Sim, esse post fala de amor! Mais precisamente do amor por um grande carro. Que é nada mais nada menos que o...
Shelby GT500!
O GT500, como muita gente aqui deve saber, é um Ford Mustang modificado. Mas considerá-lo somente como isso é ser muito simplista. Mais que isso, é tirar a essência e a história desse grande carro.
A história dos Shelby se confunde com a do próprio Mustang em si. Quando a Ford lançou o Mustang, lá pelos idos dos anos 60, foi sucesso instantâneo. O carro vendeu feito água e promoveu verdadeiras maratonas às concessionárias. Só que todo mundo que comprava o carro (que tinha várias opções de motores - logicamente entre eles um V8 - e acabamentos), reclamava do seu desempenho. Mesmo contando com um V8 de cerca de 270 cv de potência, o público ainda achava pouco. E é aí que entra a figura de Carrol Sheby.
Shelby era um piloto de corrida, tinha - na verdade tem - larga experiência com preparação de automóveis, e é provavelmente um dos maiores nomes no mundo quando se fala sobre carros (e ainda mais se forem americanos), pois seu nome está na criação de grandes mitos como os próprios Shelby GT350, GT500 e Cobra (sendo que este último logo logo aparecerá na seção "carros que ainda vou dirigir"), o Ford GT40 e o Dodge Viper. Mas no que ele contribuiu nesse Mustang, afinal? Simples...
Primeiramente pegou a versão Fastback do Mustang (a preferida pelos compradores na época), aliviou todo o peso possível do carro, trocou os assentos por modelos mais esportivos, redimensionou pneus, melhorou freios, suspensão e direção, colocou um motor Ford V8 7.0 que rendia 390 cavalos (isso em 1967!)... Enfim, transformou um "pacato" Mustang Fastback num monstro pronto para devorar quilômetros de asfalto.
Esse carro ficou mitificado para o público americano, e não era pra menos. Sua criação forçou todas as outras grandes empresas automotivas americanas (trocando em miúdos: Chrysler e GM) a repensar o conceito de carros esportivos. Os "esportivos" americanos até então eram banheiras potentes, mas pesadas , com suspensão muito macia e oscilante. A criação do Mustang e sua posterior preparação por Carrol Shelby foram um "ponto de virada" no conceito americano de se fazer esportivos. (abaixo, a versão 1967 do GT500)
Em 2000, foi lançado o filme "60 Segundos" com Nicolas Cage. O protagonista, interpretado pelo próprio Cage, rouba 50 carros em três dias, sendo que o último carro é o GT500. É nele que Cage faz a última perseguição contra a polícia, a mais longa do filme, onde ele coloca mais de 230 km/h.
A
repercussão desse filme foí ótima, não só entre os entusiastas do automobilismo como com o grande público em geral. E isso fez com que a Shelby (sim, Carrol Shelby tem uma empresa que até hoje prepara Mustangs e outros carros!) relançasse o GT500, só que numa versão repaginada e aprimorada. Foi rebatizada de GT500E, sendo que o "E" se refere a Eleanor, que é o nome que Nicolas Cage dá ao carro no filme "60 Segundos". Basicamente é o mesmo modelo dos anos 60, mas com várias melhoras, e o mais importante: um novo V8, que rende 425 cv. Parece pouco para os padrões dos carros que a gente apresenta aqui no blog. Mas, para os que querem mais desempenho a Shelby lançou uma versão aprimorada, a ESS (Elelanor Super Sport), que com a assistência de um providencial nitro gera nada menos que 750 cv! (no caso, esse vermelho e branco aí ao lado)
Poucos carros americanos têm um status tão grande de lenda, e definitivamente esse faz por merecer. Com certeza, o mais nostálgico esportivo americano de todos os tempos!