Nota para a corrida: 7, 8, sei lá.
OBS: Provavelmente essa nota é altamente influenciada pelo meu gosto por corridas em ciruitos estreantes + chuva. Não fosse o safety car, seria nota 9, eheheh.
+ Particularmente, gosto de corridas de estréia porque ninguém sabe direito os caminhos da pista e o resultado varia entre: vitória esmagadora do melhor time (em função de sua maior capacidade, $$$ + competência, para se adaptar mais rapidamente) ou corrida maluca com direito a muitas zebras.
+ Sobre este GP em si, na verdade a chuva lavou a alma do pessoal de Yeongam. Sob calor, sabe-se lá se o asfalto agüentaria as 65 voltas. Com a chuva, a pista foi literalmente lavada. A areia foi pelo ralo e no fim das contas, o GP foi bem divertido.
+ Este foi um Grande Prêmio tão peculiar que mesmo no compacto de 54 minutos da Globo, mais de metade da edição mostrou as voltas atrás do safety car. O mais curioso para mim foi notar como no trecho do cotovelo, apesar de estar chovendo como na época da Arca de Noé, com os pilotos no ritmo “marítimo” do carro de segurança, o “trenzinho” lembrou Mônaco, rsrsrsrsrsrs.
+ Antes de falar sobre o que aconteceu nas 65 voltas deste primeiro GP da Coréia do Sul, gostaria de começar esta resenha falando sobre a F1, suas equipes e sobre primeiros pilotos, segundos pilotos, Vettels e Webbers.
A idéia geral é de que a Red Bull tem três escolhas: Webber, Vettel ou o vice campeonato. Para alegria geral da nação (eu, você, a Mclaren e o Alonso), a equipe não se pronuncia oficialmente sobre o assunto e seus pilotos continuam se bicando, colocando em risco um título que (merecidamente) já deveria ser da Red Bull.
Isso tem um pouco de ligação com a rejeição dos EUA em relação a F1 e com a própria natureza da categoria. A F1 não é exatamente um campeonato de pilotos. Isso basicamente é importante para Senna, Massa, Schumacher, FISA, Rede Globo, e os românticos que acreditam nas corridas como (acima de tudo), um esporte. Fórmula Indy sim é campeonato de pilotos (por isso chaga ter 10 vencedores em uma temporada, 40, 50 inscritos para Indianápolis, etc). F1, é campeonato de equipe, por isso a abissal diferença técnica entre o pior carro (o Hispania F1-10 por exemplo) com qualquer dos Dallara usados por Penske ou Ganassi.
Na F1, fundamentalmente, as estrelas são os carros e numa boa parte dos casos, o piloto é apenas uma formalidade para que o carro dispute o campeonato.
Dito isso, neste primeiro GP da Coréia do Sul, já dá para afirmar que a Red Bull meio que jogou fora um título (merecido) que teve mais de uma chance para garantir.
+ Jogo de equipe pode não ser a melhor coisa do mundo, mas é assim que se constrói a equipe campeã. É como aquela frase: “daí-me coragem para mudar as coisas que posso, serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar e sabedoria para saber a diferença entre as duas”. É uma questão estrutural do esporte de competição: apenas um vence. Sendo assim, em uma dupla, sempre há um perdedor. O que a equipe pode fazer é tentar que pelo menos um de seus pilotos vença. Competição sem jogo de equipe, só se for nas olimpíadas, no atletismo, basquete, futebol, volei, etc. Isso é um fato.
Dito isso, quem seria o primeiro piloto da Red Bull? Em 2007, Webber chegou por baixo no time. Todo mundo sabia que ele seria o escudeiro de David Coulthard. Naquela altura, as portas da decadência (antes do estrelato que teimava em não chegar) Mark ficou bem satisfeito. Se pensarmos bem, Webber está mais do que no lucro porque (na Red Bull) Coulthard (contratado a peso de ouro) não teve nem 10% das chances de vitória que o australiano está tendo nos últimos anos.
Aí chegamos à pergunta: Webber merece ser o primeiro piloto do time em 2010? Segundo a tabela de classificação fria e calculista, sim. Nenhum argumento pode mudar o fato de que Webber tem mais vitórias, e por conseqüência mais pontos (mesmo com o apoio “desestimulante” da equipe).
+ Você fã de Sebastian Vettel com certeza tem argumentos para discordar das palavras escritas acima. Concordo com você. Como disse, Webber sempre foi um piloto veloz, porém nem mais, nem menos que a média da F1. Um Thierry Boutsen da vida que foi contratado, feliz da vida, como segundo piloto. Fato.
O currículo do jovem alemão (pré Red Bull), é superior ao de Mark Webber. Vettel é o piloto mais jovem da história a marcar pontos (8° lugar em sua estréia pela BMW, EUA/2007). Sebastian é O CARA que esmagou um piloto do calibre do Bourdais, O CARA que (em seu primeiro ano completo na F1), fez pole e venceu (com méritos) em uma Toro Rosso! Sem dúvida, realmente Vetttel é (sob esse ponto de vista), “O” cara.
SIMPLIFICANDO: Vettel é o piloto que 99% dos amantes do automobilismo gostariam de ser (se fossem milionários), kkkk.
Bom, esse é o histórico do piloto que chegou como estrela na Red Bull. Ao contrário da maioria das revelações, Sebastian continuou fodástico em um time de ponta, colocando (por muitas vezes) em cheque a capacidade de Webber como piloto capaz de vencer. Em 2009, o que Mark levou anos para conseguir pelo time, Vettel conquistou em seu primeiro ano na Red Bull: 4 vitórias.
Pelo currículo, Vettel merece ser o primeiro piloto. Antes do início da temporada, o alemão seria aposta óbvia até mesmo para aqueles que não conhecem muito mais que o “Filipi Maça”, o Senna e o “Rémilto”.
Porém (é aí que a coisa muda), Vettel erra demais para um piloto de ponta e (faltando apenas duas corridas para o fim da temporada), o resultado disso somado a alguns azares é : 14 pontos a menos que Webber. E não se trata de uma virada do australiano. Em 2010, Webber sempre esteve na frente. Na verdade Vettel conseguiu diminuir a diferença, mas nunca chegou a estar na frente do companheiro.
Portanto, em 2008, Vettel seria o primeiro piloto, porque de fato foi melhor, mas em 2010 o primeiro tem que ser o que tem mais chances de vencer e em um time que pretende ser campeão, tem que ser assim. Por isso, GO WEBBER!
+ Podem chorar os passionais/irracionais, mas é exatamente porque isso não acontece na Ferrari que Alonso ressurgiu para um título improvável como aconteceu com Kimi Raikkonen em 2007. Por pior que seja o jogo de equipe, é exatamente por isso que a Ferrari faturou 6 títulos e dois vices nos últimos 10 anos.
+ Nesse GP da Coréia do Sul, para a Red Bull poderia ser “NO GP” já que tinha tudo para dar certo, mas deu tudo errado.
+ O que será que o Vettel consegue fazer para estourar tantos motores Renault (mesmo sem calor)? Se ainda fosse algo frágil como um Yamaha da vida, mas estourar tantos motores Renault (fabulosamente resistentes) é coisa que não se vê desde o final dos anos 70 e início dos 80, no auge da era turbo dos franceses.
+ OK, ok, ok, estes não são mais os Renault fodásticos dos anos 90, mas embora menos potentes, continuam tão confiáveis quanto.
+ Por falar na montadora francesa, Kubica conquistou um anônimo 5° lugar. Nada mais, nada menos.
+ No segundo carro do time, enquanto esteve na pista, Petrov foi bem. O problema é que ele não permanece na pista por muito tempo, e volta e meia, entre uma escapada e outra, ele não volta. Como vimos (violentamente) em Yeongam.
+ Ainda pelo meio do pelotão, Vitantonio Liuzzy fez uma corrida de sobrevivência e surpreendentemente chegou ao final... em 6° lugar!
+ ... enquanto Sutil, andando feito um louco (como nos “velhos tempos”) foi se enfiando aqui e alí até que acabou finalmente entrando pelo cano.
+ Velhos tempos do Sutil = 3 ou 4 corridas atrás, ahuahua.
+ Não fosse o Kobayashi ser tremendamente rabudo, teria abandonado logo após a panca com o alemão da Force Índia. Aliás, como o "Sauber de borracha" (aparentemente indestrutível) do japonês agüentou o impacto????
+ Entre alguns palavrões e lágrimas, deve ter sido (mais ou menos) isso o que Timo Glock pensou enquanto voltava para os boxes...
+ A vontade que me deu foi dar uns sopapos no Buemi. Glock vinha fazendo milagres de novo, correndo próximo dos pontos até que o suíço (a lá Gregor Foitek) transformou tudo em pedaços.
+ Viu por que gosto tanto das corridas com chuva? Dá para tantos coadjuvantes mostrar serviço em pista seca???? NOT.
+ LAR DOCE LAR MODE On: ainda sobre a Sauber, Nick Heidfeld feliz da vida por ter voltado para a “sua família” garantiu mais dois pontinhos para o time. Nada contra o De La Rosa, mas o carro aparentemente ficou bom desde que Heidfeld começou a pilotá-lo. Pior para o piloto espanhol e... muito melhor para Peter Sauber e para quem torce pelo time.
+ Quem torce pela Sauber? Acho que só...eu. Hauhauhaua.
+ O caso de Heidfeld é só mais um exemplo de que, quando estamos felizes, trabalhamos mais e melhor. O psicológico conta demais, e quando a auto confiança não está 100%, até um J.J. Lehto vira reject. Portanto, De La Rosa, o grande bode expiatório de 2010, está absolvido.
+ RESUMINDO: Pedro não é gênio, mas também não é reject. Só não teve a sorte do Alonso.
+ Quanto ao resto da “Turma do Fundão”, Bruno Senna e Yamamoto fizeram bem o seu papel: o brasileiro venceu a disputa interna na Hispania enquanto o japonês completou o GP. Cada um no seu quadrado, a dupla fez o arroz com feijão que dava para fazer.
+ Na Lotus, tudo continua dando errado para o Trulli enquanto o (ex- Pé na) Kova terminou como o melhor das pequenas. Mesmo longe, ficaram a três posições dos pontos. GO LOTUS!
+ Quanto a Williams, Rubinho faz o que pôde. O cara anda numa fase em que, até na fila para o banheiro encontra o Schumacher pela frente. Pode ter muito dedo da mídia nessa “briga”, mas no fim das contas (assim como a vaga para a Copa Sul-Americana no Brasileirão, por exemplo), essa rivalidade nostálgica entre os dois ajuda a animar a briga pela décima posição...
+ Na corrida, como Rosberg, Vettel, Webber, e Button foram cartas fora do baralho, Schumacher chegou em quarto (este tenha sido seu melhor desempenho em 2010) enquanto Barrica vinha em quinto até seus pneus virarem chiclete. No fim, ao menos Schumacher pôde se gabar de ter chegado na frente do Kubica, enquanto o brasileiro finalizou em uma boa 7° colocação.
+ Lembrando que sétimo para o estágio atual da Williams está ótimo! O pontinho de Hulkemberg também ajudou. Em 2010, a temporada da equipe poderia ser definida como, “de grão em grão a galinha enche o papo”. Parecem poucos pontos, mas proporcionalmente ao orçamento deles, a equipe está no nível dos times que disputam o título.
+ No pódio, Hamilton errou sim, mas o erro se deve em parte ao fato da McLaren não estar no mesmo níel de Ferrari e RBD, ops, RBR (hauhauhauhau). Errar com o melhor carro é uma coisa, mas errar quando o piloto está tendo que dar 110% para acompanhar o ritmo dos outros é natural, ainda mais em uma pista “virgem”, totalmente encharcada.
+ No fim, o segundo garantiu uma sobrevida para a equipe quanto as esperanças do título, já que Button (sniff, sniff, sniff) é carta fora do baralho.
+ Na Ferrari, Massa sobreviveu, teve calma e, assim como Alonso, foi beneficiado pelos acontecimentos da corrida. O curioso é que teoricamente a Ferrari é a equipe que mais sofreria sob estas condições, devido ao problema no aquecimento dos pneus.
+ Sorte de campeã. Assim poderia ser definido para o resultado da Scuderia na Coréia do Sul.
+ Começo a inclinar a minha torcida para Fernando Alonso (apesar de não ir nem um pouco com a cara dele). Se Webber não conseguir, nas mãos do meu xará o título estará com quem merece. Duvido que outro piloto da atualidade estaria na posiçao que o espanhol está em um carro que se apresentou inferior durante a maior parte da temporada.
+ Na boa, coisa digna de Prost, e... se algo é digno de ser comparado ao Prost, então estamos falando de genialidade.
OBS: se o processo de "Made in Chinização" da F1 continuar, acho que vou acabar parando de escrever as resenhas sobre a F1. Na boa, ou eu não acordo (por não ouvir o despertador) ou acabo durmindo no início ou no fim dos GPs. A demora na postagem da resenha, em 50% se deve a isso.
Incrível como (quando o assunto é F1), no fim de tudo sempre está Bernie Ecclestone... como o culpado, hauhauha.
Um abraço,
Fernando Ringel
feringel@yahoo.com.br
@FernandoRingel ("Sigam-me os bons", kkk)
OBS: Provavelmente essa nota é altamente influenciada pelo meu gosto por corridas em ciruitos estreantes + chuva. Não fosse o safety car, seria nota 9, eheheh.
+ Particularmente, gosto de corridas de estréia porque ninguém sabe direito os caminhos da pista e o resultado varia entre: vitória esmagadora do melhor time (em função de sua maior capacidade, $$$ + competência, para se adaptar mais rapidamente) ou corrida maluca com direito a muitas zebras.
+ Sobre este GP em si, na verdade a chuva lavou a alma do pessoal de Yeongam. Sob calor, sabe-se lá se o asfalto agüentaria as 65 voltas. Com a chuva, a pista foi literalmente lavada. A areia foi pelo ralo e no fim das contas, o GP foi bem divertido.
+ Este foi um Grande Prêmio tão peculiar que mesmo no compacto de 54 minutos da Globo, mais de metade da edição mostrou as voltas atrás do safety car. O mais curioso para mim foi notar como no trecho do cotovelo, apesar de estar chovendo como na época da Arca de Noé, com os pilotos no ritmo “marítimo” do carro de segurança, o “trenzinho” lembrou Mônaco, rsrsrsrsrsrs.
+ Antes de falar sobre o que aconteceu nas 65 voltas deste primeiro GP da Coréia do Sul, gostaria de começar esta resenha falando sobre a F1, suas equipes e sobre primeiros pilotos, segundos pilotos, Vettels e Webbers.
A idéia geral é de que a Red Bull tem três escolhas: Webber, Vettel ou o vice campeonato. Para alegria geral da nação (eu, você, a Mclaren e o Alonso), a equipe não se pronuncia oficialmente sobre o assunto e seus pilotos continuam se bicando, colocando em risco um título que (merecidamente) já deveria ser da Red Bull.
Isso tem um pouco de ligação com a rejeição dos EUA em relação a F1 e com a própria natureza da categoria. A F1 não é exatamente um campeonato de pilotos. Isso basicamente é importante para Senna, Massa, Schumacher, FISA, Rede Globo, e os românticos que acreditam nas corridas como (acima de tudo), um esporte. Fórmula Indy sim é campeonato de pilotos (por isso chaga ter 10 vencedores em uma temporada, 40, 50 inscritos para Indianápolis, etc). F1, é campeonato de equipe, por isso a abissal diferença técnica entre o pior carro (o Hispania F1-10 por exemplo) com qualquer dos Dallara usados por Penske ou Ganassi.
Na F1, fundamentalmente, as estrelas são os carros e numa boa parte dos casos, o piloto é apenas uma formalidade para que o carro dispute o campeonato.
Dito isso, neste primeiro GP da Coréia do Sul, já dá para afirmar que a Red Bull meio que jogou fora um título (merecido) que teve mais de uma chance para garantir.
+ Jogo de equipe pode não ser a melhor coisa do mundo, mas é assim que se constrói a equipe campeã. É como aquela frase: “daí-me coragem para mudar as coisas que posso, serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar e sabedoria para saber a diferença entre as duas”. É uma questão estrutural do esporte de competição: apenas um vence. Sendo assim, em uma dupla, sempre há um perdedor. O que a equipe pode fazer é tentar que pelo menos um de seus pilotos vença. Competição sem jogo de equipe, só se for nas olimpíadas, no atletismo, basquete, futebol, volei, etc. Isso é um fato.
Dito isso, quem seria o primeiro piloto da Red Bull? Em 2007, Webber chegou por baixo no time. Todo mundo sabia que ele seria o escudeiro de David Coulthard. Naquela altura, as portas da decadência (antes do estrelato que teimava em não chegar) Mark ficou bem satisfeito. Se pensarmos bem, Webber está mais do que no lucro porque (na Red Bull) Coulthard (contratado a peso de ouro) não teve nem 10% das chances de vitória que o australiano está tendo nos últimos anos.
Aí chegamos à pergunta: Webber merece ser o primeiro piloto do time em 2010? Segundo a tabela de classificação fria e calculista, sim. Nenhum argumento pode mudar o fato de que Webber tem mais vitórias, e por conseqüência mais pontos (mesmo com o apoio “desestimulante” da equipe).
+ Você fã de Sebastian Vettel com certeza tem argumentos para discordar das palavras escritas acima. Concordo com você. Como disse, Webber sempre foi um piloto veloz, porém nem mais, nem menos que a média da F1. Um Thierry Boutsen da vida que foi contratado, feliz da vida, como segundo piloto. Fato.
O currículo do jovem alemão (pré Red Bull), é superior ao de Mark Webber. Vettel é o piloto mais jovem da história a marcar pontos (8° lugar em sua estréia pela BMW, EUA/2007). Sebastian é O CARA que esmagou um piloto do calibre do Bourdais, O CARA que (em seu primeiro ano completo na F1), fez pole e venceu (com méritos) em uma Toro Rosso! Sem dúvida, realmente Vetttel é (sob esse ponto de vista), “O” cara.
SIMPLIFICANDO: Vettel é o piloto que 99% dos amantes do automobilismo gostariam de ser (se fossem milionários), kkkk.
Bom, esse é o histórico do piloto que chegou como estrela na Red Bull. Ao contrário da maioria das revelações, Sebastian continuou fodástico em um time de ponta, colocando (por muitas vezes) em cheque a capacidade de Webber como piloto capaz de vencer. Em 2009, o que Mark levou anos para conseguir pelo time, Vettel conquistou em seu primeiro ano na Red Bull: 4 vitórias.
Pelo currículo, Vettel merece ser o primeiro piloto. Antes do início da temporada, o alemão seria aposta óbvia até mesmo para aqueles que não conhecem muito mais que o “Filipi Maça”, o Senna e o “Rémilto”.
Porém (é aí que a coisa muda), Vettel erra demais para um piloto de ponta e (faltando apenas duas corridas para o fim da temporada), o resultado disso somado a alguns azares é : 14 pontos a menos que Webber. E não se trata de uma virada do australiano. Em 2010, Webber sempre esteve na frente. Na verdade Vettel conseguiu diminuir a diferença, mas nunca chegou a estar na frente do companheiro.
Portanto, em 2008, Vettel seria o primeiro piloto, porque de fato foi melhor, mas em 2010 o primeiro tem que ser o que tem mais chances de vencer e em um time que pretende ser campeão, tem que ser assim. Por isso, GO WEBBER!
+ Podem chorar os passionais/irracionais, mas é exatamente porque isso não acontece na Ferrari que Alonso ressurgiu para um título improvável como aconteceu com Kimi Raikkonen em 2007. Por pior que seja o jogo de equipe, é exatamente por isso que a Ferrari faturou 6 títulos e dois vices nos últimos 10 anos.
+ Nesse GP da Coréia do Sul, para a Red Bull poderia ser “NO GP” já que tinha tudo para dar certo, mas deu tudo errado.
+ O que será que o Vettel consegue fazer para estourar tantos motores Renault (mesmo sem calor)? Se ainda fosse algo frágil como um Yamaha da vida, mas estourar tantos motores Renault (fabulosamente resistentes) é coisa que não se vê desde o final dos anos 70 e início dos 80, no auge da era turbo dos franceses.
+ OK, ok, ok, estes não são mais os Renault fodásticos dos anos 90, mas embora menos potentes, continuam tão confiáveis quanto.
+ Por falar na montadora francesa, Kubica conquistou um anônimo 5° lugar. Nada mais, nada menos.
+ No segundo carro do time, enquanto esteve na pista, Petrov foi bem. O problema é que ele não permanece na pista por muito tempo, e volta e meia, entre uma escapada e outra, ele não volta. Como vimos (violentamente) em Yeongam.
+ Ainda pelo meio do pelotão, Vitantonio Liuzzy fez uma corrida de sobrevivência e surpreendentemente chegou ao final... em 6° lugar!
+ ... enquanto Sutil, andando feito um louco (como nos “velhos tempos”) foi se enfiando aqui e alí até que acabou finalmente entrando pelo cano.
+ Velhos tempos do Sutil = 3 ou 4 corridas atrás, ahuahua.
+ Não fosse o Kobayashi ser tremendamente rabudo, teria abandonado logo após a panca com o alemão da Force Índia. Aliás, como o "Sauber de borracha" (aparentemente indestrutível) do japonês agüentou o impacto????
+ Entre alguns palavrões e lágrimas, deve ter sido (mais ou menos) isso o que Timo Glock pensou enquanto voltava para os boxes...
+ A vontade que me deu foi dar uns sopapos no Buemi. Glock vinha fazendo milagres de novo, correndo próximo dos pontos até que o suíço (a lá Gregor Foitek) transformou tudo em pedaços.
+ Viu por que gosto tanto das corridas com chuva? Dá para tantos coadjuvantes mostrar serviço em pista seca???? NOT.
+ LAR DOCE LAR MODE On: ainda sobre a Sauber, Nick Heidfeld feliz da vida por ter voltado para a “sua família” garantiu mais dois pontinhos para o time. Nada contra o De La Rosa, mas o carro aparentemente ficou bom desde que Heidfeld começou a pilotá-lo. Pior para o piloto espanhol e... muito melhor para Peter Sauber e para quem torce pelo time.
+ Quem torce pela Sauber? Acho que só...eu. Hauhauhaua.
+ O caso de Heidfeld é só mais um exemplo de que, quando estamos felizes, trabalhamos mais e melhor. O psicológico conta demais, e quando a auto confiança não está 100%, até um J.J. Lehto vira reject. Portanto, De La Rosa, o grande bode expiatório de 2010, está absolvido.
+ RESUMINDO: Pedro não é gênio, mas também não é reject. Só não teve a sorte do Alonso.
+ Quanto ao resto da “Turma do Fundão”, Bruno Senna e Yamamoto fizeram bem o seu papel: o brasileiro venceu a disputa interna na Hispania enquanto o japonês completou o GP. Cada um no seu quadrado, a dupla fez o arroz com feijão que dava para fazer.
+ Na Lotus, tudo continua dando errado para o Trulli enquanto o (ex- Pé na) Kova terminou como o melhor das pequenas. Mesmo longe, ficaram a três posições dos pontos. GO LOTUS!
+ Quanto a Williams, Rubinho faz o que pôde. O cara anda numa fase em que, até na fila para o banheiro encontra o Schumacher pela frente. Pode ter muito dedo da mídia nessa “briga”, mas no fim das contas (assim como a vaga para a Copa Sul-Americana no Brasileirão, por exemplo), essa rivalidade nostálgica entre os dois ajuda a animar a briga pela décima posição...
+ Na corrida, como Rosberg, Vettel, Webber, e Button foram cartas fora do baralho, Schumacher chegou em quarto (este tenha sido seu melhor desempenho em 2010) enquanto Barrica vinha em quinto até seus pneus virarem chiclete. No fim, ao menos Schumacher pôde se gabar de ter chegado na frente do Kubica, enquanto o brasileiro finalizou em uma boa 7° colocação.
+ Lembrando que sétimo para o estágio atual da Williams está ótimo! O pontinho de Hulkemberg também ajudou. Em 2010, a temporada da equipe poderia ser definida como, “de grão em grão a galinha enche o papo”. Parecem poucos pontos, mas proporcionalmente ao orçamento deles, a equipe está no nível dos times que disputam o título.
+ No pódio, Hamilton errou sim, mas o erro se deve em parte ao fato da McLaren não estar no mesmo níel de Ferrari e RBD, ops, RBR (hauhauhauhau). Errar com o melhor carro é uma coisa, mas errar quando o piloto está tendo que dar 110% para acompanhar o ritmo dos outros é natural, ainda mais em uma pista “virgem”, totalmente encharcada.
+ No fim, o segundo garantiu uma sobrevida para a equipe quanto as esperanças do título, já que Button (sniff, sniff, sniff) é carta fora do baralho.
+ Na Ferrari, Massa sobreviveu, teve calma e, assim como Alonso, foi beneficiado pelos acontecimentos da corrida. O curioso é que teoricamente a Ferrari é a equipe que mais sofreria sob estas condições, devido ao problema no aquecimento dos pneus.
+ Sorte de campeã. Assim poderia ser definido para o resultado da Scuderia na Coréia do Sul.
+ Começo a inclinar a minha torcida para Fernando Alonso (apesar de não ir nem um pouco com a cara dele). Se Webber não conseguir, nas mãos do meu xará o título estará com quem merece. Duvido que outro piloto da atualidade estaria na posiçao que o espanhol está em um carro que se apresentou inferior durante a maior parte da temporada.
+ Na boa, coisa digna de Prost, e... se algo é digno de ser comparado ao Prost, então estamos falando de genialidade.
OBS: se o processo de "Made in Chinização" da F1 continuar, acho que vou acabar parando de escrever as resenhas sobre a F1. Na boa, ou eu não acordo (por não ouvir o despertador) ou acabo durmindo no início ou no fim dos GPs. A demora na postagem da resenha, em 50% se deve a isso.
Incrível como (quando o assunto é F1), no fim de tudo sempre está Bernie Ecclestone... como o culpado, hauhauha.
Um abraço,
Fernando Ringel
feringel@yahoo.com.br
@FernandoRingel ("Sigam-me os bons", kkk)