“O que é mais chato - Formula1 ou Formula Indy?”
Após mais um GP, “tipicamente espanhol”, em que o pole venceu sem ser ameaçado, foi criado um tópico na comunidade F1 Brasil, da qual o Velocidade Máxima e parceiro, com uma pergunta que surge na minha cabeça sempre que aparece mais uma noticia sobre o Massa, a mulher do Massa, o espelho retrovisor do Rubinho, sobre a cor da cueca do Alonso:
“O que é mais chato - Formula1 ou Formula Indy?”
http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=22280638&tid=2597028005047676778
Olha, sem querer ser saudosista, mas os bons tempos da Indy foram o final dos anos 80 e início dos anos 90. Os anos dourados da categoria, coincidência ou não, foram a época em que o Emerson Fittipaldi correu nos EUA. Assim que o Zanardi chegou a coisa começou a ficar muito chata até culminar com a falência da Champ Car. Simplificando, Fórmula Indy só interessa assistir as últimas 50 voltas. Isso em 1910, 1990 e 2008. É assim, é a natureza da categoria. Tanto faz se é IRL ou CART, Fórmula Indy é Fórmula Indy. Quem gosta, gosta. Quem não gosta tem muitos motivos para não gostar.
Eu, por exemplo, acho a Indy o automobilismo puro, mas também não gosto do excesso de perigo, e aquele ambiente de “circo macabro”. Quando morre algum piloto da Indy as entrevistas com o público e com o pessoal das equipe deixa uma impressão meio...
“Eu queria que você arrebentasse o carro todo, de repente quebrando uma perna, um braço, vá lá, uma costela, mas também não precisava morrer assim ao vivo, na TV... aí fico me sentindo culpado”
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IRL ou IML?
Tony George reuniu às pressas qualquer piloto que se dispusesse a correr em carros antigos, alguns que não corriam desde 1991, 1992 com premiações de Mega Sena.
Resultado: Primeira corrida, Indy 500, 1996.
O pole Scott Brayton morreu no warm up. Na última volta da corrida Alessandro Zampedri quebra as pernas, perde um pedaço do pé e Roberto Guerreiro escapa de um acidente, potencialmente fatal, por centimetros.
http://www.youtube.com/watch?v=5BAl9wD-Zq0&feature=related
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Desde sua criação, em média, cada 5, 6 corridas da IRL equivalem a, pelo menos, um osso quebrado.
Porém o automobilismo americano é assim. Olha só essa pancada na Infiniti Pro Series, em 2003:
http://www.youtube.com/watch?v=kVRPNxmqN4U&feature=related
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Pessoalmente na IRL eu gostava só do Arie Luyndyk. Esse andava bem, mesmo na época do Indy, junto com Fittipaldi, Mears, Sullivan, Tracy, os "pais e filhos" Unser e Andretti... já não gostava do Tony Stewart, que fazia jus ao "sobrenome famoso" ganhando tudo. Não dava nem graça. Ganhava tanto, e tão fácil, que até perdi a conta do número de vitórias. Acho que em 3 temporada ele venceu “uns 8 títulos da IRL”. Aqui uma demonstração de habilidade do “Holandês Voador”
DETALHE: O carro “amarelo detergente” é pilotado pelo tal Tony “chato” Stewart.
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Espero que o nível dos pilotos melhore com essa "reunificacao" porque mesmo com a entrada Penske, naquele grid cheio de carros horrorosos, a IRL sempre teve uma cara meio "vira lata".
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RESUMNIDO: A Indy não é chata, ela é assim e ponto final. Quem não gosta dela não gosta também da Nascar, e provavelmente, de nenhum piloto "feito" na escola americana.
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Amanhã postaremos a segunda parte da coluna, falando só sobre a F1.
Fernando Ringel