas duas corridas para o fim da temporada), o resultado disso somado a alguns azares é : 14 pontos a menos que Webber. E não se trata de uma virada do australiano. Em 2010, Webber sempre esteve na frente. Na verdade Vettel conseguiu diminuir a diferença, mas nunca chegou a estar na frente do companheiro.

Portanto, em 2008, Vettel seria o primeiro piloto, porque de fato foi melhor, mas em 2010 o primeiro tem que ser o que tem mais chances de vencer e em um time que pretende ser campeão, tem que ser assim. Por isso, GO WEBBER!

+ Podem chorar os passionais/irracionais, mas é exatamente porque isso não acontece na Ferrari que Alonso ressurgiu para um título improvável como aconteceu com Kimi Raikkonen em 2007. Por pior que seja o jogo de equipe, é exatamente por isso que a Ferrari faturou 6 títulos e dois vices nos últimos 10 anos.

+ Nesse GP da Coréia do Sul, para a Red Bull poderia ser “NO GP” já que tinha tudo para dar certo, mas deu tudo errado.

+ O que será que o Vettel consegue fazer para estourar tantos motores Renault (mesmo sem calor)? Se ainda fosse algo frágil como um Yamaha da vida, mas estourar tantos motores Renault (fabulosamente resistentes) é coisa que não se vê desde o final dos anos 70 e início dos 80, no auge da era turbo dos franceses.

+ OK, ok, ok, estes não são mais os Renault fodásticos dos anos 90, mas embora menos potentes, continuam tão confiáveis quanto.

+ Por falar na montadora francesa, Kubica conquistou um anônimo 5° lugar. Nada mais, nada menos.

+ No segundo carro do time, enquanto esteve na pista, Petrov foi bem. O problema é que ele não permanece na pista por muito tempo, e volta e meia, entre uma escapada e outra, ele não volta. Como vimos (violentamente) em Yeongam.

+ Ainda pelo meio do pelotão, Vitantonio Liuzzy fez uma corrida de sobrevivência e surpreendentemente chegou ao final... em 6° lugar!

+ ... enquanto Sutil, andando feito um louco (como nos “velhos tempos”) foi se enfiando aqui e alí até que acabou finalmente entrando pelo cano.

+ Velhos tempos do Sutil = 3 ou 4 corridas atrás, ahuahua.

+ Não fosse o Kobayashi ser tremendamente rabudo, teria abandonado logo após a panca com o alemão da Force Índia. Aliás, como o "Sauber de borracha" (aparentemente indestrutível) do japonês agüentou o impacto????

+ Entre alguns palavrões e lágrimas, deve ter sido (mais ou menos) isso o que Timo Glock pensou enquanto voltava para os boxes...

+ A vontade que me deu foi dar uns sopapos no Buemi. Glock vinha fazendo milagres de novo, correndo próximo dos pontos até que o suíço (a lá Gregor Foitek) transformou tudo em pedaços.

+ Viu por que gosto tanto das corridas com chuva? Dá para tantos coadjuvantes mostrar serviço em pista seca???? NOT.

+ LAR DOCE LAR MODE On: ainda sobre a Sauber, Nick Heidfeld feliz da vida por ter voltado para a “sua família” garantiu mais dois pontinhos para o time. Nada contra o De La Rosa, mas o carro aparentemente ficou bom desde que Heidfeld começou a pilotá-lo. Pior para o piloto espanhol e... muito melhor para Peter Sauber e para quem torce pelo time.

+ Quem torce pela Sauber? Acho que só...eu. Hauhauhaua.

+ O caso de Heidfeld é só mais um exemplo de que, quando estamos felizes, trabalhamos mais e melhor. O psicológico conta demais, e quando a auto confiança não está 100%, até um J.J. Lehto vira reject. Portanto, De La Rosa, o grande bode expiatório de 2010, está absolvido.

+ RESUMINDO: Pedro não é gênio, mas também não é reject. Só não teve a sorte do Alonso.

+ Quanto ao resto da “Turma do Fundão”, Bruno Senna e Yamamoto fizeram bem o seu papel: o brasileiro venceu a disputa interna na Hispania enquanto o japonês completou o GP. Cada um no seu quadrado, a dupla fez o arroz com feijão que dava para fazer.

+ Na Lotus, tudo continua dando errado para o Trulli enquanto o (ex- Pé na) Kova terminou como o melhor das pequenas. Mesmo longe, ficaram a três posições dos pontos. GO LOTUS!

+ Quanto a Williams, Rubinho faz o que pôde. O cara anda numa fase em que, até na fila para o banheiro encontra o Schumacher pela frente. Pode ter muito dedo da mídia nessa “briga”, mas no fim das contas (assim como a vaga para a Copa Sul-Americana no Brasileirão, por exemplo), essa rivalidade nostálgica entre os dois ajuda a animar a briga pela décima posição...

+ Na corrida, como Rosberg, Vettel, Webber, e Button foram cartas fora do baralho, Schumacher chegou em quarto (este tenha sido seu melhor desempenho em 2010) enquanto Barrica vinha em quinto até seus pneus virarem chiclete. No fim, ao menos Schumacher pôde se gabar de ter chegado na frente do Kubica, enquanto o brasileiro finalizou em uma boa 7° colocação.

+ Lembrando que sétimo para o estágio atual da Williams está ótimo! O pontinho de Hulkemberg também ajudou. Em 2010, a temporada da equipe poderia ser definida como, “de grão em grão a galinha enche o papo”. Parecem poucos pontos, mas proporcionalmente ao orçamento deles, a equipe está no nível dos times que disputam o título.

+ No pódio, Hamilton errou sim, mas o erro se deve em parte ao fato da McLaren não estar no mesmo níel de Ferrari e RBD, ops, RBR (hauhauhauhau). Errar com o melhor carro é uma coisa, mas errar quando o piloto está tendo que dar 110% para acompanhar o ritmo dos outros é natural, ainda mais em uma pista “virgem”, totalmente encharcada.

+ No fim, o segundo garantiu uma sobrevida para a equipe quanto as esperanças do título, já que Button (sniff, sniff, sniff) é carta fora do baralho.

+ Na Ferrari, Massa sobreviveu, teve calma e, assim como Alonso, foi beneficiado pelos acontecimentos da corrida. O curioso é que teoricamente a Ferrari é a equipe que mais sofreria sob estas condições, devido ao problema no aquecimento dos pneus.

+ Sorte de campeã. Assim poderia ser definido para o resultado da Scuderia na Coréia do Sul.

+ Começo a inclinar a minha torcida para Fernando Alonso (apesar de não ir nem um pouco com a cara dele). Se Webber não conseguir, nas mãos do meu xará o título estará com quem merece. Duvido que outro piloto da atualidade estaria na posiçao que o espanhol está em um carro que se apresentou inferior durante a maior parte da temporada.

+ Na boa, coisa digna de Prost, e... se algo é digno de ser comparado ao Prost, então estamos falando de genialidade.


OBS: se o processo de "Made in Chinização" da F1 continuar, acho que vou acabar parando de escrever as resenhas sobre a F1. Na boa, ou eu não acordo (por não ouvir o despertador) ou acabo durmindo no início ou no fim dos GPs. A demora na postagem da resenha, em 50% se deve a isso.

Incrível como (quando o assunto é F1), no fim de tudo sempre está Bernie Ecclestone... como o culpado, hauhauha.


Um abraço,
Fernando Ringel
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sábado, 23 de outubro de 2010

Papel de Parede: carros que ainda vou dirigir

__Vai um wallpaper (1024X768)? Nessa semana o post novo de uma das minhas séries preferidas do VEL MAX: Carros que Ainda Vou Dirigir. As ilustrações ficam por conta deste que vos escreve. Já o texto, é de autoria do meu amigo Pedro Ivo. AGUARDE!

OBS: centralize a imagem deixando as laterais em preto.


Um abraço,
Fernando Ringel
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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

PAPEL DE PAREDE: GP da Coréia do Sul

__Vai um wallpaper (1024 X 768)? Centralize a imagem, deixe as laterais em preto e...cruze os dedos para que o asfalto não se despedace durante o final de semana. GO TILKE!

OBS: quando a bandeira do país colabora, fica muito mais fácil deixar um papel de parede bonito.


Um abraço,
Fernando Ringel
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domingo, 10 de outubro de 2010

F1: notas sobre o GP

Nota para o GP: 4

+ Corrida sonolenta (e isso não é uma referência à madrugada).

+ Antes de falar da corrida em sí, interessante como em Suzuka fica clara a evolução da F1. Como esta é uma pista pra lá de clássica, estamos mais do que acostumados a assistir e reassistir trechos de corridas disputadas alí. Até hoje curto alguns jogos do início dos anos 90 e a diferença na reaceleração (após a última chicane) é absurdamente clara. Os F1 de hoje simplesmente voam como se fossem Dragsters em relação aos F1 de 15, 20 anos atrás.

+ Por outro lado, isso não fez lá muito bem para Suzuka. As ultrapassagens minguaram consideralvemente com o passar do tempo. Como a pista já não tem muitas retas, se os carros voam nas reacelerações, não há pista suficiente para que o piloto que está atrás (a não ser que tenho um carro muito superior) consiga se beneficiar do vácuo e passar. Se os carros forem minimamente do mesmo nível, a ultrapassagem já se torna bastante improvável.

+ A briga entre Glock (um bom piloto) e Yamamoto (no pior carro do grid), ratificam essa certa velhice do (belo) traçado de Suzuka.

+ Por falar na Virgin, "rapaaaaaiz", me dá medo pelo Glock e pelo Di Grassi. Se eu fosse um dos dois, faria um seguro de vida rapidinho.

+ Se o "acidente" do Di Grassi tivesse ocorrido em velocidade de corrida, meu amigo...

+ Só para lembrar, ainda não inventaram Hans Devices que te salvem de coágulos no cérebro, que proteja seus órgãos da força G, etc, etc, portanto digamos que... seria bom para a saúde de qualuqer piloto, dirigir um carro seguro.

+ Quando a camera on board do Glock mostrou o alemão alinhando no grid, por um momento admirei sua coragem embora uma parte de mim condenasse sua "inconsequência". Agora, escrevendo estas palavras, vejo que a responsabilidade (ou afalta dela) é da Virgin. Seria no mínimo sensato chamar Glock para os boxes e só depois liberá-lo para a corrida.

+ Se eu fosse Nick Wirth, provavelmente teria chamado Glock para os boxes e fim de prova. Simples assim. Porém, essa seria uma confissão de incompetência, um gesto de altruismo em um mundo vigorosamente capitalista e impiedoso como a F1. Seria a auto-desmoralização de uma equipe que luta para permanecer (ou ficar) de pé.

+ Uma solução paliativa seria dizer para Glock andar com cuidado durante algumas curvas e simplesmente estacionar no meio da primeira volta em uma área de escape qualquer. Seria um abandono simulado, a equipe diria que foi um "problema hidráulico" e dos males o menor: se o carro do Glock tivesse tido algum problema como o do Di Grassi, além de alguns ossos, a imagem da equipe seria (possível e irreversivelmente) detonada.

+ Poucos lembram, mas o que de fato matou a Simtek (primeira empreitada envolvendo Nick Wirth na F1) foi a morte do Rartzemberger. Projeto decente, estrutura, marketing, apoio político, tudo existia na Simtek, mas a imagem da equipe foi manchada de sangue... e aí meu amigo, a o time apenas agonizou até meados de 1995.

+ Enquanto a Virgin se preocupa com bobagens como o tal release que o Di Grassi alterou e blá, blá, blá, talvez eles devessem gastar mais tempo e energia para que aerofólios não se desprendam e nem seus carros, e uma curva para a esquerda, subitamente virem para a direita.

+ Na Hispania, Yamamoto fez bonito. Foi realmente bem.

+ Bruno Senna também levou seu "carro" até o final. Ao menos isso a Hispania pode se "orgulhar": seus dois carros cruzaram a linha de chegada em seis GPs. Parece pouco, mas para uma "equipe de 1,99", está bom.

+ Na Lotus, euforia com o 12° lugar de Heikke Kovalainen. O (ex-) Pé na Kova continua recuperando o respeito que merece. Feito improvável a bordo do que chamam de Lotus Malaia(!!!).

+ Incrível, mas realmente (por "n" motivos) a cada GP eles estão mais próximos da zona de pontuação.

+ Ou seria, menos longe???? De qualquer maneira, GO LOTUS!

+ Na Renault, Petrov merecia uns sopapos e o Kubica... uma equipe melhor.

+ Dizem que a Lotus deste campeonato é do Paraguai, mas vc não vê o Trulli ou o Kova ficando sem uma roda traseira logo após a largada, não é? Pra falar a verdade, nunca tinha visto algo assim, nem nas F3 da vida. "Barbeiragem bem da loca", digna daqueles carrinhos que a gente compra nas banquinhas com produtos do Paraguai.

+ Além do segundo lugar (ou um resultado mais realista como um quarto, quinto lugar), com certeza alguém perdeu o emprego na Renault.

+ Enquanto a Renault vai lentamente caindo de rendimento (ou apresentando um desempenho mais compatível com sua atual fase de transição em relação ao surpreendentes resultados da equipe até algumas corridas atrás), a Sauber vai ressurgindo. Curioso notar a ligação que alguns pilotos tem com certas equipes. Em Suzuka ficou claro como a equipe suíça é a casa de Nick Heidfeld.

+ Todos temos disso: produzimos mais e melhor quando trabalhamos felizes. Agora sim, a Sauber tem uma dupla capaz de surpreender.

+ Sem falar nos "segredinhos" que Heidfeld, como piloto de testes da Mercedes, traz para os carros da Sauber.

+ Sobre o Koba, assim como escrevi na resenha sobre o GP de Cingapura, ele está no nível de evolução de onde Adrian Sutil passou (esfriou) e onde Vettel e Hamilton ainda estão: Koba varia entre altos e baixos na Escala Sen.

+ O que é isso? Calma. Koba, Vettel e Hamilton variam no que chamo de Escala Sen: muitas vezes SEN-sacional, como nesse GP do Japão, e muitas vezes SE-m Juízo (como vimos com hamilton e com o próprio Koba em Cingapura).

+ Ok, antes que um Professor Pasquale da vida venha dizer que "sem juízo" é escrito com "m" ao invés de "n", essa minha Escala Sen faz referência ao som da sílaba e ao significado das palavras. Realmente Koba alterna entre altos SEN-sacionais e baixos SEM noção.

+ Quanto a Suzuka, embora meio kamikaze, foi uma grande performance do japa. Uma beleza mesmo. De encher os olhos!

+ Quanto ao Massa, quando o emocional vai mal, aí todo o resto desenda. Como se ensina em qualquer auto escola, em um acidente, a culpa é de quem bate por trás. No caso, Felipe não foi simplesmente jogado para a grama. Rosberg estava com problemas na embreagem (por isso foi lento na largada). Felipe, como piloto do naipe da Ferrari, deveria saber que coisas assim podem acontecer. Massa não foi jogado para a grama, era basicamente isso ou encher a traseira do Rosberg.

+ Ou vai dizer que você queria que o Rosberg saisse da pista para você passar, Felipe?

+ Pior para o Liuzzi. Se tem alguém que pode se considerar azarado, amaldiçoado nessa história, esse alguém é Vitantonio Liuzzi.

+ Sabe o que separa os pilotos em atividade dos aposentados? Sorte. Quando ela acaba, Alboreto, Arnoux, Ickx e um monte de gente boa se transformam em coadjuvantes irreversíveis. Te cuida Felipe.

+ No mais, Alonso, Button e Hamilton fizeram o que dava. No fim, farantiram a sobrevivência de suas esperanças no título.

+ Na frente, a Red Bull deu asas para Vettel. Webber assistiu o cimpanheiro fazer barba, cabelo e bigode, o que dificultou a vida de quem brigava contra o sono e contra a corrida sonolenta.
Ao menos se tivesse chovido, né?

+ No fim das contas, vale ressaltar a beleza do capacete usado por Vettel. Com certeza, o mais bonito dentro o monte de pinturas (algumas muito toscas) que ele usou até hoja na F1.

+ Barrica (outro coloborador da monotonia), praticamente anônimo, marcou mais pontos preciosos na Williams.

+ Para finalizar, finalmente Schumacher andou melhor. Mesmo no sistema antigo de pontuação, Michael teria garantido seus caraminguás nesse GP. O tempo passa e a cada dia Schumacher (obviamente) pega mais a mão dos novos carros.

Ano que vem, com um carro feito com sua participação, aí sim teremos uma noção uma prova real sobre sua capacidade como piloto de F1 na atualidade. Para mim, o que mais está fazendo falta para Michael se chama... reabastecimento. Ninguém soube tirar mais vantagem disse que ele.

Quanto a sua idade, hoje as pessoas vivem mais e melhor. Para um dos pilotos com melhor condicionamento físico da hitória, não acredito que ter mais de quarenta anos seja decisivo para sua aposentadoria, ainda mais com carros cada vez mais "hidráulicos".

+ No mais, o negócio é esperar que o GP da Coréia do Sul seja realmente realizado. Fiz o papel de parede e não estou com tempo para fazer outro de última hora (rsrsrs). GO TILKE! GO! KKKK.


Um abraço,
Fernando Ringel
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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

PAPEL DE PAREDE: GP do Japão

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Um abraço,
Fernando Ringel
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domingo, 3 de outubro de 2010

INDY: notas sobre o GP

Nota para a corrida:
Fernando Ringel – 6
Wellington Lucas - 8

WL - Uma corridaça que terminou com o Dario Franchitti tri-campeão e Scott Dixon como vencedor da prova com méritos.

FR + Durante a prova, cheguei a pensar em escever algo do tipo: “ daqui para frente vou torcer pelo Franchitti para ver se ele não é campeão” ou “é só eu torcer que o cara entra pelo cano”, mas não. Venceu quem mais mereceu.

Talvez não o mais rápido, mas “pelo conjunto da obra”, o melhor de 2010.

WL - Will Power até que andou minimamente bem, porém a Penske não esteve no seu melhor dia.

FR + O ritmo do australiano foi melhor do que de costume, até que...

WL - ... ele beijou o muro e quebrou a suspensão. Com o abandono, entregou de bandeja o titulo para o Dario Franchitti.

FR + Franchitti X Power lembra Hakkinen X Schumacher. O Finlandês era até melhor em algumas situações, mas Schumacher era sempre rápido enquanto Mika volta e meia tropeçava nos próprios pés.

Assim como o Schumacher do final dos anos 90, Franchitti aparenta estar um nível acima dos outros. Sabe aquele cara que tem um algo mais para tirar na hora H?

WL - Destaque para a prova do Scott Dixon. Bati na tecla de que ele estava irreconhecível, mas em Homested, fez uma corridaça. Ganhou e finalmente mostrou o que ele era. Mesmo assim ainda acho que ele está muito abaixo do Franchitti.

FR + Correção, todos com exceção de um Tony Kanaan nas relargadas aqui, um Power (nos mistos) ali, todos estão um pouco abaixo em relação ao Franchitti. A grande sacada dele é ser veloz em todas as fases do campeonato. Nem sempre o mais veloz, mas sempre entre os primeiros.

WL - Franchitti fez o serviço inteiro de pole position, maior numero de voltas lideradas e chegou em oitavo com sobras, apenas para garantir o caneco. Mesmo se Will Power tivesse continuado na prova, creio que o escocês não perderia esse titulo de jeito nenhum

FR + A impressão é que Power estava acima do seu limite para ficar em quarto, enquanto Franchitti estava bem mais tranqüilo, brigando com Tony Kanaan pela primeira posição. O título ficou com quem merecia, convenhamos.

WL - Menção honrosa para a Andretti Autosport que fez uma baita corrida com o Tony e a Danica Patrick. Os dois lutaram por posições no fim da prova, terminando respectivamente em segundo (Danica) e terceiro (Kanaan).

FR + Só não entendo a maneira como os pilotos da Andretti se pegam na pista. Ficou claro que na disputa com o Kanaan, a Danica é o Schumacher entre as mulheres, mas... se eu fosse o Michael Andretti, não agüentaria ver meus dois pilotos quase jogando fora uma semi dobradinha (segundo e terceiro) por "sei lá o quê". Faltando poucas voltas para o final, eu mandaria os dois sossegarem.

WL - Sobre a Penske, Briscoe cutucou, mas não machucou ninguém. Foi dispensável nessa corrida. Sobre Power, nem preciso comentar.

FR + Enquanto a equipe tentava colocar Will de novo na corrida, na relargada, obviamente Helinho recebeu alguma ordem do tipo “vai lá e destrói”. Passou todo mundo por dentro da faixa branca que separa a pista da saída dos boxes. Coisa de macho!

Pena o desempenho dos carros de Roger Penske não terem contribuído. Em Homested, nem tudo foi culpa de Will Power, convenhamos. As Ganassi (como em quase toda temporada nos ovais) estavam melhores.

WL - Milka terminou a temporada onde já se esperava e a Bia não merecia terminar assim. Ela é uma boa piloto, porém precisa de experiência. Já a Simona foi discreta, fez a parte dela (não bateu) e terminou a corrida.

FR + Tenho sérias desconfianças quanto ao “desconfiômetro” da Bia. Quem viu ela nos monopostos sabe que de vez em quando baixa um “De Cesaris com TPM” na garota e aí o que se vê são reações meios inexplicáveis.

Não vou citar o acidente em Homested como um desses “fenômenos” que de vez em “(quase) sempre” “atuam” sobre a Bia, mas que algo estava errado com o carro, isso estava meio claro (uma volta antes da batida). No mínimo, foi um acidente de jogador de fliperama, plenamente evitável com uma simples entrada nos boxes. Coisa de principiante.

FR+ Sobre a Milka, torço por ela e exatamente por isso quero que ela pare e repense sua permanência na Indy. Se é para ser motivo de chacota, existem outras categorias que receberiam bem o dinheiro da Citgo. Pensa bem Milka.

Já a Simona, desandou de uns tempos para cá, como se estivesse com problemas extra-pista influenciando sua pilotagem.

WL - Takuma Sato não destruiu o seu carro na última prova como de praxe nas outras temporadas.

FR + Levou quase uma temporada, mas o cara (aparentemente) aprendeu. "Gênio".

WL - Ed Carpenter, Graham Rahal, Dan Wheldon e um monte de gente nem apareceram na transmissão. Nem o Saavedra foi mencionado na transmissão.

FR + Basicamente essa foi uma corrida de apenas dois homens, com um ou outro Dixon intrometido aqui e alí. Abaixo o compacto do GP:



WL – No mais, foi uma baita narração do Téo José e os ótimos comentários do Felipe Giaffone na transmissão da BAND.

FR + Para 2011, já que Cleveland, Elkhart Lake, Laguna Seca, Chicago e um monte de coisas boas ficaram de fora, o jeito para mim é torcer para que um Bourdais da vida volte, que o Tracy continue (dinheiro ele diz que tem para ficar na Indy) e que mais corridas sejam disputadas sob chuva, eheheh.

WL - Até o GP de São Petersburgo, em 2011!


Um abraço,
FernandoRingel/Wellington Lucas Costa

sábado, 2 de outubro de 2010

PAPEL DE PAREDE: GO POWER!

__Vai um wallpaper (1024 X 768)? Cenntralize, deixe as laterais em preto e... GO POWER!


Um abraço,
Fernando Ringel
feringel@yahoo.com.br
@FernandoRingel ("SIgam-me os bons", kkk)